Ramo dos Carvalho Cavalcanti ou Cavalcanti de Carvalho

 


Ramo dos  Carvalho Cavalcanti ou Cavalcanti de Carvalho

 

 (ramo da família  Cavalcanti de Albuquerque ligado à família Carvalho - família nobre de origem portuguesa Álvares de Carvalho  mais tarde também  DeusDará, atuantes no Brasil durante a guerra contra ocupação holandesa)


Fontes para feitura desta listagem - fontes históricas numerosas já localizadas em pesquisa para nosso livro sobre Antonio “da Guerra Holandesa”, no prelo, além de inúmeras fontes genealógicas, bibliográficas, documentais e eclesiais levantadas em cooperação com o descendente da família, Delano Marroquim de Barros Carvalho.


I PARTE –

 

INTRODUÇÃO

 

   A família portuguesa Álvares de Carvalho foi de muita relevância na administração portuguesa. Descendentes de Álvaro de Carvalho, filho legitimado por D.Pedro I em 1361 - senhores do Morgado de Carvalho conforme o “Nobiliário de Famílias de Portugal" do genealogista português Manuel José da Costa Felgueiras Gayo (1750-1831) (F. Gayo, Tomo 9 - Par 55-N7-117/118).

   

   Por fontes enciclopédicas sabemos que esta família durante o século XVI foi responsável pela administração portuguesa do Marrocos, de Alcácer-Ceguer, de Mazagão e, pelo que agora apresentamos, também do Brasil. Aqui deixaram até hoje descendentes com este sobrenome.

 

   Já os Cavalcanti de Albuquerque por nós longamente estudados vinham de antiga origem franca estabelecida na Toscana no fim do sec. VIII e para o Brasil migraram  no sec. XVI, aqui aqui atuando unidos aos fidalgos Albuquerque de origem portuguesa, práticos colonizadores. 

  

    Neste artigo listamos apenas os descendentes Álvaro de Carvalho ou simplesmente de Carvalho que têm intersecção com a família Cavalcanti de Albuquerque no Brasil a partir do sec.XVII e que adotaram o sobre-nome Cavalcanti – intersecções ou entradas  identificadas por nós em pelo menos quatro ocasiões:

 

 

1ª entrada

 

   Os da família [Álvares de] Carvalho aparecem na 6ª geração unidos aos Cavalcanti de Albuquerque pelo ramo de Isabel, neta do florentino – a filha de Isabel, irmã do herói Antonio “da Guerra” holandesa, Leonarda Cavalcanti de Albuquerque casada com Cosme Bezerra Monteiro - seus filhos líderes e também heróis na Guerra dos Mascates em 1710 - a filha (6g) Laura Bezerra casada com Bernardino [Álvares] de Carvalho [de Andrade] - 4g dos [Alvares] de Carvalho no Brasil. Na 10g. dos Cavalcanti de Albuquerque já aparece um denominado José Cavalcanti de Carvalho (8g), vivo em 1869.


2ª entrada 

 

   Linha dos Carvalho no Brasil entrando pelo ramo Cavalcanti de Albuquerque de Isabel Cavalcanti e seu filho Pedro (4g). Na 5ª geração Cavalcanti e Araujo Pereira - Úrsula Cavalcanti (5g) casada com o cap. Bernardino Araújo Pereira, filho do herói de Ipojuca Amador de Araujo Pereira e Maria da Costa de Luna – linha mais curta, com 13 gerações: Manoel Leite (da Silva) Cavalcanti (8g nascido em 1731, em Pedra, PE, falecido em 19/02/1817 - fonte Delano Carvalho) casado com Maria Felipa Cavalcanti, ela filha de Antonio de Carvalho Cavalcanti de Andrada – 6 g dos Álvares de Carvalho no Brasil.

3ª entrada

   Os Carvalho também têm entrada na 11ª geração dos Cavalcanti de Albuquerque pela filha de André Cavalcanti Arcoverde - Vitória de Moura Cavalcanti de Albuquerque casada com José Cavalcanti de Carvalho (linha com mais gerações pela predominância de ascendências femininas)

 

4ª entrada

  

   Os Álvares de Carvalho já titulados também como “DeusDará” têm entrada na família Cavalcanti de Albuquerque pelo ramo descendente de Filipa Cavalcanti de Albuquerque - uma das filhas do florentino com a mameluca Catarina, casada com Antonio Holanda de Vasconcellos. Na 5ª g seu descendente Baltazar Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque estará casado com Antonia de La Pena DeusDará (irmã de Aldonça, filha de Francisca de La Pena e Simão da Fonseca de Siqueira). A filha de Baltazar e Antonia, Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque Deusdará, estimada 1638-1698. Os Alvares de Carvalho Deusdará em Portugal já nesta ocasião enobrecidos duplamente por novos serviços à coroa, agora na luta contra os holandeses. Tereza casada com José Pires de Carvalho - seus filhos participantes na guerra da Independência na Bahia, inclusive Antonio Joaquim Pires de Carvalho [Deusdará] [Cavalcanti de] Albuquerque, titulados mais uma vez, agora no Império brasileiro.


II Parte - 

 

DESENVOLVIMENTO:

 

Relativamente à estas quatro intersecções ou entradas genealógicas apresentamos a lista de nomes Álvares de Carvalho identificados agora em cor amarela:


1ª entrada:

 

1g Filippo Cavalcanti + Catariana de Albuquerque (filha mameluca de Jerônimo e Muíra)

2g Antonio Cavalcanti de Albuquerque + Isabel de Goes (filha do fidalgo Arnau de Holanda)

3g Isabel Cavalcanti + Manoel Gonçalves Cerqueira Friolas (Isabel em 2º cas.com Francisco Bezerra Monteiro)

(1g) MANOEL ALVARES OU ALVES DE CARVALHO, nascido em Portugal - o “Deusdará. Viveu muitos anos no Brasil, f.1645 (herói na Restauração). Seu filho de 1º casamento:                                                              

I

 I                                                                    

(2g) JOÃO ÁLVARES DE CARVALHO

Viveu em Portugal. Pai de Gracia (3g.), casada no Brasil com Francisco de Oliveira Lemos, filho de Antonio de Oliveira, ainda de Bernardim (3g.) e de Sebastião (fal. 1660) (3g), estes líderes e conspiradores atuantes contra os holandeses.

 

 4g Antonio Cavalcanti de Albuquerque, “o da Guerra” + Margarida Souza (filha de Antonio de Oliveira) (ele c.1608-1645, líder da Guerra da Restauração)

                                     I                                                                     I

 5g Leonarda Cavalcanti de Albuquerque + Cosme Bezerra Monteiro  

      (seus filhos líderes na Guerra dos Mascates, 1710)

I

 6g Laura Bezerra + Bernardino de Carvalho (de Andrade) (4g) - ela Cav. de Alb., Bezerra e Araujo, ele filho de Gracia de Carvalho de Andrade (3g) citada acima) e Francisco de Oliveira Lemos.

  7g Maria Magdalena de Carvalho (5g) + Sebastião Bezerra Cavalcanti - ele filho de Manoel de Araújo Pereira e Brásia Cavalcanti Bezerra (fontes para “Maria Magdalena de Carvalho” em BF-I-29 - Título de Araújos Pereiras; 234/434/458; BF-IAHGP-V56-139; OC-Vol. 3-19/106. Teria tido Maria Madalena mais de um casamento? pois A. Bittencourt, pg. 297, não dá seu sobrenome, a afirma casada com João Cavalcanti de Albuquerque. Em qualquer circunstância segue o filho de Maria Madalena de Carvalho. 

 8g Antonio de Carvalho de Andrade (6g. dos Carvalho)) + Jerônima Luzía (Paes) Barreto de Albuquerque


   - Notas Históricas referentes às ações iniciais dos Álvaro ou Alvares de Carvalho no Brasil  

 

     Nesta oportunidade contextualizamos para o leitor a importância administrativa e histórica da família nobre Alvares de Carvalho, já atuante em governo português na África e que atuou também no Brasil - em especial no período de conspiração e luta contra os holandeses, atuando na guerra da Restauração até mesmo de modo heróico.      

   

    Em nosso trabalho de pesquisa histórica e genealógica sobre a figura do líder nativista Antonio Cavalcanti, “o da Guerra”, livro já no prelo, havíamos constatado que no século XVII as famílias Álvares de Carvalho, Paes de Andrade, Berenger de Andrade, Oliveira, Souza, Bezerra, Bezerra Monteiro, e o ramo dos Cavalcanti de Albuquerque por Isabel Cavalcanti - ramo que não se havia retirado durante ocupação holandesa – estavam mesmo unidos por laços matrimoniais seguros, visando conspirar o mais discretamente possível contra o invasor e assim manter acesa e segura as ações de resistência, bem como realizar conexões para ações de envergadura em auxilio às forças navais do conde da Torre prometidas pelos espanhóis para desembarcarem no ano de 1639.

 Porem essas forças do conde da Torre enviadas para o litoral brasileiro foram logo derrotadas na costa nordestina. Entretanto, alguns anos depois essas famílias conspiradoras referidas deverão ainda atuar para preparação e eclosão de um novo movimento de Restauração em 1645 contra o invasor, que agora se mantinha estabelecido em Pernambuco e adjacências.

 

    Mas ainda o momento em que os conspiradores nordestinos articulados com “companhistas” pelo interior esperavam a invasão das forças navais prometidas do Conde da Torres, lembramos que em 2 de agosto de 1638 Francisco Berenguer de Andrada havia sido preso pelos holandeses, identificado como um lavrador de cana participante de conspiração naquele mesmo ano com outros proprietários de engenhos (fonte Gonçalves de Mello, JFV, pg. 46, ainda outras fontes no nosso texto sobre Antonio da Guerra, não publicado, mas já aberto a pesquisas).  Isabel Cavalcanti de Albuquerque, neta do florentino, na ocasião casada uma segunda vez com Francisco Bezerra Monteiro, que também foi preso pelo mesmo motivo.

   

   Francisco Berenguer de Andrada esteve preso pelos holandeses com o idoso Pedro da Cunha de Andrada. Estes teriam parentesco entre si pelos Andrada da ilha da Madeira - o casal original Pedro Berenguer Laminhano e Isabel Rodrigues de Andrada.

   Observamos que também os jovens irmãos, Bernardino e Sebastião, descendentes da família portuguesa Álvares de Carvalho foram presos nesta mesma ocasião e provavelmente não teriam sido identificados pelos holandeses como membros desta importante família portuguesa da nobreza. O pai de ambos, JOÃO ÁLVARES DE CARVALHO – (F.Gayo-Tomo 9-Par 55 e 57-N8-118-119; BF-I-211/346/432/475.) natural de Crato, fidalgo da Casa Real e Desembargador da Relação do Porto era membro da melhor nobreza de “robe” – casado em Portugal com Maria de Andrade [ou Maria Dias?] filha de Fernão Dias de Andrade e Ângela Berenguer de Alcaminha, neta materna de Pedro Berenguer de Alcaminha e Izabel Rodriguez da Fonseca – sobrenomes que, observamos se cruzam já a partir de Portugal, famílias que por vezes passando pela Madeira, atuarão depois em sintonia no Brasil.

   Sobre a identificação sumária de Sebastião e Bernardino Álvares de Carvalho quando presos pelos holandeses, consultar Gonçalves de Mello no livro “João Fernandes Vieira”, pelo índice onomástico.

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       As personalidades Álvaro de Carvalho no Brasil que identificamos na lista genealógica acima, serão agora citadas novamente, acrescentadas mais fontes visando transmitir informações seguras em nossas pesquisas históricas e genealógicas sobre esta família:

  

(1g) MANOEL ÁLVARES DE CARVALHOInformações genealógicas de F. Gayo -Tomo 9 -Par 55-N7-117/118 e Borges da Fonseca -I-211/432/475.

     Outros nomes referidos: Manoel Alves de Carvalho ou Manoel Álvares ou Alves.  Fidalgo da Casa Real, Corregedor da Corte; Desembargador do Paço e Embaixador à Inglaterra, no tempo da Rainha D. Catarina. Casou com Ignês Quesado [1º casamento], de Viana do Castelo, filha de João Quesado Maciel e Ignês Vicente. Vê-la citada em: FG-tomo 9-Par 55-N7-117 - Ignez Quesado; BF-I-211/432/475.

     O casal pais de: Antônio de Carvalho

                                  Francisco Quesado de Carvalho

                                  JOÃO ÁLVARES DE CARVALHO

                                   Pedro Álvares de Carvalho.

(Obs.: referência à Rainha Catarina de Bragança - n. Vila Viçosa25 de novembro de 1638 e f. em Lisboa31 de dezembro de 1705 - foi esposa do rei Carlos II e Rainha Consorte do Reino da InglaterraReino da Escócia e Reino da Irlanda de 1662 até 1685 - filha do rei João IV de Portugal e sua esposa a rainha Luísa de Gusmão (fontes enciclopédicas). Seu casamento tratado a partir dos seus oito anos – em 1646, portanto. [Obs: Teria Manuel Alvares de Carvalho ao voltar do Brasil para Portugal, com todos os méritos depois de 1645, ainda trabalhado para o casamento desta pequena Catarina com o rei inglês? Gayo indica].

    Por informações históricas recolhidas (Evaldo Cabral de Mello, Olinda Restaurada, pg. 397/s; Fernandes Gama, Memórias Historicas..., pg.201, Gonçalves de Mello – JFV) por nós cruzadas com fontes genealógicas (F. Gayo acima citado; Barata – DFB, verbetes Álvares de la Pena, Deusdará, e Alves de Carvalho) acrescentamos: Manuel Alvares de Carvalho seria a personalidade conhecida dos nossos historiadores como Manuel Álvares ou Manuel Alves ou ainda Alvares de Carvalho, casado no Brasil em segundo casamento com Aldonça de La Penha. Foi apelidado “Desusdará” durante os esforços de defesa contra a invasão holandesa. Certamente avô dos conspiradores pela Restauração Bernardim e Sebastião Álvares de Carvalho.

   Manuel era proprietário da Provedoria da Fazenda, provedor dos recursos para esta guerra (daí seu apelido) e foi conspirador muito influente em Pernambuco – o sobrenome Carvalho, talvez por medida ainda de precaução, em 1646 não consta no documento de acrescentamento de armas Deusdará ao seu filho, nascido já no Brasil Simão Álvares de La Penha, como seus demais parentes conspirador muito influente para a Restauração (sobre a atuação de Manoel e seu filho Simão Álvares de La Penha, depois também “Deusdará”, texto de nosso trabalho “Antonio da Guerra”, ainda no prelo em especial com notas referentes 78 e 79, ainda 115, 166, 167, 168.

. Além de Simão, Manoel teria atido uma filha no Brasil, Francisca, co-proprietária com o irmão do engenho “Caboto”, filha que consta com mais detalhes na 4ª entrada.

  Segundo as nossas pesquisas indicam Manuel Álvares ou Alvres ou Alves, estabelecido em Pernambuco, desta família Álvares de Carvalho – fidalgo da casa Real, de uma família da “nobreza de robe” (observação de Cabral de Mello, O nome e o Sangue, pg. 149 e Barata, DFB), era em Pernambuco, portanto, proprietário da Provedoria da Fazenda, responsável por arrecadação de verbas para esta guerra - por este fato apelido “o Deusdará”.

   O genealogista Barata informa que Manoel Álvares foi casado (2º casamento) no Brasil com Adunca [ou Aldonça] de La Penha já nascida em Pernambuco e filha de Pedro Álvares de La Pena, com a qual teve ainda este filho, Simão Álvares De La Penha e uma filha Francisca.   Manuel Álvares teria participado do núcleo duro da conspiração pela Restauração com este filho Simão de seu segundo casamento e certamente também os netos Bernardim Alves de Carvalho e Sebastião Álvares de Carvalho, crescidos no Brasil, com os quais assinou o pacto documentado de lealdade dos conspiradores.

    Com a deflagração do levante da Restauração em 1645, depois da batalha das Tabocas, Manuel foi capturado em Igarassú pelos holandeses e neste caso esteve certamente no grupo dos rebeldes que acompanhou Antonio Cavalcanti após o rompimento de Antonio com João Fernandes Vieira e rumaram para esta localidade. Manoel, já idoso, por enviar informações da cadeia foi ainda torturado. Resgatado, terá falecido cerca de 1646 - informações em Barata, C.E. - DFB, verbete Deusdará – sua prisão e tortura informadas na própria carta real de seu acrescentamento de armas (1646) transcrita neste próprio verbete. Seu falecimento próximo deste ano, ocasião em que seu filho recebe o acrescentamento de armas e o novo título / sobrenome – Deusdará).    

 Apesar do genealogista C. A. Barata fornecer filiação equivocada de Manuel Alves (que em verdade consta em Gayo), o “Deusdará”, tudo indica seria ele desta família portuguesa Alves ou Álvares de Carvalho, descendente de Álvaro de Carvalho legitimado por D.Pedro I em 1361, senhores do Morgado de Carvalho (conforme F. Gayo, Tomo 9 - Par 55-N7-117/118). Provavelmente, ter sido encarregado em sua volta à Portugal das tratativas do casamento de D. Catarina ainda pequena, como referimos acima - as datas citadas se encaixam e Gayo o afirma.   

    Os jovens conspiradores Bernardim Alves de Carvalho e seu irmão Sebastião de Carvalho, ambos apresados na conspiração de 1638/39 contra os holandeses (Sebastião enviado para a Holanda em 1539) certamente seus netos, pois são citados pelo genealogista português F.Gayo como desta família o pai de Bernardim e Sebastião, João Alvares de Carvalho, desembargador da Relação no Porto – o que confirma a família como da “nobreza de robe” (informações Barata – DFB, verbetes Álvares de la Pena, Deusdará e Alves de Carvalho, ainda informações Cabral de Mello, O Nome e o Sangue, pg. 149, tendo como fonte Borges da Fonseca). E a mãe desses filhos Maria de Andrade dama da rainha da rainha Catarina (conforme F.Gayo). 

     Sugerimos que a omissão de sobrenome Carvalho no documento de acrescentamento de armas ao seu filho Simão, acrescentamento concedido ainda durante o desenvolvimento da guerra da Restauração (1646), período com tratativas mesmo muito secretas e perigosas – possa ser a causa da necessidade do ocultamento parcial do sobrenome.

    Entretanto, o historiador Fernandes Gama (Memórias Históricas, Tomo II, cap.II, pg. 201) refere o sobrenome completo a Manuel Álvares, citando o nome Manuel Alvres de Carvalho como participante da batalha de Tabocas em 3 de agosto de 1645.  Barata (verbete Deusdará) ainda refere o importante independentista Antonio Joaquim Pires de Carvalho (1785-1852), visconde da Torre de Garcia d Ávila, como seu 5º neto, cuja ascendente teria sido Francisca de la Penha Deusdará, dona do engenho "Caboto", co-proprietária e irmã de Simão (ver Introdução e 4ª entrada)

    - Como membro do núcleo duro dos conspiradores pela Restauração, sugerimos e chamamos a atenção para a hipótese de Manuel Álvares “Deusdará” ter apoiado o líder nativista Antonio Cavalcanti quando do conflito e rompimento deste com João Fernandes Vieira em julho/agosto de 1645, escolhendo acompanhar Antonio em sua ida para Igarassu, onde ele próprio foi apresado e torturado e Antonio Cavalcanti pouco depois morto (detalhes no nosso trabalho “Antonio da Guerra Holandesa). Fato corroborado pela descendência de Manuel estar posteriormente ainda ligada por casamento à família Cavalcanti de Albuquerque e à descendência de Antonio da GuerraLaura, neta do “da Guerra”, casada com o bisneto de Manuel, Bernardino de Carvalho de Andrade - união que dará origem ao 1º ramo Cavalcanti de Carvalho conforme observamos na árvore acima. É possível que Margarida de Souza, mulher de Antonio Cavalcanti, fosse já cunhada de Gracia Carvalho de Andrada - casada com o filho de seu pai Antonio Oliveira [de Souza]

(2g) JOÃO ÁLVARES DE CARVALHO – Segundo informações genealógicas de F.Gayo-Tomo 9-Par 55 e 57-N8-118-119 e Borges da Fonseca-I-211/346/432/475 teria sido natural de Crato, Portugal. Fidalgo da Casa Real e Desembargador da Relação do Porto (nobreza de robe). Casou com Maria de Andrade [ou Maria Dias],filha de Fernão Dias de Andrade e Ângela Berenguer de Alcaminha, neta materna de Pedro Berenguer de Alcaminha e Izabel Rodriguez da Fonseca. Ver “Maria de Andrade” (- FG-Tomo 9-Par. 57-118/119; BF-I-211/346/432/475 – “Andrada”), que foi dama da Rainha D. Catarina, referida no verbete acima.

Constam do casal 6 filhos:

     Gracia de Carvalho e Andrade     

     Ana de Carvalho,

     Bernardim de Carvalho,

     Leonor de Carvalho,

     Miguel Alves de Carvalho e

     Sebastião Alves de Carvalho.

    - Os filhos de João Alvares de Carvalho - Gracia, Bernardim e Sebastião, nascidos em Portugal, vieram para o Brasil cedo - possivelmente antes da invasão holandesa em 1630 (Barata - DFB, verbete Alves de Carvalho). A jovem Gracia aqui vem a casar-se com Francisco de Oliveira Lemos e teria vindo acompanhada, pelos irmãos e o avô Manoel Alvares [de Carvalho]. Os jovens Bernardim e Sebastião pelo menos desde 1638 participavam ativamente em conspirações em Pernambuco contra os holandeses, atuando com os parentes Berenger de Andrade e os Paes de Andrade. Detidos com outros companheiros pelos holandeses por atividades conspirativas, Sebastião chegou a ser deportado para a Holanda como ativista perigoso. Também Bernardim preso e a partir de 1641 atuando para a Restauração. O avô dos jovens, conhecido por nossa historiografia como Manoel Álvares (não sabemos precisamente quando teria chegado a Pernambuco) aqui foi casado (2º casamento) com senhora da família de La Penha, Aldonça, com a qual teve ainda um filho no Brasil, Simão Álvares De la Penha – ambos, como indicamos no verbete referente acima, também muito ativos na Restauração. Simão enquanto jovem fidalgo retirou-se para Bahia e chegou a estudar Direito em Lisboa. Mais adiante também muito empenhado na luta da Restauração.

   Podemos agora sugerir, com mais segurança, que estes empenhados conspiradores presos e punidos pelos holandeses em 38/39 – das famílias Bezerra, Bezerra Monteiro, Álvares de Carvalho, Berenger de Andrade, Cunha de Andrade, ainda Julião de Araujo e os irmãos Batista, estivessem realmente mantendo conexões com as forças navais do conde da Torre preparando ações de envergadura prometidas pelos espanhóis no ano de 1639 contra o invasor. Ações que já se prenunciavam e que pouco depois na verdade se realizariam efetivamente. Mas fracassadas essas ações terá destaque pouco depois, um Bezerra, Luiz Barbalho Bezerra, apenas com forças desembarcadas próximo de Natal, em fevereiro de 1640.

Acreditamos que a conspiração de senhores de engenho e "campanhistas" descoberta pelas autoridades holandesas entre 1638/39 preparava secretamente um movimento a estourar em Pernambuco em conexão com as forças prometidas pelos espanhóis da esquadra do conde da Torre chegassem da Europa – forças de apoio muito ansiadas pelos conspiradores, capazes de justificar tantos riscos. (Consultar nosso trabalho sobre Antonio da Guerra)

 

 (3g) GRACIA DE CARVALHO E ANDRADE– Segundo informações genealógicas de Felgueiras Gayo - Nobiliario de Familias de Portugal (Tomo 9-Par. 57-N9-119) era também filha de JOÃO ÁLVARES DE CARVALHO e teria sido casada no Brasil com Francisco de Oliveira Lemos, filho de Antonio de Oliveira e Mécia Lemos (fonte repetida por Evaldo Cabral de Mello. Antonio de Oliveira, seria como constatamos sogro de Antonio Cavalcanti de Albuquerque, o “da Guerra”, cujo nome na historiografia brasileira é referido simplesmente como Antonio de Oliveira); uma certa Mercia de Lemos (certamente sua neta), viveu ainda na Bahia, indicada como filha de Francisco Oliveira de Lemos (Barata - verbete Lemos).

Obs: Pesquisa de Delano Carvalho  com erro (BF-I-234/433BF-IAHGPe-V56-138; NB - Caboclos do Orubá, 194) -  Gracia Alves de Carvalho, filha de Cosme Bezerra Monteiro e Leonarda Cavalcanti. Provável erro, não há esta filiação para Cosme Bezerra Monteiro e Leonarda Cavalcanti em A.Bittencourt. Ver abaixo nota sobre seu irmão Bernardim.

        Em Gayo consta que Gracia teria tido 5 filhos inclusive:

 

 (4g no Brasil) Bernardino de Carvalho (de Andrade) - (Citado por F. Gayo como Bernardim de Carvalho. Dá continuidade a linha dos Carvalho no Brasil). Ainda

        

      - Francisco de Oliveira Lemos (Citado por FG como     

            Francisco de Carvalho).

      -Antônio de Carvalho

      - João Álvares de Carvalho 

      - Maria de Carvalho de Andrada (citada por Gayo como Maria de Andrade)

 

(3g) SEBASTIÃO ALVES [ou ALVARES] DE CARVALHO [f. 4/08/1660] fontes fornecidas pelo familiar Delano Carvalho em Borges da Fonseca- I-211-212/432/476 – referido como “Sabastião Alves de Carvalho”.

  

   Nossos acrescentamentos históricos:

   Como comentado acima Sebastião era irmão de Bernardim Álvares de Carvalho e de Gracia de Carvalho e Andrade, e neto de Manuel Álvares [de Carvalho], o “Deusdará”. Sebastião foi identificado em 1638 pelos holandeses de forma certamente limitada como natural do Crato, lavrador de cana no engenho “S. Paulo”. Preso pelos holandeses em 1639 atuando com os parentes Francisco Berenger de Andrade e Pedro Paes de Andrade e outros foi mesmo enviado para a Holanda como adversário perigoso, mas conseguiu voltar depois ao Brasil (Gonçalves de Mello, JFV, pg.153). Sobre seu irmão Bernardim que, com Antonio Cavalcanti e outros, assina a primeira proposta de levante para ao rei a Restauração em 1641, consultar nosso trabalho sobre Antonio “da Guerra” com todas as fontes, texto e notas relativas - outras informações ainda ver verbete abaixo.

    Sebastião Álvares de Carvalho assinará em 1645 com seu irmão Bernardim e  o avô Manuel,  ainda vários outros conspiradores, um  compromisso patriótico de liberdade da Pátria sob o nome “Bastião de Carvalho”. Entretanto, sugerimos por motivos sociais e políticos – ele inimigo de João Fernandes Vieira por causa de terras - na ultima semana antes da eclosão do movimento da Restauração irá romper aparentemente com o avô e o irmão e desistir da empreitada rebelde ao escrever, com seu amigo Fernão do Vale que conhecia alemão, carta anônima às autoridades holandesas denunciando a eclosão do levante então preparado. Pouco depois ainda assinará outra carta ao bispo da Bahia, acompanhado por senhores de engenho temerosos de massacres indígenas costumeiros nesta guerra, pedindo o não envolvimento das forças índias de Camarão e das forças negras de Henrique Dias no levante (Gonçalves de Mello - JFV, pg.153). Com a eclosão do movimento, Sebastião é mais uma segunda vez preso e interrogado pelos holandeses em Recife, confessando sua participação na feitura da carta em que denunciava os rebeldes. 

   Mais tarde Sebastião será ainda uma vez preso - agora pelos próprios rebeldes - levado para a Bahia acusado de colaboracionismo. Em 1551 foi liberado pelo Ouvidor Geral e, alegando seus prejuízos, pede para voltar a viver num engenho seu em Porto Calvo, possivelmente o engenho “S. Francisco” tido em sociedade com sua sogra, Maria Lins, neta de Cristovão Lins (Cabral de Mello, O Bagaço da Cana, pag. 137 e 138).  

     A importante atuação de Sebastião é discutida no decorrer do nosso livro no prelo sobre Antonio da Guerra e em notas específicas 128, 178 166 191 e 202.

     Discussão e dúvidas da historiografia sobre o seu comportamento consultar também Fernandes Gama – Memórias Históricas, pg. 23.

      Sebastião (Alves) de Carvalho teria sido casado três vezes, segundo Evaldo Cabral de Mello (O Nome e Sangue, pg. 97). Com D. Joanna de Goes, filha de Agostinho de Holanda de Vasconcelos teve D. MARIANA DE CARVALHO (4ª g), D. Angela, casada na Paraíba e D. Maria, casada com Gonçalo de Oliveira de Freitas.

    Aparentemente um seu descendente (certamente seu neto por esta linha Holanda, filho de D. Mariana de Carvalho) SEBASTIÂO CARVALHO DE ANDRADE (5g), teria atuado no movimento nativista precursor da guerra dos Mascates em 1710 com um Holanda, informado seu tio José Tavares de Holanda.  Ver fontes e comentário abaixo em notas históricas.  

 

 

(3g) BERNARDIM DE CARVALHO citado na lista de F. Gayo também como filho de João Álvares de Carvalho (2g).

   Bernardino ou Bernardim (Alves) de Carvalho como afirmamos acima também era desta família da melhor nobreza portuguesa descendente de Álvaro de Carvalho legitimado por D. Pedro I em 1361, seus descendentes senhores do Morgado de Carvalho. Bernardino teria nascido em Viana e se estabelecido em Pernambuco antes de 1630 e da ocupação (Barata, DFB, verbete Alves de Carvalho), pois seus filhos já em 1644 irão morrer em luta pelo rei em Portugal. Bernardim, como já observamos acima, irmão de Sebastião de Carvalho e de Gracia, também neto de Manuel Alves ou Álvares. 

   Bernardim Alves de Carvalho foi identificado apenas como lavrador de cana pelos holandeses quando preso em 1639 (Gonçalves de Mello, JFV, pg.153), mas seu pai João Álvares de Carvalho, como constatamos por esta lista de Gayo, seria Desembargador da Relação no Porto – o que caracterizaria sua família como da “nobreza de robe” (informações colhidas por Evaldo Cabral de Mello - O Nome e o Sangue, pg. 148, 149, a partir de seu documento de fidalguia a ele concedido já em 1643 do qual se inferiria como tendo nascido no Brasil). Sua mãe dama da rainha Catarina.

    Bernardim preso pela conspiração de 1638 foi, entretanto, já em 1640 contatado pelo vice-rei espanhol Montalvão como elemento de confiança e prestígio para intermediar os primeiros contatos diplomáticos visando à realização de um tratado humanitário de trégua, solicitado por Nassau. (mais informações consultar texto do nosso trabalho sobre Antonio da Guerra e notas ao começo – trabalho no prelo, mas aberto a pesquisas.

  Bernardino ou Bernardim [Alves ou Álvares] de Carvalho assinou com Antonio da Guerra, João Fernandes Vieira, Berenger e os Bezerra, a importante proposta de levante contra os holandeses ao rei em 1641 e depois participará do núcleo duro dos conspiradores pernambucanos. Tornado pelo rei fidalgo da casa Real em 1643, quando ainda súdito holandês. Assinou também com Sebastião e Manuel o documento patriótico dos conspiradores pela deflagração do movimento em 1645, participando depois das primeiras lutas pela Restauração. 

   Ressaltamos que Bernardim Álvares de Carvalho, em que pese a fidelidade real, teria sido aliado de Antonio Cavalcanti nos episódios posteriores de conflito entre este e João Fernandes Vieira - fato comprovado pela posterior e continua ligação familiar (Consultar nosso livro no prelo “Antonio da Guerra” e notas 214 e 215)

   Teria sido ouvidor e Auditor da gente da Guerra, por ser o juiz mais velho. Juiz Ordinário da Câmara de Olinda em 1650, segundo Barata, DFB, verbete Alves de Carvalho.

   Sobre detalhes da trajetória e atividades políticas pessoais de seu irmão Sebastião Álvares de Carvalho, ver verbete acima.

    F. Gayo ainda informa que Bernardim de Carvalho casou com D. Joanna Barreto, filha de Manoel Gomes Barreto e sua mulher, D. Gracia Bezerra “do Brasil, irmã de Paulo Bezerra de Barros, Chantres e Conego da Sé de Lisboa, naturais de Viana”.

   

    Bernardim e Joana Barreto pais de:

            - Antônio de Carvalho, capitão de Infantaria e

            - Bernardino de Carvalho

             Ambos mortos na batalha do Montijo em Portugal pela casa dos Bragança, em 1644.

     

Obs.: Gracia (Monteiro) Bezerra com seu marido foi senhora do engenho “Cosme”, filha de Domingos Bezerra Felpa Barbuda (pela Genealogia Pernambucana). "(Domingos Bezerra", "o Velho)", nascimento: Ponte de Lima, Viana do Castelo, Portugal, 1526 - f.1607, Pernambuco, Brasil (fonte Geni).

 

Obs.: Antonio Carvalho de Andrada abaixo também casou na família Barreto com Jerônima Luzía Barreto de Albuquerque, filha de Antônio Paes Barreto III e Maria da Afonseca Barbosa, neta paterna de Estevão Paes Barreto II e Maria de Albuquerque Mello, bisneta de Estevão Paes Barreto I e Catarina de Castro de Távora - Felipe Paes Barreto e Brites de Albuquerque. Neta materna de Antônio Bras Vilas Boas e Maria da Fonseca (esta, filha de Affonso Barbosa e NI).

 

 

(4) - BERNARDINO DE CARVALHO (DE ANDRADA) – o primeiro da família nascido no Brasil - seria  filho de Gracia Carvalho de Andrada, acima, e foi casado com Laura Cavalcanti Bezerra, filha de Leonarda e neta materna de Antônio Cavalcanti de Albuquerque, “o da Guerra” e Margarida de Souza (A. Bittencourt - pag. 297)

     Pesquisa de Delano de Carvalho: FG-Tomo 9-Par. 57-N9-119: BF-I-29, Bernardim de Carvalho (Título de Araújos Pereiras) - BF-I-234/242/433-434/457-458; BF-IAHGP-V56-138-139; Ver também o Título de Carvalhos; Orlando Cavalcanti-104: Bernardino de Carvalho de Andrada; Silvio Paes Barreto (trabalho em andamento, por Yoni Sampaio e o IAHGP. O familiar informa:

   Sargento-Mor do Terço da Ordenança das freguesias de Recife, Várzea e Santo Amaro; Mestre de Campo de João de Sousa na Guerra contra os Holandeses.

  Teria sido Vereador de Olinda em 1654; Capitão-Mor, em 15/01/1673.

  Sua esposa Laura, filha de Cosme Bezerra Monteiro e Leonarda Cavalcanti de Albuquerque, neta paterna de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda e Antônia Rodrigues Delgado; bisneta paterna de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda I e Brásia Monteiro - Cosme Rodrigues e Simoa da Rosa.

    Fontes sobre Laura Cavalcanti Bezerra (Laura Cavalcanti, em BF-I-29/234; Luisa Cavalcanti, em BF-I-434/457-458; Laura Cavalcante, em BF-IAHGPe-V56-139; Ver também o Título de Carvalhos; OC-104; Silvio Paes Barreto.

 

(5g) MARIA MADALENA DE CARVALHO fontes fornecidas pelo familiar Delano Carvalho: BF-I-29-Título de Araújos Pereiras; 234/434/458; BF-IAHGPe-V56-139; OC-Vol. 3-19/106.

    Filha de BERNARDINO DE CARVALHO (DE ANDRADA) já aqui nascido (ver acima) e Laura Cavalcanti Bezerra - esta filha de Leonarda Cavalcanti de Albuquerque e de Cosme Bezerra Monteiro; neta do líder da Restauração representante da “nobreza da terra” Antonio da Guerra e Margarida Souza, e paterna de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda e Antônia Rodrigues Delgado.

   Segundo informações da família Carvalho acima indicada, Maria Madalena de Carvalho teria sido casada com Sebastião Bezerra Cavalcanti, filho de Manoel de Araújo Pereira e Brásia Cavalcanti Bezerra, neto paterno de Bernardino de Araújo Pereira e Úrsula Maria Cavalcanti de Albuquerque; bisneto paterno do líder na Restauração que eclode em Ipojuca, Amador de Araújo Pereira e Maria da Costa de Lima – neto paterno de Pedro Cavalcanti de Albuquerque e Brásia Monteiro Pessoa. Neto materno de Cosme Bezerra Monteiro e Leonarda Cavalcanti de Albuquerque; bisneto materno de Domingos Bezerra Felpa de Barbuda II e Antônia Rodrigues Delgado.

    Teria tido Maria Madalena mais de um casamento? Pois A. Bittencourt, pg. 297, a informa casada com João Cavalcanti de Albuquerque, sem outras informações. Nas duas circunstâncias de casamento, entretanto, Maria Madalena teria dado continuidade a listagem e sido mãe de Antonio de Carvalho de Andrade que dará seqüência pelo menos a um dos ramos da família.

 

(6g) ANTONIO DE CARVALHO DE ANDRADE – filho dos acima Maria Madalena de Carvalho e Sebastião Bezerra Cavalcanti.

    Fontes fornecidas pelo familiar Delano Carvalho: - Borges da Fonseca F-I-29-30 - Título de Araújos Pereiras; BF-I-234/434/458: Antônio de Carvalho Cavalcanti; Ver também BF-I-Título de Paes, Morgados do Cabo; OC-29/44/104/204; O. Cav-Vol. 3-19/106; Nelson Barbalho - Caboclos do Urubá, 93; Silvio Paes Barreto.

     Antonio casou com Jerônima Luzía Barreto de Albuquerque, filha de Antônio Paes Barreto III e Maria da Afonseca Barbosa, neta paterna de Estevão Paes Barreto II e Maria de Albuquerque Mello, bisneta de Estevão Paes Barreto I e Catarina de Castro de Távora - Felipe Paes Barreto e Brites de Albuquerque. Neta materna de Antônio Bras Vilas Boas e Maria da Fonseca (esta, filha de Affonso Barbosa e NI). Pais de

 

(7g) MARIA FELIPA CAVALCANTI – filha de Antonio acima- fontes fornecidas pelo familiar Delano de Carvalho: BF-I-30/235/458, onde não foi citada como Maria Felipa Cavalcanti; OC-28-29/32/41-42/47/50/53/110/204, OC-Vol. 3-19/61/87/113/184/185/186: Maria Felipa Cavalcanti; /132; Nelson Barbalho - Caboclos do Urubá, 92-93; Silvio Paes Barreto.

     Casada com MANOEL LEITE (DA SILVA) CAVALCANTI, nascido em 1731, em Pedra, Pernambuco e falecido em 19/02/1817 em Águas Belas, Pernambuco.

     Ele filho do Capitão-mor Manoel Leite da Silva e Maria de Araújo Bezerra Cavalcanti de Albuquerque.  Neto paterno de Bento Leite de Oliveira e Ascensa Inocência da Silva Cavalcanti; Bisneto paterno de Manoel Ferreira da Silva e Ana Potência de Brito Cavalcanti.

    Pais do

 (8g) Cap. JOSÉ CAVALCANTI DE CARVALHO, segundo o familiar Delano de Carvalho por assentos eclesiais em Cimbres, Matriz de Nossa Senhora das Montanhas, já viúvo em 15/10/1860 quando foi testemunha de casamento de Joaquim Felício Vieira, na Fazenda Barra: "Às 15:00 horas, em Oratório privado na casa de José Francisco de Brito, na Fazenda Barra, sendo Testemunhas: José Cavalcanti de Carvalho, viúvo e Manoel Ignácio de Carvalho, viúvo" [Livro de Casamentos No. 3 - (Nov 1852-Jul 1882)- Fls. 83v]. Mantinha-se ainda viúvo em 1869 no casamento do seu neto José Cavalcanti de Carvalho, filho de Joaquim de Carvalho Cavalcanti e Maria Thereza de Jesus. Casado com VITÓRIA DE MOURA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE fonte Maciel, José de Almeida- "Pesqueira e o antigo termo de Cimbres", páginas 61/86/142-143/271. - À página 61, o autor diz: "JOSÉ CAVALCANTI DE CARVALHO, casado com d. Vitória, filha do Capitão André Cavalcanti, SOGRO do tenente-coronel Joaquim de Carvalho Cavalcanti e avô dos capitães José Cavalcanti de Carvalho, sub-prefeito de Pesqueira em 1893 e Sebastião de Carvalho Cavalcanti. O capitão Cazuza de Carvalho, que residia em Tambores, pai do monsenhor Joaquim Elísio Cavalcanti e padre Júlio Cavalcanti, vigário e coadjutor da freguesia de Afogados, em Recife."

        Segundo fonte familiar, Vitória de Moura Cavalcanti de Albuquerque, nome que consta nas memórias da família – nasceu em verdade em 1796 e não em 1896, como diz o autor José de Almeida Maciel. Ela não poderia ter nascido em 1896, porque sua mãe faleceu em 1809 e seu pai em 1829.

 

(9g) MARIA TEREZA DE JESUS (DE Carvalho – filha de José Cavalcanti de Carvalho e Vitória de Moura Cavalcanti de Albuquerque.

 Segundo o familiar Delano de Carvalho, por assentos eclesiais em Cimbres, Matriz de Nossa Senhora das Montanhas [Livro de Casamentos No. 2 - (Jan 1843 - Out 1852) - Fls. 40 (LDS)], casou em 26/11/1845 em Cimbres, com dispensas de parentesco, “sendo testemunhas: José de Carvalho Cavalcanti e Theodoro de Carvalho Cavalcanti (irmãos da nubente), residentes no Sítio Gavião”. 

 

  - Comentários históricos referentes à atuação desses primeiros Álvaro de Carvalho casados com membros da família Cavalcanti de Albuquerque no Brasil e sua participação conjunta no Levante de Ipojuca em 1645:

    O historiador Evaldo Cabral de Mello (em O Nome e o Sangue, pag.148), sem perceber o nexo e a importância destas ligações familiares para a guerra holandesa, observara que Antonio de Oliveira seria consogro de Sebastião Álvares de Carvalho por seu filho Gonçalo de Oliveira Vasconcellos casado com uma filha de Sebastião [Maria de Carvalho]. Ainda outro filho de Antonio de Oliveira, Francisco de Oliveira Lemos, casado com uma filha (corrigindo, irmã, Gracia) de Bernardino de Carvalho.

  Informações genealógicas de Felgueiras Gayo (Nobiliario de Familias de Portugal) confirmam que Gracia de Carvalho de Andrade era irmã de Bernardino, e a identificamos casada no Brasil com Francisco de Oliveira Lemos, filho de Antonio de Oliveira, pai de Margarida de Souza que identificamos, portanto, como o sogro de Antonio Cavalcanti, “o da Guerra”.

  

     Ao comprovarmos estas estreitas uniões familiares em tempos da guerra, observamos que a própria filha de Antonio de Oliveira, Margarida [de Vasconcellos] Souza fora casada com Antonio Cavalcanti de Albuquerque, o “da Guerra - líder da revolta da Restauração pelo segmento da “nobreza da terra” (Ver discussão e comprovação desta união familiar em nosso livro Antonio Cavalcanti, o da Guerra Holandesa - texto e nota 107, com contexto e fontes, já no prelo).  

    Destas informações familiares reunidas infere-se que os Álvares de Carvalho, os Berenger de Andrade, os Oliveira, os Souza, os Bezerra, os Bezerra Monteiro e os Cavalcanti de Albuquerque, e mesmo Fernão do Vale casado com uma Manelli, fossem famílias já bem entrelaçadas por casamento no momento da eclosão da revolta da Restauração (1645) - uniões que visavam reforçar traços de lealdade e fortalecer a luta contra o ocupante holandês. O próprio João Fernandes Vieira, que não era da nobreza, realizará seu casamento com a filha de Francisco Berenger de Andrade.   

 

   Entretanto, por ocasião da deflagração do movimento da Restauração estas estreitas e seguras relações familiares foram colocadas em cheque frente à difícil e perigosa opção pelo plano de um “casamento francês” - plano de revolta proposto por João Fernandes Vieira para a sua eclosão.

   Colocado em difícil situação, o já idoso Antonio de Oliveira, sogro de Antonio Cavalcanti, teria preferido agir então de maneira dissidente relativamente ao representante real, denunciando os rebeldes às autoridades holandesas, talvez por indicação do próprio genro Antonio Cavalcanti, líder da “nobreza da terra” - ou mesmo agido independentemente em seu próprio nome - pelo perigo representado pela eclosão de uma revolta, quando as autoridades holandesas seriam também convidadas, em meio a um dia festivo de bodas nas famílias Berenger e Cavalcanti.

   Antonio de Oliveira, sogro de Antonio Cavalcanti, ao denunciar os planos rebeldes às autoridades holandesas foi acompanhado na delação por Sebastião Álvares de Carvalho, já então inimigo de Vieira, ainda por Fernão do Vale que conhecia alemão - ambos responsáveis por uma outra carta de delação.

   Mesmo assim, o movimento rebelde eclode em Ipojuca, PE, no próprio dia planejado de 13 de junho de 1645 - episódio comandado por Amador de Araujo Pereira, secundado por levantes paralelos em Santo Antonio e na Muribeca, comandados por lideres “da terra ”– alterados apenas os planos quanto à organização do casamento, que sabemos ocorre em Recife, transferido de local e ocorrido com simplicidade. 

      Sobre este plano de “casamento francês” e a alteração de planos do Levante da Restauração ver maiores detalhes em nosso livro sobre Antonio Cavalcanti, o da Guerra - com contexto, discussão e todas as fontes históricas citadas.  

 

  Temos conhecimento por fontes históricas que mais tarde um descendente da família, SEBASTIÃO CARVALHO DE ANDRADE, teria participado também da nativista e precursora guerra dos Mascates já em 1710.

   Acreditamos que fosse filho do importante conspirador na Restauração o acima referido Sebastião Álvares de Carvalho [de Andrade] casado com D. Joanna de Goes, filha de Agostinho de Holanda de Vasconcelos. Aparentemente este seu descendente por esta linha Holanda, filho de D. Mariana de Carvalho, citada acima.

    Sebastião Carvalho de Andrade é informado como sobrinho de um Holanda, José Tavares de Holanda e  teria atuado no movimento nativista da guerra dos Mascates em 1710, mas logrado escapar das punições.

  Sebastião e José Tavares são referidos na lista dos quinze incriminados na morte do governador português Castro Caldas, a serem detidos pelo governador português Felix Machado (Evaldo Cabral de Mello, Fronda dos Mazombos, pg.391). Sebastião teria fugido para Minas (idem, pag. 393) com Manuel Cavalcanti, irmão de líder Leonardo Bezerra, e este seu possível tio, José Tavares de Holanda. No caminho enfermando Manuel Cavalcanti e detido José Tavares, desvencilhou-se dos que o cercavam e pôs-se a galope para Minas (idem, pg.395-6). A que tudo indica, Sebastião teria escapado e não teria sido mais encontrado (idem, pg.417).  Informações sobre este Sebastião no nosso trabalho sobre os Bezerra Cavalcanti e a Guerra dos Mascates, já no prelo.

 

 

    Acrescentamos ainda duas outras listagens alternativas que cruzam os Cavalcanti de Albuquerque com os Alvaros de Carvalho de Andrade em duas intersecções diferentes e alternativas, já no século XVIII:

  

  2ª entrada 

 

- Listagem dos Carvalho no Brasil entrando pelo ramo Cavalcanti de Albuquerque de Isabel Cavalcanti e seu filho Pedro (4g), e na 5ª g geração também pelos Araujo Pereira - Úrsula Cavalcanti casada com o cap. Bernardino Araújo Pereira, filho do herói de Ipojuca Amador de Araujo Pereira e Maria da Costa de Luna – linha mais curta, com 13 gerações. Manoel Leite (da Silva) Cavalcanti (8g nascido em 1731, em Pedra Pernambuco e falecido em 19/02/1817 - fonte Delano) casado com Maria Felipa Cavalcanti, ela filha de Antonio de Carvalho Cavalcanti de Andrada.

1g - Filipino Cavalcanti + Catarina Albuquerque

 

2g - Antonio Cavalcanti + Isabel de Góis

 

3g - Isabel Cavalcanti + Manoel Gonçalves Cerqueira (2º casamento c/ Francisco Bezerra Monteiro)

 

4g - Pedro Cavalcanti + Brásia Monteiro Pereira

 

5g - Úrsula Cavalcanti + cap. Bernardino Araújo Pereira, filho do herói de Ipojuca       

       Amador de Araujo Pereira e Maria da Costa de Luna.

6g - Manuel de Araújo Cavalcanti + Brásia Cavalcanti Bezerra - por Bittencout pais de Francisco Xavier C. de A, Cosme Bezerra, Sebastião Bezerra Cavalcanti, Manoel Cav. Bezerra, Bernardino de Araujo Bezerra, outro Sebastião, Maria Cavalcanti de Araujo que segue).                                                         I

7g - Maria Araujo C. de A. (1726 em PE) + Manuel Leite Silva - (até aqui fonte Bitt.), ele n.1692- f.1791, cap. Mor de Cimbres (fonte Barata e Delano). O casal Maria e Manuel tiveram onze filhos no engenho Pedra.

                                                           I

8g - Manoel Leite (da Silva) Cavalcanti nascido em 1731, em Pedra Pernambuco e falecido em 19/02/1817 (fonte Delano), + Maria Felipa Cavalcanti, Ela filha de Antonio de Carvalho Cavalcanti de Andrada (Delano indicando Borges F.-I-29-30 - Título de Araújos Pereiras; BF-I-234/434/458),

Antonio de Carvalho Cavalcanti de Andrada era filho de Maria Madalena Carvalho casada com Sebastião Bezerra Cavalcanti (?), neto de Laura Bezerra e de Bernardino de Carvalho (de Andrade) conforme listagem anterior (1ª entrada).  Maria Madalena teria tido dois maridos? Segundo a fonte Delano ela teria sido casada com Sebastião Bezerra Cavalcanti, da linha dos Araujo, filho de Manoel de Araújo Pereira (ou Cavalcanti de Albuquerque) e Brásia Cavalcanti Bezerra; em nossa fonte A. Bittencout, porém indicado o seu marido João C. Albuquerque, sem filiação; nos duas circunstâncias paternas, pela mãe este Antonio de Carvalho Cavalcanti de Andrade seria neto de Laura e de Bernardino de Carvalho pela linha de Antonio “da Guerra”, e agora também Araujo pelo lado do herói Amador Araujo Pereira. Antônio de Carvalho Cavalcanti foi casado com Jerônima Luzía Barreto de Albuquerque, filha de Antônio Paes Barreto III e Maria da Afonseca. Fonte Delano; Ver também BF-I-Título de Paes, Morgados do Cabo; OC-29/44/104/204; OC-Vol. 3-19/106; NB Caboclos do Urubá, 93; Silvio Paes Barreto)

                                  

9g José Cavalcanti de Carvalho + Vitória de Moura Cav. de Alb. (filha de André Arcoverde da linha de Pesqueira do Cardeal Arcoverde). Pais de

                              I                                                          I

 10 Maria Tereza de Jesus +Joaquim C. de Carvalho e seu irmão 10 Antonio Carvalho de   

Albuquerque + Antonia Ubaldina Florentina Cav. de Alb.   CE, em 1845, Pernambuco (filha do ten. Cel. João Florentino e Antonia Florentina Cav. de Albuquerque).

                       I

11g José de Carvalho e Albuquerque+ Francisca Gouveia de Barros

                                                   12g Carlos de Barros Carvalho 

                                                          (n.1896, eng. “(Camevou”) 

                                   + Graziella Marroquim do Nascimento (de Carvalho)

                                                13g Delano Marroquim de Barros Carvalho 


3ª entrada

 

- Listagem dos Cavalcanti de Carvalho ou Carvalho Cavalcanti entrando pelo ramo de Isabel Cavalcanti e seu filho Antonio « da Guerra » - entrada na 6ª geração e também na 11ª por filha de André Cavalcanti que toma o nome Arcoverde (linha com mais gerações pela predominância de ascendências femininas, também no século XVIII):

 

1g - Filippo di Giovanni Cavalcanti  e Catariana Albuquerque  (mameluca, filha de Jerônimo e da índia Muíra)

                       2g - Antonio C. de AlbuquerqueIsabel de Goes

3g -  Isabel Cavalcanti + Manoel Gonçalves Cerqueira

             4g - Antonio C. de A.,o « da Guerra » f.1645 + Margarida Souza (filhaAntonio de Oliveira )                  

              5g - Leonarda Cavalcanti de Albuquerque + Cosme Bezerra Monteiro

 

              6g -   Laura Bezerra  +  Bernardino de Carvalho [de Andrade],  a que tudo indica ele  filho de Garcia Carvalho de Andrade. Laura e Bernardino pais de Maria Paes Barreto, Bernardino Cavalcanti, Domingos Cavalcanti de Albuquerque (linha masculina), ainda Maria Madalena de Carvalho (linha feminina) - por onde se escoa em especial e diretamente a descendência dos Carvalho, filha indicada como casada com Sebastião Bezerra Cavalcanti, filho de Manoel de Araújo Pereira e Brásia Cavalcanti Bezerra; neto paterno de Bernardino de Araújo Pereira e de Úrsula Maria Cavalcanti de Albuquerque - neste caso descendência também com sangue do herói de Ipojuca Amador de Araujo Pereira (por Bittencout, porém casada com João Cavalcanti de Albuquerque) /// Outro filho de Leonarda, irmão de Laura - Cosme Bezerra (6a geração) + Germana Vital participou, com o irmão e lider Leonardo Bezerra, da guerra dos Mascates em 1710.                                        

       7g-   Domingos  Cav. de Albuquerque +Joana Cabral (até aqui Bitt. pg.297)                                           

       8g -  Leonarda Bezerra  (até aqui listagem de lista  A.Bittencourt) + Salvador Coelho Drumond.                                                                                                                                        

      9g - Vitória Moura Bezerra Cavalcanti + Simeão Correia de Lima                

                                                          

     10g  André Cav. de Albuq. [Arcoverde], 1770 + Ursula Jerônima  - ela filha de Luis C. de A., por sua vez  filho de Maria Cav. de Albuquerque  e  Manuel Leite da própria linha de Antonio “da Guerra”. Este  ramo de Maria e Manuel Leite de Pedra  religa mais uma vez  os Cavalcanti de Albuquerque, os Araujo e os Carvalho, e ainda  pela  filha de Ursula e de André, Maria da Penha Arcoverde, casada com  José Camello Pessoa de Siqueira Cavalcanti aos 20 de Pesqueira -  aos Siqueira Cavalcanti.



  Por fim explicitamos detalhes da uma quarta entrada, agora já os Álvares de Carvalho nobilitados mais uma vez com o título de “Deusdará” - uma terceira vez nobilitados, agora pelo Império Brasileiro por ocasião da luta pela Independência na Bahia.

 

 4ª entrada

- os Álvares de Carvalho já titulados e nomeados como  “DeusDará” também têm entrada na família Cavalcanti de Albuquerque pelo ramo dos descendentes de Filipa Cavalcanti de Albuquerque - uma das filhas do florentino com a mameluca Catarina casada com Antonio Holanda de Vasconcellos, filho de Arnau de Holanda. Na 5ª geração seu descendente Baltazar Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque estará casado com Antonia de La Pena DeusDará (irmã de Aldonça, filha de Francisca de La Pena Deusdará e Simão da Fonseca de Siqueira). A filha de Baltazar e Antonia, Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque Deusdará (6g, estimada 1638-1698). Os Alvares de Carvalho Deusdará em Portugal já então enobrecidos duplamente por seus novos serviços à coroa na luta contra os holandeses. Tereza casada com José Pires de Carvalho - seus descendentes serão líderes da Guerra da Independência na Bahia, inclusive Antonio Joaquim Pires de Carvalho Cavalcanti de Albuquerque titulado mais uma vez, agora pelo Império Brasileiro.

           1g Felipe di Giovanni Cavalcanti + Catarina de Albuquerque 

           

          2g Filipa Cavalcanti de Albuquerque + Antonio H. de Vasconcellos, filho de     

                Arnau de Holanda. Viúva, com seu filho Lourenço em luta passou para a     

                Bahia abandonando seus engenhos durante a ocupação holandesa.

     

          3g Antonio de Vasconcelos Cavalcanti (tb passou para a Bahia) + Catarina Soeiro

          

         4g Francisco de Vasconcelos Cavalcanti + Antonia Lobo

         

         5g Baltazar Vasconcellos Cavalcanti de Albuq. + Antonia de La Pena Deus Dará (irmã de Aldonça, a esposa do Manoel Alvares de Carvalho Deusdará, tb filha de Francisca de La Pena Deusdará e Simão da Fonseca de Siqueira. (O filho do Manoel Deusdará e Aldonça, Simão Alvares [de Carvalho] Deusdará possivelmente terá sua descendência falecida em um naufrágio) 

          

          6g Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque Deusdará (estimada1638-1698) (Deusdará por linha materna) + José Pires de Carvalho. Ela herdeira do titulo Deusdará. Os Pires de Carvalho recém chegados de Portugal na geração anterior. Lembramos que os Álvares de Carvalho Deusdará em Portugal haviam sido duplamente enobrecidos por novos serviços à coroa na luta contra os holandeses. Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque Deusdará e José Pires de Carvalho tiveram dois filhos:

7g - José Pires de Carvalho e Albuquerque e 7g - Salvador Pires de Carvalho e Albuquerque - ambos membros da Academia dos Esquecidos, de simpatias nativistas. José Pires de Carvalho e Albuquerque (1677-1759) foi vereador em Salvador e procurador da Rainha, comprou o solar do Unhão. Seu filho 

8g - José Pires de Carvalho e Albuquerque, alcaide-mór de Maragogipe, Capitão-Mór da Bahia, Secretário de Estado do Governo do Brasil foi casado com Anna Maria de São José de Aragão, que herdou o morgado de seu tio, Francisco Garcia d´Ávila. Este José Pires foi comprometido na Conjuração Baiana de 1897, no qual os proprietários que compunham a “corporação dos enteados” entregaram alguns de seus escravos à justiça para livrarem-se da acusação de prática sediciosa (cf. a historiadora Patricia Valim). O casal teve, entre outros, 4 filhos, tres deles na 9g de Cavalcanti de Albuquerque por seus esforços independentistas depois de 1822 enobrecidos agora pelo Império Brasileiro:      

9g. 1- José Pires de Carvalho e Albuquerque (n.1778) – este sem descendência legítima não logrou herdar o morgado.  

       2 - Coronel Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque (n.1785), Barão e depois Visconde da Torre de Garcia D’Ávila - ”seguiu para o seu Castelo, onde organizou e de onde comandou a base de operações do exercito libertador, renovando os relevantíssimos serviços que na invasão holandesa prestara seu avô Francisco de Ávila....” (fonte Taunay, Affonso d'E. em “Grandes Vultos da Independência Brasileira”, publicação comemorativa do Primeiro Centenário da Independência Nacional - Editora Melhoramentos de S. Paulo, 1922, pgs. 153-159).

- 3 Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque (n.1786), depois Barão de Jaguaripe, membro “da junta administrava, ditatorialmente dissolvida pelo General Madeira, eleito para a junta revolucionária, aclamado seu presidente, é o chefe do Governo que dirige a Província em todo esse dificílimo período”.

- 4 Coronel de Linha Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque (Salvador, 1788 – Salvador, 29 de julho de 1848), casado com D. Maria Luísa de Teive e Argollo. Brigadeiro graduado, Barão e depois Visconde de Pirajá - o mais diligente dos irmãos, celebrizado como “coronel Santinho” - “envolve-se nas primeiras conspirações; submetido a Conselho, retira-se para os seus engenhos, levanta os ânimos, arma soldados à sua custa e é quem primeiro se apresenta no campo de luta, de que saiu arruinado” (ainda segundo Taunay, Affonso d'E). Consultar informações sobre a Guerra de Independência na Bahia.

      Neste ramo há ainda seqüência familiar recente. 

- Comentários históricos referentes à atuação já no século XIX desses Álvaro de Carvalho no Brasil referentes a esta quarta ligação com os Cavalcanti de Albuquerque:

 

 

 

- Filipa Cavalcanti de Albuquerque - uma das filhas do florentino com a mameluca Catarina, viúva de Antonio Holanda de Vasconcellos (filho de Arnau de Holanda) – senhora idosa e respeitável tivera que retirar-se na guerra holandesa, recuando em penosas condições de seu engenho em direção à Bahia. Seus descendentes na 5g geração Cavalcanti de Albuquerque, ainda durante a guerra holandesa, foram também ligados aos nobres e combativos contra os holandeses Álvares de Carvalho Desusdará.  Na 5g Baltazar Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque, casado com Antonia de La Pena DeusDará (irmã de Aldonça, a esposa do Manoel Alvares de Carvalho Deusdará (O filho do Manoel Deusdará e Aldonça, Simão Alvares (de Carvalho) Deusdará possivelmente terá sua descendência falecida em um naufrágio.      

   A filha do casal Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque Deusdará (estimada 1638-1698) casada na família dos Pires de Carvalho e também Garcia D´Avila, estes também com ligações profunda aos “da terra” pelo ascendente Diogo Álvares (Caramuru) casado com a célebre índia “Paraguassu”. O descendente de Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque - Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque participou, com seus irmãos, do próprio processo militar da Independência em 1822.

   Conduzindo uma tradição histórica decididamente nativista Antonio Joaquim e seus irmãos, muito ativos, participarão como lideranças do processo militar da Independência brasileira em 1822 – Antonio Joaquim logo em seguida recebendo um título de Barão pelo Império, depois Visconde da Torre de Garcia d´Ávila. Lutando pela independência, mas fiel a Coroa, tornado Barão, depois Visconde da Torre de Garcia d´Ávila - nome do tradicional solar-castelo de sua família.

     Sobre o Visconde da Torre e seus irmãos, o Barão de Jaguaribe e o Visconde de Pirajá, lembra o descendente Christovão Dias de Ávila Pires Junior em conferência no IGHB em dez de 2002 pelo falecimento do Visconde (os grifos são nossos):

       “Teve como sua mais antiga origem, no Brasil, Diogo Álvares Caramuru e sua mulher Catarina Álvares Caramuru (a Índia Paraguaçu), uma tupinambá batizada em Saint-Malo na França, no penúltimo dia do mês de julho de 1528, recebendo o nome de Katherine du Brésil, cuja descendência entrelaçou-se, não só na progênie de Garcia D'Ávila com a índia Francisca Rodrigues, como na geração de Jerônimo de Albuquerque com a filha da aldeia de Olinda, a Índia Muira-Ubi, Maria do Espírito-Santo Arcoverde.... Vinculou-se a Casa da Torre, com os descendentes de Domingos Pires de Carvalho casado com Maria da Silva, com a geração de Felipe Cavalcanti casado com Catarina de Albuquerque e com a descendência do casal José Pires de Carvalho e Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque Deus-Dará, formando o arcabouço da aristocracia do Recôncavo Baiano, com descendência e vínculos pelo Brasil e pela Europa e até na Família Imperial Brasileira.... Coronel do Regimento de Milícias e Marinha da Torre, prestou, no mesmo cargo, os maiores e mais relevantes serviços, na campanha pela Independência, organizando e comandando a base de operações do Exército Libertador no Castelo da Torre de Garcia D’Ávila, tendo sido agraciado com a Medalha de Ouro da Independência, juntamente com seus dois irmãos: Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque, depois Barão de Jaguaripe e o Coronel de Linha Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Brigadeiro graduado, Barão e depois Visconde de Pirajá, por relevantes serviços que prestaram à causa da Independência e constituição do Império do Brasil. Foi ele o primeiro titular do Império do Brasil, nomeado Barão da Torre de Garcia D'Ávila, pelo Decreto Imperial de 1o de dezembro de 1822, dia da coroação do Imperador D. Pedro I, elevado a Visconde a 12 de outubro de 1826, com honras de Grandeza a 18 de julho de 1841, único título de nobreza brasileiro por quase dois anos”.

   

      A nossa fonte Adalgisa Bittencourt autora de Genealogia de Albuquerques e Cavacantis, Capítulo “Alguns títulos Nobiliárquicos conferidos a Albuquerques e Cavalcantis...”, pag. 307, refere-se longamente aos Cavalcanti e Albuquerque que foram nobilitados no Império, citando eles o Visconde da Torre de Garcia d´Ávila e o Visconde de Pirajá (Pires de Carvalho). Bittencourt A.- opus cit., pg. 352 e 354, e remete aos já conhecidos trabalhos de Pedro Calmon.


III                   PARTE 

     

 

CONCLUSÂO

 

     Do observado sobre a família Álvares de Carvalho e Deusdará podemos dizer que teria sido família importante da nobreza portuguesa cujo capostipide foi Alvaro de Carvalho, legitimado por D.Pedro I em 1361 - senhores do Morgado de Carvalho (conforme F. Gayo, Tomo 9 - Par 55-N7-117/118).

     A família atuou com grandes responsabilidades governativas durante o século XVI na África por um Álvaro de Carvalho, capitão de Alcácer-Ceguer entre 1545 e 1549, sucedendo a seu pai, D. Pedro Álvares de Carvalho. A Pedatura Lusitana, registro de genealogia portuguesa citada por fonte enciclopédica acrescenta que seus irmãos Bernardim de Carvalho e Rui Dias de Sousa foram seus últimos capitães.  

  

   Temos que estes membros da família Álvaro de Carvalho também atuaram no Brasil no fim dos sec. XVI. Documento colonial levantado pela família Argollo, com a qual estiveram unidos por casamento (Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque (1788 -1848), casado com D. Maria Luísa de Teive e Argollo), editado na mídia eletrônica sugere que um Álvaro de Carvalho aqui já estivesse no período do Governador Francisco de Souza (1590-1602). Acreditamos seria necessário maior aprofundamento para identificarmos outros da família Carvalho já nessa ocasião no Brasil.

    

 

    Entretanto, especialmente a partir do início do sec. XVII a presença desta família foi por nós observada detidamente no Brasil - momento em que Portugal já se encontrava sob jugo espanhol (1580-1640) e o nordeste sob ameaça da invasão e posterior ocupação holandesa.

 

     Em nosso trabalho de pesquisa histórica e genealógica sobre a figura do líder nativista Antonio Cavalcanti, “o da Guerra”, constatamos que no inicio do século XVII em especial as famílias Álvares de Carvalho, Paes de Andrade, Berenger de Andrade, Souza, Oliveira, Bezerra, Barbalho Bezerra, Bezerra Monteiro, ainda o ramo dos Cavalcanti de Albuquerque por Isabel Cavalcanti, ramo que não se havia retirado durante a ocupação holandesa -estiveram unidos por laços matrimoniais seguros, visando conspirar o mais discretamente possível contra o invasor.

   Como Portugal ainda estava sob jugo espanhol, as tratativas eram mantidas em segredo para manter acesa a resistência e realizar conexões a eclodir em ações de maior envergadura no auxilio às forças navais do Conde da Torre, prometidas pelos espanhóis para desembarcarem no ano de 1639.

   Nesta ocasião, portanto, já estariam muito estreitados os laços de colaboração e parentesco entre estas famílias, especialmente com os Cavalcanti de Albuquerque - membros da chamada “nobreza da terra” - laços que se prolongam adiante para a concretização do movimento da Restauração (1645). Nesta ocasião, Grácia Alvares de Carvalho, neta do velho Manoel de Carvalho, possivelmente já cunhada da esposa de Cavalcanti, Margarida de Souza.

 

   Pelas proximidades dos anos 1630, Manoel Álvares de Carvalho - apelidado “Deusdará” - estaria encarregado de recolher as verbas para a guerra, e sua neta Gracia aparentemente aqui vinha para se casar – os netos Benjamim e Sebastião logo engajados em tratativas conspirativas com os “da terra” e campanhistas pelo interior. Mais tarde, o filho mais moço de Manoel, Simão Álvares de La Penha, aqui nascido de um segundo casamento torna-se conspirador culto, muito desenvolto e também atuante - envolvido neste projeto emancipador dos holandeses e logo depois embrionariamente nativista.  

   

    O jovem Bernardim de Carvalho fora preso por conspiração no ano de 1638, mas já em 1640 foi contatado pelo vice-rei espanhol, Montalvão, como elemento de confiança e prestígio para intermediar os primeiros contatos diplomáticos visando à realização de um tratado humanitário de trégua, solicitado por Nassau (fontes apresentadas em nosso trabalho sobre Antonio da Guerra), nota17dd.]

    Bernardino ou Bernardim [Alves ou Álvares] de Carvalho assinou com Antonio da Guerra, João Fernandes Vieira, Berenger e os Bezerra a primeira e importante proposta de levante ao rei contra os holandeses em 1641, participando depois do núcleo duro dos conspiradores pernambucanos.     

     Bernardim certamente por estes serviços prestados logo foi tornado fidalgo da casa Real portuguesa em 1643, quando ainda era um súdito holandês. Seus dois filhos ambos mortos na batalha do Montijo em Portugal pela casa dos Bragança, em 1644.

     

    Mesmo assim, Bernardim Álvares de Carvalho assinou em 1645 com seu irmão Sebastião Alvares de Carvalho e o avô Manuel Álvares (este sem assinar o nome Carvalho) o documento patriótico dos conspiradores pela deflagração do movimento “Restaurador da Pátria”, participando Manuel “Deusdará” dos primeiros movimentos do Levante pela Restauração - segundo constatamos com todos os detalhes em nosso trabalho ainda inédito “Antonio da Guerra” com todas as fontes.  

 

     Estas peripécias históricas incluem, portanto, duras experiências de prisão dos seus jovens netos; o exílio do jovem Sebastião na Holanda em 1639; a participação da família neste importante compromisso para a participação na levante posterior de Ipojuca em 1645. Após a renhida batalha da Taborda (3 de agosto de1645), já em Igarassu teria ocorrido a prisão e tortura do próprio Manoel, alcunhado “o Deusdadrá” – pois ele já bem idoso acompanhara Antonio Cavalcanti quando da separação das tropas deste das tropas do reinol João Vieira – episódio que temos já como das primeiras incompatibilidades nativistas entre os dois líderes da Restauração. Estes fatos contraditórios e marcantes de nossa História são abordados em nosso trabalho sobre o líder Antonio da Guerra, episódios que, em parte, aqui apenas resumimos. 

    

      Mas não havia cessado a colaboração entre as duas famílias Álvares de Carvalho e Cavalcanti, colaboração histórica que teve seqüência, não só na intima interação de parentesco ainda mais estabelecida, mas também por mais dois séculos de atividades políticas nativistas - durante a Guerra dos Mascates e depois ainda na defesa da nossa Independência - esta ainda marcada pela participação de três descendentes Cavalcanti de Albuquerque Carvalho Deusdará.

   O descendente de Tereza Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque Deusdará - Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque participou, com seus irmãos, do próprio processo militar da Independência em 1822.  

  

   Nas comemorações dessa Independência os nomes destas duas famílias foram mais uma vez lembrados, e esperamos no futuro sejam ainda lembrados em perspectiva ampliada -   nativista e independentista.


Bibliografia genealógica utilizada:

 

Barata, Carlos Eduardo e Bueno, Antonio Henrique Cunha – Dicionário das Famílias Brasileiras, Ibero –América.

 

 Bittencourt, Alzira - A Genealogia de Cavalcantis e Albuquerques, Rio de Janeiro. Livros de Portugal S.A., 1965;

Bittencourt, Alzira - A Genealogia de Cavalcantis e Albuquerques, Rio de Janeiro. Livros de Portugal S.A., 1965;

         

 Gaio - Manuel José da Costa Felgueiras (1750-1831) Nobiliário de Famílias de Portugal. Impressão do original manuscrito, existente na Santa Casa da Mísericórdia Barcelos. Braga: Agostinho de Azevedo Meirelles e Domingos de Araújo Afonso, 1938-1942.

 

 Dias de Ávila Pires Junior, Christovão - Conferência no IGHB pelo de falecimento do Visconde da Torre de Garcia d´Ávila, dez de 2002.

 

Taunay, Affonso d'E. em “Grandes Vultos da Independência Brasileira”, publicação comemorativa do Primeiro Centenário da Independência Nacional - Editora Melhoramentos de S. Paulo, 1922.

 

 Geni - MyHeritage - Family Tree Built, na mídia eletrônica

 

        

Bibliografia Histórica

 

Cabral de Mello, Evaldo - A Fronda dos Mazombos, Cia. das Letras, 1995;

 

 Cabral de Mello, Evaldo - O Nome e o Sangue, Cia. das Letras, S.P., 1989.

 

 Cabral de Mello, Evaldo - O Bagaço de Cana, Ed Cia das Letras, 2012.

 

Fernandes Gama, José Bernardo – Memórias Históricas da Província de Pernambuco,   

                           Recife, 1844-1887, utilizada edição do Arquivo Publico Estadual,

                           Recife, 1977.

 

Gonçalves de Mello, José Antonio – João Fernandes Vieira – biografia, Universidade

                                 de Recife, 1956.

 

Torres, Sampaio Rosa – Antonio Cavalcanti, o da Guerra Holandesa – livro no prelo, mas já aberto a pesquisas.

 

 

               Fonte oral familiar consultada

 

 Delano Marroquim de Barros Carvalho

 

 

 

 

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