O engenho Monjope

 


O engenho
Monjope



sua importância artística e histórica



(ensaio)


        “A Igrejinha de S. Cosme e Damião construída em Igarassú no ano de 1535 é tida como uma das mais antigas do Brasil”  (1)
      

    Há registros em 23 de outubro de 1600 da doação do casal Antônio Jorge e Maria Farinha, "por amor, em graça", de extensões de terras na região de Igarassú aos Jesuítas do Colégio de Olinda - terras conhecidas como Tajepe  -  área correspondente a 800 braças em quadra  ou 1760 metros quadrados. 
    Mas a primeira referência documental ao nome Monjope nesta região de Igarassu é de 1630.  
    Antes da invasão holandesa essas terras eram, portanto, já de propriedade dos padres jesuítas e denominadas “Fazenda Monjope” - nome que consta em mapa sobre a presença dos jesuítas em Pernambuco – uma fazenda usada pelos padres para criação de gado e cultivo de subsistência (2).   Alguns documentos da Companhia de Jesus no Brasil apontam o Monjope como um engenho produtor de açúcar somente a partir de 1666, depois do fim da guerra (3). 
    Enquanto uma fazenda de subsistência a memória do solar Monjope poderia estar ligada à família do nosso primeiro herói nativista, herói da guerra Restauração, Antonio “da Guerra”? Teria o Antonio “da Guerra” (c. de 1608-1645) quando jovem também se abrigado nesta casa de Fazenda Monjope tornada um convento com os seus parentes e tios jesuítas?  Sabemos que a antiga casa da “fazenda Monjope” fora construída em data próxima à invasão holandesa, cerca 1630. O historiador Evaldo Cabral de Mello afirma que Monjope teria sido sua propriedade, mas não pudemos comprovar este fato (4). Teria Antonio “da Guerra” permanecido nesta fazenda na companhia de sua mãe Isabel, o seu idoso avô Antonio, ainda seus tios religiosos  depois da retirada de seus tios lutadores, Jerônimo e Felipe? 
  O convento poderia ter abrigado também as filhas religiosas do idoso patriarca da família Cavalcanti de Albuquerque no Brasil, Antonio (1554-1640), o filho do florentino - sóror Maria, Úrsula e Paula - na companhia do capuchinho Manoel e do Pe. Paulo. Este guardião visitador do Colégio dos Jesuítas ao falecer em 1693 deixou vários trabalhos redigidos (5). 
     O descendente do ramo central da família, Oziel Cavalcanti de Gusmão, em notas referentes aos Cavalcanti de Albuquerque em Pernambuco menciona uma fazenda que, como os engenhos em Goiana, fora também deixada para trás por Jerônimo Cavalcanti de Albuquerque, o filho lutador do patriarca Antonio (6). 
  
    A antiga casa da “fazenda Monjope” construída em data próxima à invasão holandesa ainda hoje está de pé, apresentando suas lindas arcadas romanas.
   Estas arcadas eram típicas das construções florentinas em “loggia”, muito semelhantes à própria “Casa Cavalcanti" na via Rossa, próxima ao Mercado Novo. Florença habitada pelos Cavalcanti italianos durante muitos séculos. A urbanização da cidade de Florença  marcada por estas arcadas célebres da Toscana, de inspiração clássica (7). 
  O arquiteto Geraldo Gomes em seu livro “Engenhos e Arquitetura” realmente constata esta semelhança e afirma que a casa grande do Monjope se caracteriza como “de solar do tipo III-C” - cuja principal característica é a existência de arcadas na fachada principal do pavimento térreo, formando uma loggia, que lembraria também algumas casas de câmara e cadeia do período colonial brasileiro (8).


O Monjope e suas famosas arcadas


        Igreja do século XIII na Toscana, o Mercado de Florença, Casa Cavalcanti - arcadas sempre presentes.




Casa Cavalcanti   Brasão antigo colocado na quina da casa




Casa ainda existente


Foto mais recente já com lojas ocupando seu andar térreo

      Constatamos que os jesuítas no Brasil Colonial ao construir os prédios religiosos haviam seguido as novidades introduzidas pela a arquitetura italiana da época - influência até mesmo presente nas missões construídas no sul.  O arquiteto jesuíta português Francisco Dias, que chegou ao Brasil em 1577, já havia trabalhado na construção de igreja jesuíta em Lisboa, e era influenciado por arquitetos italianos da época - Giacomo de La Porta ou mesmo Vignola - idealizadores da “Igreja de Jesù” em Roma que de forma inovadora apresentava apenas uma nave (9). 
    Observamos que o mesmo arquiteto jesuíta Francisco Dias projetou no Brasil a Igreja das Graças em Olinda - em nave única e colunas Toscanas, no alto do morro do Seminário (10). Teria ele projetado também o solar monastério do Monjope por volta de 1630?  No Rio de Janeiro, Francisco Dias projetou ainda entre outras a muito famosa igreja do Mosteiro de S. Bento. Morreu no Rio de Janeiro em 1632.                


Mosteiro de S. Bento Rio de Janeiro 1632

   Ressaltamos, portanto, que o tipo de arquitetura do Monjope em arcos se tornou comum e mesmo influenciou o estilo colonial brasileiro. Lembramos também o famoso engenho Suassuna ainda com fachada em arcos.


 Engenho Suassuna também dos Cavalcanti de Albuquerque, hoje em ruínas.  



   Os tradicionais arcos coloniais característicos do engenho Monjope irão marcar estilisticamente até mesmo construções no século XX neo-clássicas – especialmente conhecido uma paródia, o “Solar do Monjope”, construído no Rio de Janeiro na segunda década do século (11). 
   Repetimos nossa hipótese - poderia a belíssima casa de fazenda e mosteiro original do Monjope - uma imponente construção de inspiração florentina em arcadas e largo atro – ter abrigado a valorosa e requintada, Isabel Cavalcanti, seus filhos e  ainda o patriarca Antonio, seu idoso pai, durante a ocupação holandesa, depois do abandono dos engenhos da família em Goiana? 
    Sugerimos que esta mansão, um mosteiro na época habitado por jesuítas, possa ter sido refúgio dos membros desta ilustrada e muito família Cavalcanti de Albuquerque, família de formação renascentista requintada como o celebre patriarca florentino, e que durante guerra holandesa em parte não haviam recuado para a Bahia. Teriam eles se abrigado junto aos seus parentes jesuítas nesta fazenda de subsistência que ainda não moía? – fazenda administrada pelos companheiros dos filhos jesuítas de Antonio, ainda por suas filhas também religiosas, possível abrigo e lugar menos visado como alvo de cobiça do invasor?   Ressaltamos que um dos filhos do velho Antonio, Paulo, ilustrado jesuíta, fora visitador do colégio de Olinda durante a guerra. Hipótese que, por todas estas considerações acima expostas, não podemos evitar (12). 
   Descrevem nossos melhores arquitetos esta bela casa, hoje em ruínas, mas ainda de pé:
             “A casa grande do Monjope é uma construção de dois pavimentos, com água-furtada, e estrutura de apoio. É caracterizada pelas arcadas na fachada do acesso principal, encimadas por portas em arco abatido do andar superior, protegidas por sacadas com guarda-corpo em ferro fundido. A capela apresenta coro e púlpito, além da torre sineira, sacristia e ossuário. Acima da porta da capela existe a data de 1726, ano de sua reconstrução. A moita apresenta toda a estrutura do mecanismo da moenda, da canalização das águas que a fazia girar para o fabrico do mel da cana e da aguardente. Próxima à moita está situada a casa do Capitão-do-mato e no lado oposto, a senzala.” (13) 
     
     Entretanto, um século depois do fim da guerra da Restauração em que tanto se empenhara o herói Antonio da Guerra, apesar de tantos esforços colonizadores, os jesuítas haviam sido expulsos dos domínios da Coroa em 1759 - seus bens confiscados e vendidos.  Ao bela casa e o engenho Monjope, as  terras que a esta ordem religiosa  pertenciam foram, então, incorporadas pela Tesouraria Geral da Capitania. 
      Mas no ano seguinte à própria saída dos Jesuítas, sabemos que o engenho foi em 1760 oportunamente comprado por um descendente da família Cavalcanti – um descendente do ramo Holanda Cavalcanti – o capitão-mor Cristovão de Holanda Cavalcanti (14).  
    Era esse Cristovão na 6ª geração descendente da filha do florentino, Catarina Cavalcanti de Albuquerque casada com Cristovão de Holanda de Vasconcellos - linhagem colateral a do patriarca Antonio, que associava a figura feminina de sua irmã Catarina, personalidade certamente também firme de Cavalcanti e Albuquerque, aos colonizadores Holanda – família negociante e produtora de açúcar de origem germano-flamenca pelo seu patriarca Arnau de Holanda (15).    
     A linha dos  Holanda Cavalcanti de Albuquerque também havia resistido com grandes esforços e dispêndio de bens à ocupação holandesa, participado com grandes esforços da luta pela Restauração (16), ainda muito atuante em 1710 na “fronda” nativista contra os Mascares portugueses ao lado dos seus colaterais Bezerra Cavalcanti (17). Mesmo assim, o cerne do ramo da família Holanda Cavalcanti de Albuquerque se mantivera na primeira metade do século XVIII muito produtivo nas terras no engenho Apoá (18). E devemos ressaltar que este Cristovão da 6ª geração de Holandas Cavalcanti de Albuquerque, Capitão – Mor de Trucunhaem - que comprara o engenho Monjope em 1760 era, sobretudo, casado com Paula (Bezerra) Cavalcanti de Albuquerque (1) filha de Paulo Cavalcanti de Albuquerque,  bisneta de Antonio Da Guerra por seu próprio  filho Antonio Cavalcanti, casado com Ângela Lins (19). Paula Cavalcanti de Albuquerque  nesta 6ª geração por seu casamento fizera uma nova junção dos Holanda Cavalcanti com a linha varonil e central da família Cavalcanti de Albuquerque – trazendo provavelmente o engenho Monjope  para a propriedade de seus herdeiros naturais, ainda reforçando  a tradição nativista dessas  duas vertentes familiares pela compra deste já  histórico engenho,  assim mantido na família.

  Com a aquisição do Monjope por Paula e Cristovão, o engenho por longo tempo foi moradia do filho do casal, Manoel Cavalcanti de Albuquerque (2) -  encarregado das milícias em Igarassú e 7ª geração da linhagem Holanda Cavalcanti de Albuquerque do engenho Apoá. Já em 1785 (data em que morreu Cristovão ?) o engenho Monjope teria passado a pertencer formalmente a este filho Manoel (20).
     Observamos que, pouco depois, uma neta do velho Cristovão, Maria Rita, teria sido casada novamente neste ramo dos Cavalcanti de Albuquerque descendentes de Antonio da Guerra – ele do ramo do engenho Suassuna - o famoso coronel independentista Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque -  tornando-se Maria Rita sua companheira em período de sua prisão, após a descoberta da  conspiração dos Suassunas em 1801 (21)   Por Maria Rita as duas linhas politicamente atuantes e nativistas dos filhos do florentino – a linha  provenientes da filha  Catarina casada com os Holanda e a do  patriarca Antonio, pela filha Isabel e o neto Antonio “da Guerra”,  se entrecruzavam mais uma vez.
  
   No começo deste século XIX que se anunciava revolucionário e conturbado no Nordeste, morre o antigo habitante do engenho Manoel Cavalcanti de Albuquerque,  filho do velho  Cristovão -   senhor do Monjope  que habitara  este engenho por  longo tempo. Ele  havia morrido  solteiro, sem herdeiros diretos (22).  
    E a posse do engenho Monjope nos primeiros anos do século passa após a morte de Manuel, possivelmente por acerto de heranças, para o ramo colateral - de vertente ainda Holanda Cavalcanti - para João (Batista) Cavalcanti de Albuquerque (3) já senhor do engenho Tamataúpe e D. Maria Arcanja Carneiro da Cunha, ela da importante família dos Carneiro da Cunha de Tracunhaém.      
  
    Maria Arcanja Carneiro da Cunha nascida em 08-12-1809 seria filha do leal revolucionário de 1817, Joaquim Manuel Carneiro da Cunha (n. 1784 em Pernambuco, f. 1852), atuante na Revolução de 1817 e que levara quatro anos preso na Bahia. Ela irmã de Manuel Joaquim Carneiro da Cunha, filho deste revolucionário, depois nomeado pelo Império barão de Vera Cruz (23).  João seu marido sobrinho do velho Cristovão da 6ª geração (24). 
   Lembramos que a família Carneiro da Cunha havia mantido ligações matrimoniais com os Cavalcanti de Albuquerque da linha central do patriarca Antonio, filho do florentino.  Manuel C. de A, bisneto do patriarca Antonio, discretamente atuante em 1710, fora mesmo casado com Sebastiana Carvalho, filha nesta geração de outro Manuel Carneiro da Cunha - as duas famílias já aliadas na guerra dos Mascates, conforme constatamos em trabalho detalhado (25).      
  O Monjope neste começo do seculo XIX foi então muito valorizado por João Cavalcanti de Albuquerque e D. Maria Arcanja Carneiro da Cunha, seus novos ocupantes – casal que, certamente, reconhecia a importância histórica deste engenho para a  família  -  símbolo das  lutas nativistas no passado e mesmo no presente (26). 
   E para que esse engenho não saísse da família, a filha única deste casal  (4),Antonia Maria Cavalcanti de Albuquerque Carneiro da Cunha, teria sido até mesmo prometida em casamento desde que nasceu (1831),para este seu tio Manuel Joaquim Carneiro da Cunha, irmão de sua mãe, vinte mais velho do que ela. Este tio Carneiro da Cunha, cujo pai havia permanecido longamente  preso pela revolução de 1817, formado em Direito em 1835 e que com ela se havia casado em 1855, posteriormente tivera reconhecidos pelo Império os esforços independentistas da família e  se tornado figura muito ilustre -  não só senhor dos engenhos Monjope e Tamataúpe, mas também enobrecido como Barão de Vera Cruz em 1860 (27).     
      Nota do blog referente a localidade pernambucana de Iguassu,  cidade onde se localiza o Monjope: 

“Após o fim da Revolução, o engenho aparece em nome de Manoel Joaquim Cordeiro da Cunha, bacharel em direito e deputado provincial em 1842 e de 1850 a 1855, casado com Antonia Cavalcanti [de Albuquerque] Carneiro da Cunha”. Ele Barão de Vera Cruz em 1860 (28). 
      Comentaristas atuais relembram esses tempos áureos do engenho Monjope,  quando de posse do casal  Manoel e Antonia sobretudo a visita notável de D.Pedro II em dezembro  de 1859 aos seus proprietários, visita de carácter político na época:
 “’Não foi por acaso que o imperador Dom Pedro II, viajando pelo Nordeste, se hospedou em um dos cômodos do primeiro andar da casa-grande, em dezembro de 1859. Nesta época, a propriedade pertencia à família Cavalcanti de Albuquerque, que promoveu junto com outras forças políticas do Estado a chamada Revolução Praieira, em 1848. Para acalmar os ânimos dos súditos... o imperador resolvera percorrer o Norte da Colônia. Durante a viagem, entra em contato com os líderes locais e distribui títulos de nobreza em troca de fidelidade. Ele chega a Igarassu no dia 5 de dezembro [1859] vindo do Recife. Visita vários engenhos na cidade, mas resolve dormir em Monjope, "cuja casa está preparada com asseio e decência" (29). 

         Podemos imaginar o que significava esta expressão quanto à sobriedade, mas também o inerente requinte dos cômodos oferecidos ao ilustre visitante - característica dos engenhos da época - também o capricho que teria envolvido esta visita Imperial a tão tradicionais senhores nordestinos,   momento áureo deste prestigioso engenho. 
         Alguns anos depois desta visita, infelizmente a filha única do Barão e da jovem  baronesa  de Vera Cruz teria falecido -  dois anos antes da morte de seu pai (1869) -  ela ainda muito criança, aos 10 anos de idade (1867) .  Começaria então um novo período de transição na posse do engenho, herdado inicialmente pela jovem e inexperiente viúva, Antonia Cavalcanti de Albuquerque Carneiro da Cunha (30). 
      A memorialista da família na atual geração, Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, esclarece o papel de transitória proprietária e intermediária representado por outra senhora da elite pernambucana - Ana Maria José de Mello (5), filha de Sebastião Antonio de Barros e de Maria Rita de Albuquerque Mello (filha do morgado do Cabo João Paes Barreto), mãe do mais novo Cristovão da 9ª geração dos Holanda Cavalcanti. A propriedade do Monjope teria passado então da jovem Antonia Carneiro da Cunha em 1868 (seu marido ainda vivo ?) para este jovem Cristovão Holanda Cavalcanti, já bisneto do velho Cristovão, 
         O Monjope esteve ”presente no inventário de Ana Maria José de Mello que o levou ao inventário  do seu marido  Lourenço Cavalcanti de Albuquerque (6). A figura de Ana Maria, rica herdeira dos Paes Barreto, constituindo, portanto,  importante elo na junção das Casas de Manjope, Utinga e Petribú. ....” (31).   
       Continua a memorialista Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, profunda conhecedora do inventário que marca esta transição: 

         “O Engenho Monjope através de inventário havia passado a fazer parte do acervo de Lourenço e Ana Maria [José de Mello] que foi tia de Antônia Maria Cavalcanti de Albuquerque, a baronesa de Vera Cruz – esta neta paterna de Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque [o velho Cristovão] no passado casado com dona Paula Cavalcanti de Albuquerque” (32). 
          O marido de Ana Maria, Lourenço Cavalcanti de Albuquerque (1790-1867) da oitava geração de Holanda Cavalcanti, filho de Francisco e neto do velho Cristovão, tornara-se herdeiro da sesmaria familiar dos Holanda Cavalcanti em Ribeira do Pau d Álho (33). Herdava não só os olhos azuis da família Holanda (notas de Maria Cristina), mas ainda as terras do engenho Petribú, que reformou. Anna Maria José de Mello, sua esposa e prima era rica herdeira, neta do importante morgado do Cabo, João Paes Barreto - senhora muito presente nos salões da melhor elite nordestina da época, nascida em Tracunhaém - infelizmente falecida na reclusão de seus aposentos de “frouxidão nervosa”, em Paudalho, no ano de  1859  (34). 
   Depois morte de Maria José em 1859 e de Lourenço em 1867, ainda pouco antes da morte do Barão de Vera Cruz em 1869 - o Monjope no ano de 1868 já voltara, a pertencer ao ramo dos Holanda Cavalcanti da 9ª geração que habitava as terras do engenho Petribu -  ao jovem Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque (7) -  Tenente Coronel do 16º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional de Paudalho, casado com, Ignez Cavalcanti de Albuquerque.  O Monjope lhe chegava através  sua prestigiada mãe, Ana Maria, que o herdara de seus pais. Neste caso teria o pai de Ana Maria centralizado provavelmente  as dívidas contraídas por Antonia Carneiro da Cunha e seu marido (35).
     
    Prestigiada e sofisticada senhora de engenho, Ana Maria José de Mello pode ser considerada uma dos mais importantes elos entre as vertentes da tradição colonizadora nordestina e a que já se espalha pelo Brasil no sec.XIX -  da qual o Monjope fora especialmente o berço. Matriarca de novos ramos de Holanda Cavalcanti capazes de renovar no fim do século XIX, no Nordeste e pelo Brasil ainda valores nativistas, possivelmente republicanos e até mesmo anti-escravagistas. 
   Com seu esposo Lourenço, um típico Holanda, Ana Maria dera origem a pelo menos três novos ramos de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, ramos  muito interessantes de observar  - dois deles tomando por sobrenomes nomes  nativistas de origem indígena.   Ramos, tudo indica, ainda muito conscientes e convictos do passado familiar, nativista e honroso.
     O ramo principal desenvolve-se por João Cavalcanti de Albuquerque, 5º filho de Lourenço e Ana Maria, herdeiro do engenho do “Eixo”, ramo que adotou o sobrenome Cavalcanti de Petribú. Tendo João também conseguido arrendar o engenho Petribú, era considerado, ainda por seu tipo físico elegante, modo de ser crítico e exigente em tudo um Cavalcanti. Maria Cristina o descreve: “João era um perfeito Cavalcanti. Feições delicadas, magro e esguio... O olhar meio enviesado, o sorriso esboçado e meio esguio, era crítico e exigente”. Com prole numerosa, entretanto, faleceu muito cedo de varíola.  Seu jovem filho, também um João, se nomeia mesmo “Petribu” e nas gerações seguintes, até hoje, conseguem enorme sucesso empresarial no engenho deste nome, Petribú, tornado usina de sociedade limitada (36) (37).
      Já o ramo do herdeiro José, que também se auto-nominou com  nome indígena  “Tabajara” , migrado para o Rio Grande do Sul manteve-se  radicado neste Estado gerando prole bem sucedida – ramo  também até hoje  consciente das origens e tradições familiares (38).
   O terceiro ramo por Manoel Cavalcanti de Albuquerque formado em Direito em Olinda manteve o tradicional sobrenome e uma conduta surpreendentemente anti-escravocrata -  Manoel  em 1866 nomeado pelo Imperador  juiz em Goiás, libertou seu escravos e com eles fundou engenho em Catalão (GO) com mão de obra assalariada.   Este  ramo  anti-escravocrata radicado em Catalão (GO)  dará ainda nas  atuais gerações  inúmeros e sérios  juristas (39). 
    Depois da morte de Lourenço em 1867, seu filho e inventariante Cristovão tivera que partilhar e negociar a vultosa herança em engenhos provenientes da  herança materna e paterna  com seus vários irmãos – entre eles  o Monjope,  o núcleo familiar do engenho Petribu (40), ainda o engenho Novo (41). 
      O engenho Monjope lhe viera, como já comentamos, atravez sua mãe, Ana Maria José de Mello – que apresentamos de presença importante, não só nos salões da época, mas também como matriz  de ramos de prestígio que nesta ocasião começam a se espalhar pelo Brasil. Entretanto, ao fim da vida de Cristovão (f.1903), o Monjope em 1897 foi transferido, ou mesmo talvez  vendido  aos   parentes colaterais da antiga proprietária Angela Carneiro da Cunha - parentes colaterais  descendentes da  família Carneiro da Cunha.
   Ao fim do século, passadas as naturais dificuldades da Abolição e da Proclamação da Republica, o cerne da família Holanda Cavalcanti em Pernambuco ainda havia conseguido manter o núcleo do seu engenho Petribú, mas possívelmente teria se visto na contingência de fazer voltar o Engenho Monjope aos colaterais da família - aos Carneiro da Cunha (42). 

Pois notícias públicas sobre o engenho Monjope atualmente registram:    

“Em 1897 o engenho passa a pertencer a Manoel Carneiro Saint Clair Gastón (8). Manuel deveria ser filho de Maria Amália Cavalcanti de Albuquerque, sobrinha de Antônia Cavalcanti Carneiro da Cunha. Amália foi casada em 1ª núpcias com o inglês George Anderson Cricket, médico da rainha Vitória e em 2 ª núpcias com i um suposto conde francês, Jean Edmond Saint-Clair de Gaston” (43). 

    Com trajetória tão antiga, e constatamos notável importância histórica, o engenho Monjope irá sofrer no século XX ainda maiores vicissitudes em mãos estranhas à família Holanda Cavalcanti de Albuquerque - por fim desapropriado pelo governo no ano 2000 para fins culturais (44) (45).
    Para nossa tristeza, temos noticias que atualmente este verdadeiro berço da família Cavalcanti de Albuquerque em Igarassú, e em especial dos Holanda Cavalcanti, estaria em péssimas condições de conservação - praticamente desvalido -  talvez mesmo por preconceitos  abandonado.
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            Genealogia numerada (em roxo) dos proprietários do Monjope  



Notas 
(1) Tasso Fragoso Pires, Fernando e Gomes, Geraldo - Antigos Engenhos do Brasil,  Ed. Nova Fronteira, pg. 48.
(2) Informações do historiador Guilherme Jorge Barreto no artigo “O engenho Monjope” - Revista do IAHGP n. 62, pg.13-32. Também Tasso Fragoso Pires, Fernando e Gomes, Geraldo - Antigos Engenhos do Brasil,  Ed. Nova Fronteira, pg. 48, que afimam: “sem menção ao proprietário figurou dois séculos depois (1774) na relação enviada à Lisboa pelo governador José Cezar de Menezes, com localização “na Vila de Igarassú e seu termo”.
A indicação das terras da região como Tajepe consta na tese recente de mestrado de Andreia Cavalcanti da Rocha para a Universidade Federal de Pernambuco em 2015 – trabalho de cunho especialmente arqueológico. 
Observamos curiosamente que Tajepe se aproxima em frances de ta jupe = tua saia.Neste caso Mon jope, jupe  = minha saia.
(3) Informações do historiador Guilherme Jorge Barreto, “O engenho Monjope” - Revista do IAHGP no 62, pg.13-32.
(4) Evaldo Cabral de Mello (s/referência). Este mesmo autor afirma também que Antonio da Guerra já na maturidade foi proprietário (ou talvez  locador ) do engenho de S. Brás na Varzea.  Assunto já referido e discutido em Torres, Rosa Sampaio livro “Antonio da Guerra”, no prelo. 
(5) Ver informações sobre o jesuíta Paulo  indicadas em nosso artigo “Antonio Cavalcanti de Albuquerque (1554-1640) publicado no nosso blog http://rosasampaiotorres.blogspot.com/ , e ainda  nosso livro “Antonio da Guerra”, no prelo. 
(6) O general  Oziel Cavalcanti de Gusmão em um  livreto mimeografado para uso familiar do ramo do engenho Castanha Grande estaria provavelmente  baseado nas memórias de D. Duarte de Albuquerque Coelho que certamente se refere á esta fazenda deixada para trás pelos Cavalcanti.
(7) Esta “Casa Cavalcanti” já  referida em nosso trabalho “Guia de Casas, Castelos e Ruínas dos antigos Cavalcanti na Toscana”. Informações  no Cadastro da cidade de Florença, mapas e relação de moradias,  reproduzidas na midia eletrônica pelo pesquisador Marcelo Bezerra Cavalcanti comprovam a existência de moradias da família Cavalcanti na cidade de  Florença no século XV: “Nel libro di Edoardo Detti, "Firenze Scomparsa"- Vallecchi, Editore, 1970 Firenze, ha la pianta del Centro distrutto, pianta elaborata sulla base di un rilievo eseguito dal Comune di Firenze nel 1888, nel periodo immediatamente precedente alla distruzione - del piano di risanamento. Qua ci sono le case della Famiglia Cavalcanti, con origine nella Via Delle Terme, Mercato Nuovo, Via Porta Rossa e Via Calimala. Il rilievo comunale di 1888 e la pianta di Guido Carocci contenente le indicazioni delle proprietà nell'anno 1427; erano nel ex-museo topografico "Firenze com'era". 
(8) Gomes, Geraldo - Engenhos e Arquitetura,   FUNDAJ. Recife, 2007. Pág. 200.
(9) Gabriel Frade – Arquitetura Sagrada no Brasil, Loyola, 2007, pg 57.
(10) Sobre a Igreja das Graças, texto na mídia eletrônica assim a descreve: “O interior é igualmente sóbrio, formado por uma nave única, com um coro simples de madeira sustentado por duas colunas toscanas, capelas laterais junto ao fundo da igreja, duas capelas pegadas ao arco de cruzeiro, e a capela-mor. O teto em duas águas com forro de caibros aparentes de madeira ainda é do século XVII, e ao longo das paredes, junto ao forro, corre um friso de pedra em desenho geométrico. A decoração se concentra principalmente nas capelas do cruzeiro, inclusas em grandes arcos redondos, e cujos altares são os mais antigos do Brasil.” 
(11) “Solar Monjope”. Rio de Janeiro, RJ, 1923. Proprietário José Mariano, citado em Amaral, Aracy - Arquitetura Neocolonial na America Latina: Caribe, EUA, São Paulo, Fundo de Cultura Econômica, 1994.
(12) Hipótese formulada a partir da realização do nosso artigo sobre o “Antonio Cavalcanti de Albuquerque (1554-1640), publicado no nosso blog 
http://rosasampaiotorres.bogspot.com/ e no nosso livro Antonio da Guerra, ainda no prelo, mas já aberto para consultas.
(13) Acima citadas análises arquitetônicas e bibliografia sobre o Engenho Monjope. Ver notas acima 8 e 11.  
(14) Entre outras fontes, Informação fornecida pela genealogia da família Arouche apresentada na mídia eletrônica.
(15) Esta genealogia Holanda Cavalcanti de Albuquerque é apresentada em nosso trabalho “Principais Ramos de Cavalcanti de Albuquerque Nativistas”, já editado no nosso blog.
(16) Consultar nosso livro “Antonio da Guerra”, no prelo, mas já aberto para consultas. Notas sobre João e Cristovão Holanda Cavalcanti desta geração no nosso artigo “Principais Ramos de Cavalcanti de Albuquerque Nativistas”, editado no blog.
(17) Os Bezerra Cavalcanti eram da linha descendente de Isabel, filha do patriarca Antonio. Consultar nosso livro no prelo “Os Bezerra Cavalcanti”. Ainda sobre a atuação na guerra dos Mascates do Cristovão desta geração “Principais Ramos de Cavalcanti de Albuquerque Nativistas”, já editado no blog.  
(18) Sobre a atuação de João do Apoá na Guerra dos Mascates ver nota também no nosso artigo “Principais Ramos de Cavalcanti de Albuquerque Nativistas” no blog. 
(19) A genealogia de Paula (Bezerra) Cavalcanti de Albuquerque referida por Adalzira Bittencourt em seu livro Genealogia de Albuquerques e Cavalcantis, Ed Livros de Portugal, Rio de Janeiro, 1965, pg. 298. Genealogia baseada nos clássicos Jaboatão e Borges da Fonseca, corrigida por Carlos Xavier Paes Barreto, listagem que baliza em geral nossos vários trabalhos.
 (20) “Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco” (books. google.com. br/books?isbn=8573153776) refere: ”Manoel Cavalcanti de Albuquerque, coronel das milícias de Iguaraçu, senhor do engenho Monjope em Igaraçu”.
(21) O filho de Cristovão, Antonio, coronel do regimento das ordenanças de Serinhaém, em 1801 fora casado com Maria Manoela de Mello. O pai de Manoela, Sebastião Antonio de Barros Mello (1720 - a.1783) foi fidalgo da Casa Real, casado com Maria Rita de Albuquerque, esta filha do morgado do Cabo João Paes Barreto e D. Manoela Luzia de Mello. Maria Manoela seria na verdade tia de Ana Maria José de Mello (ver nota 34) ambas descendentes do morgado do Cabo João Paes Barreto - informações colhidas em lista de  F.A. Dória e outros, ainda notas cedidas por Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, cotejadas. Maria Manoela é também tida como oriunda do engenho Monjope, segundo informações colhidas no livro de Bartolomeu Buarque de Holanda e  ‎Sônia Peçanha – 2007 Ensaio histórico-genealógico - Página 30, books.google.com.br/books?isbn=8577340759, afirmação talvez pela ascendência de ambas as senhoras no morgado Paes Barreto. Posteriormente o casal Maria Manoela e Antonio dirigiu-se para Alagoas, a fim de construir o imponente engenho ‘Marrecas’ e deram mais adiante origem também a um novo ramo dos Holanda Cavalcanti (segundo informações Cristovão Buarque de Holanda no livro citado. Ver também ramo citado no meu trabalho “Principais Ramos de Cavalcanti de Albuquerque Nativistas”, publicado no blog.  
  Sobre Maria Rita, a filha de Antonio e Maria Manoela de Mello, também neta do velho Cristovão, como afirmamos foi unida ao ramo diretamente descendente do “da Guerra” - ao seu próprio primo Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, coronel alcunhado Suassuna - entusiasmado independentista que liderou a causa independentista em 1801 e também a Revolução de 1817 - consultar sobre os Suassuna nossos artigos: “Cavalcanti em Questão”, “1817” e “O ramo Cavalcanti de Albuquerque do engenho Suassuna”, próximo no blog. 
(22) A morte deste Manoel, filho do velho Cristovão certamente ocorre no começo do século, pois 1812 é a data conhecida do recebimento da herança por Francisco, outro filho do velho Cristovão. 
(23) Maria Arcangela Carneiro da Cunha (terceira proprietária com seu marido João Batista Cavalcanti de Albuquerque) nasceu em 08-12-1809. Ver esquema acima. constamos que seu pai foi Joaquim Manoel Carneiro da Cunha, residente na Paraíba. Este rico proprietário participou ativamente da Revolução Pernambucana de 1817 e esteve nos cárceres de Salvador, na Bahia, até 1821 (Ver nota 27). Posteriormente foi deputado na Constituinte pela Paraíba em 1823; assinou o manifesto que deflagrou a Confederação do Equador em 1824; deputado provincial pela Paraíba em 1838-39; deputado geral pela Paraíba em 1830-33, 1839-41, 1843-44 e 1850-52. Seu filho Manoel Joaquim Carneiro da Cunha casou-se em 31-12-1855 com sua própria sobrinha Antonia Maria Cavalcanti de Albuquerque [33209a], n. 1832, no engenho Monjope, f. 1891, em Pernambuco. 
  Pela fonte Geni: “Joaquim Manuel Carneiro da Cunha e Manuel Carneiro Leão, apesar de terem sobrenomes distintos, eram filhos de Virgínio Rodrigues Campello [Filho] e de Rita Josepha de Jesus (comunicação pessoal de Reinaldo Josê Carneiro Leão, em junho de 2018). Neto materno de Manuel da Vera Cruz de Albuquerque Lins e Mello e de Luzia Francisca Caetana de Albuquerque. Neto paterno de Virgínio Rodrigues Campello [Filho] (n. 1746 no Recife, f. 1813; senhor do engenho Canha, no município de Santo Antão, comarca de Vitória) e de Rita Josepha de Jesus (n. 1756, f. 1839), primos entre si, casados em 1773 no Recife. Sobrinho neto de Manoel Thomaz Rodrigues Campello [Manoel Thomaz Campello] (ver #33188), este casado com Francisca Margarida Diniz Bandeira”. 
(24) Doria, FA e outros – Os Cavalcantis, em pdf, cita João Batista Cavalcanti de Albuquerque como filho de Arcangelo  C. de A. e Monica do  Rego Pessoa -  esta filha de José Rego Barros e D. Margarida Cavalcanti (provavelmente  Margarida Cavalcante d’Albuquerque, também  filha de João Cavalcante de Albuquerque, o Bom e Simoa Fragoso (ver a baixo a  biografia de  João do Barros Rego). Neste caso João Batista, seria um primo colateral do velho  Cristovão  -   neto de João C. de A., chamado  do Apoá,  que mesmo foi o pai deste velho Cristovão.   Notamos a curiosa repetição na genealogia dos Rego Barros dos nomes Arcangelo, Margarida Arcangela, e ainda Arcangela da Silveira - fato que sugere ser esta a linha familiar de Maria Arcanja -  linha familiar  antiga até mesmo mantida com os Holanda. Luis do Rego Barros era genro de Arnau de Holanda, conforme o historiador Evaldo Cabral de Melo (O Bagaço de Cana, pg.82.) Encontrado  ainda que  João de Barros Rego foi casado com sua tia  D. Margarida Arcângela Barreto.
    João de Barros Rego (n. Olinda 1653-1712), filho de André de Barros Rego e de Adriana Wanderley, filha de Gaspar Wanderley (Van der Ley) e D. Maria de Mello. Neto materno de João Gomes de Mello (eng. Trapiche/Cabo de Santo Agostinho) e de D. Anna de Hollanda.  Capitão-mor de Olinda. Um dos chefes mais atuantes do partido da nobreza durante a Guerra dos Mascates (1710-1711), quando participou das batalhas e acabou preso em maio de 1712, vindo a falecer no mesmo ano na Fortaleza do Brum, Recife. Seu segundo casamento com D. Margarida Arcângela Barreto, sua tia, filha de Francisco do Rego Barros (Fidalgo da Casa Real) e de D. Arcângela da Silveira foi  s/.g;  (1º casamento : com Maria Vidal, filha de Lopo Curado e de Isabel Ferreira. Meia irmã do Gov. André Vidal de Negreiros. s.g; 3º Casamento: com  Margarida Cavalcante d’Albuquerque, filha de João Cavalcante de Albuquerque, o Bom [ linha Holanda Cavalcanti ] e de D. Simoa Fragoso. D. Margarida depois de viúva c.c. Pedro Cavalcante Bezerra (s.g.). Filhos do 1º casamento - D. Maria, falecida criança) 
(25) Sobre o ramo central e varonil dos Cavalcanti de Albuquerque consultar a lista descendente do patriarca Antonio, filho herdeiro do florentino, ramo que no sec. XIX se localizou no engenho Castanha Grande.  Lista já refeita em nosso trabalho “O Ramo do Castanha Grande“ - ramo em discreta atuação política com os Holanda Cavalcanti durante a Guerra dos Mascates.   O quarto filho, único filho varão de Jerônimo Cavalcanti de Albuquerque e Lacerda, capitão-mor de Itamaracá, Manoel Cavalcanti de Albuquerque e Lacerda, fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo, alcaide-mor da vila de Goiana foi casado com Sebastiana Carvalho (de família que também atuou na guerra holandesa e nas ações da guerra contra os mascates em 1710),
 (26) Maria Cristina C. de A., memorialista e grande estudiosa da família, ressalta a importância dos engenhos Monjope e Tamataúpe na história pernambucana do século XVIII e XIX, A memorialista também recorda a importância do engenho Tamataúpe:                     “Tamataúpe de Flores, que fica em Vicência. Antes Nazaré da Mata... O Tamataúpe, fundado no começo  do século XVIII, com capela dedicada a Nossa Senhora do Monte. Reformada em 1846. Fica vizinho ao [engenho] Terra Vermelha de onde saíram os Bezerra Cavalcanti para as Vertentes da serra da Borborema (Taquaritinga) dando origem ao meu [ramo]”. 
(27) Antonia Maria Cavalcanti de Albuquerque Carneiro da Cunha é tida como neta paterna de Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque. Reproduzimos exatamente as fontes citadas que confirmariam este parentesco: Barata, Cunha Bueno, t.1, v.1, p. 647-50; Cascão; Cavalcanti, v.1, p. 219-21; v.2, p. 34, 122; 1952, p. 44-5; 1975, p. 50-1, 54-8; Freitas; Lago, 1954; Moya, v.2, p. 81-4; v.3, p. 535; Rheingantz, p. 34, 54; Vasconcellos, p. 532-3; Chermont de Miranda, v.10, p.110. 
   Seu tio e marido Manuel Joaquim Carneiro da Cunha era irmão de sua mãe, vinte anos mais velho do que ela, filho de Joaquim Manuel Carneiro da Cunha (n. 1784 em Pernambuco, f. 1852) e de Antônia Maria de Albuquerque Lins (f. 28-10-1850), casados em 20-12-1808, que seriam então seus avós maternos. Note-se Antonia Maria com o mesmo nome da avó materna.
  Seu pai João Batista Cavalcanti de Albuquerque seria parente do velho Cristovão - neto de João C. de A., chamado do Apoá, que foi o pai do velho Cristovão.   Notamos na sua ascendência a curiosa repetição dos nomes Arcangelo que vinha pelos Rego Barros. As suas ligações com os Holanda por seu pai, João (Batista) Cavalcanti de Albuquerque, atravez esses Rego Barros. Ver acima nota 23 e 24. 
   Identificamos ainda que seu avô materno Joaquim Manoel Carneiro da Cunha (já citado nota acima nota 23) residente na Paraíba foi rico proprietário e participou ativamente da Revolução Pernambucana de 1817, mantido preso nos cárceres de Salvador, na Bahia, até 1821. (Historicamente citado por Pe. Dias Martins). Foi posteriormente deputado à Constituinte pela Paraíba em 1823; assinou o manifesto que deflagrou a Confederação do Equador em 1824; deputado provincial pela Paraíba em 1838-39; deputado geral pela Paraíba em 1830-33, 1839-41, 1843-44 e 1850-52. Seu filho Manoel Joaquim Carneiro da Cunha, casou-se em 31-12-1855 com sua própria sobrinha Antonia Maria Cavalcanti de Albuquerque [33209a], n. 1832 no engenho Monjope, f. 1891, em Pernambuco - ela filha de João (Batista) Cavalcanti de Albuquerque,capitão-mor; senhor dos engenhos Monjope e Tamatuape, e de Maria Arcanja Carneiro da Cunha (n. 08-12-1809). Manuel Joaquim Carneiro da Cunha tornou-se em 1860 barão de Vera Cruz. Ver nota 24 e esquema acima.
(28) Além da fonte Geni há comentários sobre o Barão de Vera Cruz em A. Bittencourt - opus cit., pg. 338. 
(29) Blog referente á localidade de Iguassú, cidade onde se localiza o Monjope comenta ainda outras nomeações de nobres por D. Pedro II na época.  
(30) O inventário da Baronesa de 1897 não foi por nós consultado, mas se encontra arquivado no Instituto Histórico e Arqueológico de Pernambuco. Trechos de comentários apresentados no romance “No tempo frágil das horas” de Luzilá Gonçalves Ferreira (Rocco, 2003) resumem as dificuldades de Antonia após sua viuvez:

   “Antônia ficou viúva com 38 anos, muito bonita e proprietária do centenário engenho de Monjope, que entrou em crise [econômica] e foi depois [?] passado, em 1868, a Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque” 
“... [Antonia] Indignava-se porque o francês não pagava o arrendamento de Tamataúpe; quando o engenho moía, vendia bem, enquanto Monjope, ah, Monjope ia mal. Antonia era mal aconselhada, amigos sugeriam que vendesse, arrendasse, levasse a leilão” - Trecho do romance No tempo frágil das Horas de Luzilá Gonçalves Ferreira, Rocco, 2003, pg. 146. 
 ”O engenho Monjope não ia bem. As terras que foram de sua família não produziam e necessitavam de investimentos altos. Por conta disso, [ Antonia] contraiu dívidas com parentes, amigos, e com o Banco Real de Pernambuco, dando em garantia o engenho Monjope”- Comentário ao livro No tempo frágil das horas de  Luzilá Gonçalves Ferreira, Rocco, 2003).
(31) Comentário da memorialista Maria Cristina C. de A. em notas ainda não publicadas, mas gentilmente cedidas à autora.  

(32) Observar a genealogia em anexo.
(33) 8ª geração - Coronel Lourenço de Holanda Cavalcanti de Albuquerque (1790-1867) casado com Ana Maria José de Mello, filha de Sebastião Antonio de Barros e de Maria Rita de Albuquerque Mello (esta filha do morgado do Cabo João Paes Barreto). Lourenço centralizou grandes recursos e restaurou o engenho Petribú, onde residiu até seu falecimento em 28 de dezembro de 1867. Coronel de prestígio, ainda de tipo claro, corpulento e de olhos azuis, como os Holanda.  Após sua morte dois dos seus filhos (9 g) Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque e (9g) José de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, acertaram-se financeiramente em relação às terras do engenho Petribu por arrendamento (50% por 50%). José viaja então para o Rio Grande do Sul para exercer cargo de Juiz adotando o nome Tabajara.  Um terceiro filho (9) Manoel Cavalcanti de Albuquerque formado em Direito, teria vendido o engenho “Novo” a Cristovão, recebendo também uma parte de sua herança em escravos. Já noivo, emigrou para Goiás. (fontes em nosso trabalho “Principais Ramos de Cavalcanti de Albuquerque Nativistas”, genealogia baseada na listagem de F.A. Doria e outros, cotejado com o livro "Aguas Claras" de Luiz Otávio Cavalcanti e Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, romance s/ Ed, 2011. Ver também nota abaixo e tabela genealógica em anexo).
       (34) Acrescenta a memorialista e escritor Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque com seu texto, para melhor entendimento: 
        “... [Ana Maria José] foi sepultada na capela do engenho Petribú. Era filha do coronel Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque e Anna Maria José de Melo, esta, natural do Cabo, [filha do morgado João Paes Barreto]. Cristovão filho do velho Cristovão. Seus pais [dela] foram proprietários do importante engenho; Manjope, movido à água, situado em Igarassú; engenho Terra Vermelha, em Tracunhaém; engenho Jardim em Goiana; Pindoba de Flores, em Limoeiro; Tamataupe de Flores, moente e corrente e sítio Carrapato, em Limoeiro; Tambuatá e Mulata, em Igarassú. Através de inventário, passaram a fazer parte do acervo de Lourenço e Ana Maria, que foi tia de Antônia Maria Cavalcanti de Albuquerque, depois baronesa de Vera Cruz; neta paterna de [do velho] Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque casado com dona Paula Cavalcanti de Albuquerque... [Seu marido] Lourenço Cavalcanti de Albuquerque (mesmo nome do tio falecido criança) nasceu em 1790 e morreu em 1867, aos 75 anos. Foi sepultado na capela do engenho Petribú. Teve uma intensa vida política: foi prefeito, comandante de batalhão da Guarda Nacional, delegado de polícia, suplente de juiz municipal, tenente-coronel. Em 1855, foi nomeado Comandante Superior da Guarda Nacional da freguesia de Paudalho. Nesse mesmo ano, foi agraciado com o título de Oficial da Ordem da Rosa. Em 1867, foi feito Comendador dessa mesma Ordem. Foi conhecido como “o velho Lourenço”. Lourenço e Ana Maria foram pais de Cristóvão, Francisco, Antônia, Anna Maria, Luíza, João, Ignez, Paula e José”.
        Um filho Manoel não é referido por Maria Cristina, mas seu nome aparece em posterior partilha com seu irmão (ver notas 36, 37 e 38) e é referido por sua própria descendência como filho de Lourenço. Seria filho apenas de Lourenço? Não é provável, pois o engenho “Novo”, por ele pretendido, viria dos próprios ascendentes de Ana Maria.          
(35) Não conhecemos os detalhes dessas negociações para a centralização das dívidas do casal Carneiro da Cunha, mas cremos talvez possível restaurá-las. Ana Maria José era filha do coronel Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque da 8ª geração e Anna Maria José de Melo, filha do morgado João Paes Barreto. Comentário ao livro “No Tempo Frágil das Horas” de Luzilá Gonçalves Ferreira, Rocco, 2003 a autora afirma que Antonia [não refere seu marido?] contraiu dívidas com parentes, amigos, e com o Banco Real de Pernambuco dando em garantia o engenho Monjope. Ver nota acima 30.
(36) Sobre o ramo que se denomina Petribú, conseguimos solucionar pequenas incongruências nas informações familiares do site do próprio Engenho e Usina Tribo (http://www.petribusa.com.br/?categoria=texto_institucional_02) que historia seu surgimento. Afirma o site: “Em 1885 partes do engenho [Petribú] foi arrendada ao Tenente João Cavalcanti de Albuquerque, filho de Lourenço”. Esta afirmação constitue certamente um equivoco – em realidade este João seria já seu neto, ainda bem jovem, pois João teria ficado órfão de seu pai aos dezesseis anos, segundo verificamos da nota da memorialista Maria Cristina - já que o filho de Lourenço, João, dono do engenho Eixo, nasceu em 1829 e faleceu em 1882 aos cinqüenta e três anos de varíola. Segue o site:
. “No ano de 1894 este João Cavalcanti aproveitou a vinda de seu primo [em segundo grau] Francisco Cavalcanti de Albuquerque a Pernambuco e comprou do mesmo a parte que lhe cabia do engenho Petribú... Pouco tempo depois, em 5 de dezembro de 1895, os outros herdeiros de José de Holanda venderam ao Capitão João Cavalcanti de Albuquerque as partes que possuíam do Engenho Petribú. Com essa compra, João Cavalcanti de Albuquerque se tornou proprietário de 50% do Engenho Petribú.... Em 1903 seu tio Christovão de Holanda faleceu, deixando a outra parte do engenho para a esposa, Ignez Cavalcanti de Albuquerque...” Em 1909 o engenho foi modernizado pela família e transformado na Usina Petribú. João Cavalcanti de Petribú centraliza a posse dos bens da família, mas falece fevereiro de 1934. Por seus herdeiros  então criada em 23 de dezembro de 1942 a Usina Petribú LTDA. -  uma Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada com sede em Paudalho. 


(37) Sobre a adoção do sobrenome Petribú por este ramo observar ainda o texto do side: “Em 1871 aparece o primeiro registro da palavra Petribú empregada como sobrenome de família. No Almanaque de Pernambuco daquele ano consta o nome de João Cavalcanti de Albuquerque Petribú, neto de Lourenço Cavalcanti de Albuquerque e Capitão da Guarda Nacional da freguesia de Paudalho.” Ainda: “No dia 10 de janeiro de 1911, o Coronel João Cavalcanti de Albuquerque trocou oficialmente seu nome para João Cavalcanti de Petribú, conforme anunciado na imprensa local, uma vez que, naquela época, era conhecido por João de Petribú (do engenho Petribú)”.   

Concluímos - É possível que o pequeno neto de Lourenço tenha sido referido por seu pai, João do Eixo (1829 – 1882) como “João do Petribú” por ocasião do seu batismo. aparecendo noticia do fato no Almanque de Pernambuco em 1871.  João do Eixo falecido de varíola em 1882 (fonte Maria Cristina) - Mais tarde já adulto o cel. João provavelmente tenha querido oficializar este apelido Cavalcanti de Petribú em 1911, como de resto já fizera seu tio que se denominara Tabajara por volta de 1867. A mudança de nome de famílias nativistas reafirmava sua origem índia, e foi comum entre os Cavalcanti de Albuquerque de índole nativista - alterações comuns nos oriundos dos “nobres da terra’, originadas mesmo de séculos anteriores - a exemplo dos filhos de Matias Albuquerque apelidados Maranhão no século XVII; dos que também se nomearam Arcoverde de Pesqueira a partir de 1777, dos que haviam tomado o nome Saussuna em 1817, e mesmo dos Lins, tornados Cansanção do Sinimbu em 1834. Ver nosso trabalho “Ramos Nativistas de Cavalcanti de Albuquerque”
(38) As informações relativas a estes novos ramos Holanda Cavalcanti formados nesta 9ª geração do Petribu foram fornecidas por email de seus descendentes atuais, moradores no Rio Grande do Sul e também em Goiás, que mesmo nos contataram prestando informações familiares - informações complementadas atravez listas familiares do Holanda Cavalcanti e notas de Maria Cristina C de A. já referidas, tiradas do inventário de Lourenço e da partilha de seu filho Cristovão, e ainda do site fornecido do engenho e Usina Petribú na mídia eletônica http://www.petribusa.com.br/?categoria=texto_institucional_02.  Conclusões também apresentadas em nosso trabalho “Principais ramos Cavalcanti de Albuquerque nativistas”, já editado no nosso blog.
(39) O ramo de Goiás teria sido formado por Manoel de Oliveira Cavalcanti de Albuquerque, nascido em 1818, aparentemente filho (seria legítimo?) do coronel Lourenço Cavalcanti de Albuquerque do engenho Tribo pois consta na partilha de Cristovão, o filho de Lourenço, o nome deste Manoel Cavalcanti de Albuquerque não referido entretanto como filho. Relata a própria família de Goiás: Manoel de Oliveira Cavalcanti de Albuquerque, nascido em 1818, formado em Direito de Olinda em 1849, já no ano seguinte da morte de seu pai [1867] aos 40 anos, em companhia de sua noiva Inácia Cavalcante, de 35 anos formada em Farmácia, deixa a região. Tendo recebido parte da herança [certamente esta sua parte do engenho Novo que consta na partilha] e, conforme a família ainda 15 escravos, com eles aporta o Rio de Janeiro [doze escravos são também até mesmo nomeados na partilha de Cristovão]. De postura liberal ainda no Rio de Janeiro os liberta e os torna assalariados, rumando após o casamento com eles para Goiás, para aí desenvolver produção de açúcar e exercer sua profissão em Direito. Em 1866 fora nomeado pelo imperador D. Pedro II para o cargo de Juiz de Direito da cidade de Catalão, no Sul do Estado de Goiás, onde desempenhou importante papel de juiz, mediador social e político da região. O casal teve 12 filhos com grande seqüencia em Goiás até hoje, preferencialmente atuantes na área jurídica.  O falecimento de Manuel ocorrido em 1877. (Sobre este ramo no Rio Grande do Sul de José temos como fontes as notas de Maria Cristina, ainda informações orais de parentes no rio Grande do sul, comentadas em nosso artigo “Principais Ramos da Família Cavalcanti de Albuquerque”.    
(40) Notícias do inventário do rico cel. Lourenço C. de A. realizado entre seus inúmeros filhos por notas de Maria Cristina C. de A., com nossos acrescentamentos: “A divisão das propriedades se deu do modo seguinte: a Cristóvão coube, no engenho “Cipó”, avaliado em 320 mil réis, a quantia de 40 mil réis; 50 mil réis na propriedade “Natuba”, avaliada em 400 mil réis; nas terras da propriedade Salgado, Jatobá e Sete Umbuzeiros, avaliadas todas em 3 contos e 200 mil réis, a quantia de 457 mil e 42 réis; no engenho “Petribú”, avaliado em 50 contos de réis, a quantia de 25 contos de réis. Segue-se sua participação no sobrado e sítio loteados pela Prefeitura do Recife, situados à Rua do Sebo nº 35, e mais sua participação no “Engenho Novo”, adquirido de Manoel Cavalcanti de Albuquerque [certamente o filho do ramo familiar que foi para Gioás ,não mencionado pela autora]. A metade restante do engenho Petribú coube ao sétimo filho de Lourenço, José de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, nascido em 14 de agosto de 1835 e batizado na Capela do engenho Petribú, dedicada a São Miguel Arcanjo. José bacharelou-se em Direito. Teve filhos naturais antes do casamento. Esposou a jovem Maria José Loureiro, de 19 anos, nascida no Rio Grande do Sul. Faleceu precocemente em 1878, deixando testamento”.    Há notícias deste ramo descendente de José radicado no Rio Grande do Sul  que o engenho Petribú teria sido arrendado meio a meio entre Cristovão e José. José tomara o nome Cavalcanti de Albuquerque Tabajara, tendo descendência continuada com esta denominação. Consultar nosso trabalho “Principais Ramos de Cavalcanti de Albuquerque Nativistas”.   Ainda “side’ com a historia do engenho Petribú e Usina Petribú http://www.petribusa.com.br/?categoria=texto_institucional_02 dá também noticias desta negociações.
(41) Teria o Engenho Novo referido nesta partilha vindo também por Ana Maria - o antigo engenho no Cabo construído por seu ascendente João Paes Barreto, o Velho - segundo Evaldo Cabral de Mello em seu livro O Bagaço de Cana, Ed Pinguim, 2012. 
(42) Sobre os Carneiro da Cunha, ver texto e notas 24 até 30 acima, e sobre o engenho Petribú notas 35 e 37.
(43) Esta fonte de informação na mídia eletrônica acrescenta nota referente ao inventário de Maria Amália Cavalcanti de Albuquerque feito em 1899, e afirma que este se encontra arquivado no Instituto Arqueológico de Pernambuco. Não consultado. 
(44) No mesmo ano da Proclamação da Republica temos notícia: “O engenho foi vendido em 1889 a Companhia Beberibe, que suspendeu a produção de açúcar para construção, no local, de um sistema de abastecimento de água para ao Recife”.
(45) Depois ainda de varias mudanças de destino temos ainda noticia: “No ano de 1986, a FUNDARPE iniciou o processo de tombamento das terras do Engenho Monjope, pretendendo a preservação desse patrimônio cultural e sua reutilização. Em maio de 2000 foi decretado o processo de desapropriação das terras pelo Estado de Pernambuco, a quem hoje pertence o Engenho. Hoje, o Engenho Monjope faz parte dos 13 engenhos classificados no Plano de Preservação dos Sítios Históricos da Região Metropolitana do Recife”  


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