Família Cavalcanti em busca de sua origem – II
(“Castellum Divitia”)
Segundo antigas fontes da família, os Cavalcanti
seriam originários do magnífico “Castelo de San Giglio”, vindos do reino franco
de Colônia com Carlos Magno para a Toscana no século VIII (1).
San Giglio, que teria dado o nome a este castelo,
constatamos, era na época um santo muito reverenciado na região franca de Colônia,
da especial devoção do rei Carlos Martel - avô de Carlos Magno.
Sobre este importante castelo
de San Giglio, referido como origem dos Cavalcanti, região central do Reino Franco
no séc. VIII, nenhuma referência concreta sobre ele nos foi possível ainda
encontrar - região hoje uma tríplice fronteira entre os Países Baixos, Alemanha
e Bélgica, ainda muito devota a St. Giglio ou Gilles.
Mas constatamos em nossas
pesquisas iniciais, ter existido um muito antigo e grandioso castelo romano, o “Castellum
Divitia”, realmente muito próximo, em frente mesmo à antiga “Colônia Agripina” dos
romanos, depois ocupada pelos francos. Hoje, deste Castelo restam apenas
vestígios e não sabemos se, na Alta Idade Media, em algum momento, ele levou o
nome de Saint Gilles ou San Giglio (Aegidius).
Vários outros castelos romanos
em ruínas podem ser encontrados ainda na região vizinha da atual cidade de
Colônia, e poderiam eles também se constituir igualmente o berço dos
Cavalcanti, região tão devota a São Giglio.
Entretanto, pela antiga importância
militar e imponência deste “castellum” /fortaleza no seculo IV, o “Castellum
Divitia” (que significa rico, opulento) nos parece realmente o sítio inicial
e mais significativo a pesquisar.
Numa primeira pesquisa, constatamos que originalmente
o “Castellum Divitia” seria um “castrum” romano, uma fortificação e base
militar cujo objetivo era controlar a circulação do inimigo pelo rio Reno (2). Em
uma homília, escrita no século XI, ”De incêndio oppidi Tuitii”, o
bispo de Colonia Ruperto de Deutz (ca. 1075 - †1129) comenta que
este “castrum” teria sua construção atribuída a Julio Cesar, cerca de 40 a.C. (3).
Entretanto, quase três
séculos depois, já em 310-315 d.C. o imperador Constantino, o Grande, teria
ampliado este “castrum”, o “Castra Divitia” na margem leste do rio, para
proteger a já desenvolvida “Colonia Agrippina” contra as invasões das tribos
germânicas, e construído também uma ponte em direção ao outro lado do rio, onde
se localizava o núcleo desta colônia romana.
Constatou-se mesmo que para a
fortificação deste “castrum” em Colônia teriam sido utilizados tijolos que
traziam a mesma marca de uma olaria também utilizada na construção do amplo espaço
para as recepções de Constantino na cidade próxima de Trier (4).
Porém, ainda que a “Colonia
Agripina” estivesse bem fortificada pelo “Castra Divitia”, as tribos germânicas
teriam ocupado mesmo esta colônia durante alguns meses, no ano de 355 (5).
Já no
século seguinte, em 405, as últimas tropas romanas foram retiradas para
defender a Itália.
Assim sendo, entre 475-478 os “francos sálios”,
já aceitos como confederados livres e aliados dos romanos, teriam ocupado estes
territórios em volta de “Colonia” (6).
O “Castellum Divitia” e
suas circunvizinhanças, não sabemos quando denominadas Deutz, logo se tornariam
uma parte da nova “Colonia” franco-romana, com população diminuída para cerca
de 20.00 habitantes (7).
Sabemos que a implantação do
cristianismo nesta região remonta igualmente o começo do século IV, momento da
própria conversão de Constantino (312). O primeiro bispo da “Colonia”,
Marciano, no começo do século IV contruiu sua igreja localizada perto do templo
de Mercúrio Augusto.
O rei franco Clovis,
sucessor de Childerico, casado com a princesa cristã Clotilde, derrotou os alamanos
na Batalha de Tolbiac e após sua vitória, converteu-se em 496 à fé católica.
Hoje nas bases da atual catedral
de Colônia ainda se encontram resquícios de muito antigas imagens celtas de
fertilidade e um batistério remanescente desta antiga igreja franco-romana, aberto
a visitações (8).
Quanto ao “Castellum Divitia”, este Castelo Magnifico,
mais nenhuma referência nos foi possível obter sobre ele durante os séculos V, VI,
VII, VIII e IX.
Apenas sabemos que nos tempos
do Imperador Oto I, O Grande (936-973), seu irmão Bruno, arcebispo de Colonia,
teria mandado demolir a fortaleza e, sobre o terreno, foi depois mandado edificar
um monastério em honra da Santa Maria.
E o complexo monástico construído teria tido no centro
uma grande igreja abacial românica edificada com a utilização mesmo das ruínas
do antigo “castrum” romano, o “Castellum Divitia” (9).
Mas, nesta
região hoje chamada Deutz onde este antigo castelo/fortaleza se encontrava, sujeita
a novas pesquisas no século XIX, resquícios deste memorável
“Castellum” Divitia” de romanos e francos foram ainda descobertos, com muito ainda
a ser desenterrado e muita história a ser levantada.
Mesmo apenas resquícios, a imagem
de seu portão registrada em uma moeda romana, o “Castellum Divitia” é uma
hipótese de base para a busca do real berço dos Cavalcanti, da Itália e do
Brasil.
Em anexo
fotos e refêrencias de pesquisa de trabalho do Dr. Ute
Verstegen (Universität Erlangen-Nürnberg) em PDF.
“Sobre o Castelo
romano- tardio de Colônia”
publicado
na mídia eletrônica, busca Google “Castellum Divitia”.
Notas do nosso artigo
(1) Cavalcanti, Giovanni - Istorie Fiorentine –
Firenze-Tipografia All insegne di Dante, 1838, vol. II p.45, apêndice. Obra
elaborada no séc. XV. Segundo este antigo historiador da família, os Cavalcanti
como exímios barões-cavaleiros e cristãos teriam saído do Castelo de San
Giglio, “castello molto magnífico e di popolo pieníssimo”, povo muito piedoso,
do reino franco de Colônia.
Gamurrini,
Pe. Eugenio - Istoria Genealogica delle Famiglie Nobili, Toscane et
Umbre –, Firenze, 1673, pg. 57e 58, textualmente afirma “La nobilissima
famiglia de' Cavalcanti ebbe l' origne sua di Colonia Città nobile della
Germania, essendo loro venuti in Italia in favore di Carlo Magno Imperatore
contra Desiderio Re de' Longobardi, dove nella Città di Fiorenza facendo loro”.
(2) Castrum – ( “castrorum”
do latim, plural “castra’”.)
acampamento, campo fortificado.
Mesma palavra em outros
idiomas de origem indo-europeia. Temos notícias que, originalmente, o “castrum” seria uma fortificação celta que se assemelhava a um castelo rodeado de uma
muralha circular, geralmente no topo de uma colina. Entretanto, os romanos
teriam tomado de empréstimo o termo para designar seus campos militares, que na
verdade eram retangulares.
A palavra “castrum” teria
sido apartir daí utilizada pelos romanos para designar também
suas construções militares fortificados, ou áreas de terreno reservadas para
serem utilizadas pelas legiões romanas como acantonamentos ou posições
defensivas.
E “os campos romanos eram edificados conforme um certo modelo, com duas
vias principais que se cruzavam: o Cardus
Maximus, que se estendia no sentido
norte-sul, e o Decumanus Maximus no sentido leste-oeste, o que dividia o terreno em quatro partes
iguais. As avenidas acabavam em quatro portais. O fórum era construído na
intersecção das duas vias, quase ao centro. E o restante das ruas era traçado
paralelamente às duas principais, formando um padrão quadriculado que ainda se
utiliza muito nas cidades modernas. Vários povoados na Europa surgiram a partir de campos militares romanos e ainda
hoje mostram traços de seus modelos originais....”, e neste caso lembramos a
própria Colônia.
Fontes Dicionário El primo
Latino, Ed, Zanichelli, ainda citação de notícias na Wikepédia retiradas de
Stefano Baccolini, Vita quotidiana nei castra: L'esempio
africano, Bolonha, 2000 (em italiano).
(3) Julio César (100 a.C. - 44 a.C.) depois Imperador
romano, iniciou as Guerras da Gália (58 a.C.- 49 a.C.) e em sua campanha conquistou
a Gália, partes da Germânia e fez ainda uma incursão às ilhas Britânicas. Derrotou inúmeros povos como helvécios, nervios,
venecios, belgas e gauleses. As suas crônicas pessoais da campanha ficam
registadas nos seus comentários “De Bello Gallico”.
Lembramos que a fundação da atual
cidade de Colônia também remonta pelo menos a Julio Cesar. Este descreveu os
grandes assentamentos da Idade do Ferro que ele
encontrou na Gália como “oppida”
(plural) e o termo foi empregado ainda para descrever as grandes cidades
pré-romanas que na Europa que ele dominou.
“Oppidum Ubiorum” era o nome
do florescente núcleo urbano ocupado e estabelecido pelos romanos no ano 38
a.C., ao norte das fronteiras de seu Império, em terras germânicas que deram
origem a atual cidade de Colônia - um “oppidum”
de povo germânico, os ubii, que dominado por Julio Cesar foi denominado “Ubiorum
Ara” (altar Ubii).
Quase um século depois em 50 d.C., Agripina, o Jovem, esposa do imperador Cláudio e que
aí nasceu, teria pedido que sua cidade natal fosse elevada ao status de “colonia” - uma cidade sob a lei romana. A cidade foi então
rebatizada “Colonia Agrippinensis Ara Claudia” ("colônia de Cláudio e do
altar de Agrippina"), que chamamos “Colonia Agrippina”, ou “Colonia de
Agrippina”.
(4) A data da fortificação de Constantino e construção da ponte obtida
em Gordon Campbell -The Grove encyclopedia of classical art and Architecture
,volume I, 2007, pag.302.
Lembramos que Constantino, o
Grande (272 — 22 de maio de 337), teve desde o inicio o controle da Britânia, Gália, Germânia e Hispânia a partir de sua
capital - Trier - cidade nas proximidades
da Colônia Agrippina”. E, enquanto fortificou a região, morou mesmo em Trier, cidade que especialmente embelezou
e fortificou. Trier teria chegado a 60.000 habitantes. A conversão de
Constantino ao cristianismo, quando combatia próximo de Roma, ocorreu pouco depois
em 312. Em Trier se encontram, até hoje, ruínas monumentais de suas realizações
como a Porta Negra, as Thermas e, sobretudo, a mais antiga e monumental Igreja na
época, a Basílica de St. Paul. Esta Igreja, mesmo com muitas transformações de
tamanho e estilo, ainda hoje abriga as relíquias trazidas de Jerusalém pela própria
mãe de Constantino, St. Helena.
Ainda utilizado para a
feitura do seu grandioso espaço para recepção, o “Palastaula” (aula palatina,
palacium), tijolos trazendo a marca de uma olaria que forneceu também tijolos para
a fortificação do “Kastel Deutz”, na data comprovada de 310 dc. (fonte, site
local)
Sabemos que a região fronteira de Colônia, onde Constantino teria
construído a ponte em direção ao outro lado do rio, e onde estava localizado o
“Castellum Divitia”, mais tarde teve também um núcleo urbano e foi chamado
Deutz, donde também a denominação “Kastel Deutz”.
Acrescentamos - com a conversão do rei franco Clovis ao
cristianismo, em 496, e suas vitórias contra outros povos bárbaros já como
aliados dos romanos, os francos por fim ocupam e governam “Colonia” ao final do
século V, agora a partir do centro administrativo estabelecido no “castrum” de
Boppard (o Reich Bopparder).
Não podemos esquecer, porém,
que três séculos mais tarde, Carlos Magno (c.742 - 814), rei dos francos e
Imperador do Ocidente, um rei de dinastia franca carolíngia, promove Colônia à
condição de arcebispado. E Colônia ainda hoje é um importante centro
eclesiástico, com 12 igrejas românicas e sua famosa catedral gótica.
Resumo a partir de fontes secundárias e
referências obtidas nas cidades referidas e nas antigas edificações locais.
(5) Tribos
germânicas, alamanes, conseguiram capturar a cidade depois de longo cerco por alguns
meses, mas, ainda no mesmo ano 355, Juliano consegue recuperar a cidade para
Roma. Juliano lograra deter a invasão germânica e garantir o Médio
Reno. Seu sucessor Valentiniano I terminou o trabalho.
Foi nessa época que teria
sido construído também outro “castrum”
romano, o Boppard, na estrada romana através do vale do Reno, e ainda fundada “Vicus
Baudobriga” (também Bodobriga ou Bontobrica, denominação de origem celta) no
caminho para Mühltal (vale). Segundo fonte do ano de 643, Boppard tornou-se
depois propriedade real franca e centro administrativo do Reich Bopparder - o
estado merovíngio (ver artigo Torres, Rosa Sampaio – “Família Cavalcanti em
busca de sua Origem”, publicado em
http://rosasampaiotorres.blogspot.com/).
(6) O
general romano Aegidius por volta de 463 aliara-se a Childerico (ca. 436 — ca. 482), líder dos francos sálios descendente de Meroveu, contra
os visigodos que foram vencidos em Orlean. Childerico teria sido, portanto, um
rei federado, possuidor das honras de um general romano, chefe civil e militar
da província romana da Gallia Belgica - rei franco merovíngio até sua morte.
Com a conversão do rei franco Clovis ao
cristianismo, em 496, e suas vitórias como aliados dos romanos, os francos por
fim ocupam e governam “Colonia” ao final do século V a partir do núcleo do
governo estabelecido em Boppard - o “castrum” de Boppard se teria tornado então
propriedade real franca, centro mesmo administrativo do “Reich Bopparder” - o
estado merovíngio. (ver artigo Torres, Rosa Sampaio – “Família Cavalcanti em
busca de sua Origem”, publicado em
http://rosasampaiotorres.blogspot.com/).
Vários outros “castra” na
região vizinha, certamente como o Boppart, teriam tido o mesmo destino de
passar às mãos francas.
(7) A “Colonia
Agrippina” teria chegado a possuir 4.000 habitantes no período romano, depois
bastante diminuído pelos ataques bárbaros, que precionavam as fronteiras
romanas. Informações obtidas sobre historia da cidade de Colônia cujas fontes
não são, entretanto, citadas diretamente.
(8) Fonte da atual Catedral de Colônia fornece informações
que traduzimos: “Depois da descoberta dos “mosaicos de Dionisius” numa casa com
peristilo, descobertos no canto esquerdo NE de Colonia, próximo da Catedral,
novas escavações revelaram toda a área: ruas, casas, o Mithraeum (santuários
subterrâneos para as Matrones - ídolos femininos do tipo deusa mãe), um templo
de Mercúrio-Augustus e finalmente uma Igreja Episcopal franco-romana em baixo
da atual Catedral. Um grande templo romano estava no canto sudoeste da Colônia,
construído logo após 50 d.C., e o Pretório, localizado aproximadamente no meio
da frente ribeirinha. Escavações do Pretório revelam dedicatórias ao imperador
Commodus, filho de Marcus Aurelius.
Ao S um grande salão com um
hipocausto e abside muito grande no lado E. Esta estrutura, incluída nas ruínas
preservadas no subsolo, corresponde, em tamanho e finalidade a “Palastaula”
(conhecida como Basílica) em Trier, mas que é cerca de 100 anos mais velha
(início 3 dc.). Os banhos do centro da cidade incluem um “caldarium”
semicircular, com um diâmetro de 25 m, do primeiro século.
Um monumento remanescente do
período da Ubii, um pedestal de altura de 9, 9 m, inicialmente apoiado numa
coluna. Ele pode ter servido como um farol na entrada do porto, e é o primeiro
exemplo de técnica de cantaria ao norte dos Alpes. Em 50 d.C. foi incluído no
canto sudoeste da muralha da cidade”.
(9) Fontes locais referentes à abadia
de Deutz hoje nos informam que Heriberto, arcebispo de Colônia em 999-1021, foi próximo
colaborador do Imperador Oto III, a quem acompanhou em seus derradeiros
momentos, 23 de janeiro de 1002, no castelo de Paterno de Civita Castellana, ao
norte de Roma. Nesta ocasião teria prometido ao imperador, no local da
fortaleza destruída, fundar um monastério em honra de Santa Maria.
Em 1003, teria sido realmente
fundada pelo arcebispo Heriberto aí uma abadia beneditina. O centro do complexo
monástico construído foi uma grande igreja abacial romântica de planta central,
sem suportes, cuja cripta ainda se conserva, teria sido mesmo edificada
empregando as ruínas do antigo “castrum”. Consagrada pelo futuro santo Heriberto,
em 1020 (os grifos são nossos).
Sabemos também que a localidade de Deutz sofreu um
incêndio em 1121, registrado também por Ruperto de Dreutz (c.1075 - †1129),
bispo de Colonia, em sua homilia escrita no século XI, ”De
incêndio oppidi Tuitii”.
Além do mais sua localização
estratégica sobre o Reno fez do lugar cenário de operações militares, de
maneira que no século XIV e XVI, o complexo monástico foi destruído e
reconstruído.
A igreja que se vê hoje, e
cuja cripta de 1020 ainda se conserva, foi construída no ano 1663, atualmente ocupada
pela comunidade ortodoxa da cidade de Colônia. Fontes referidas para a reconstituição
da história desta abadia:
- Thierry Dutour, La ciudad
medieval: orígenes y triunfo de la Europa urbana, p.55-56, Paidós, Buenos
Aires, 2005. ISBN 950-12-5043-1.
- Rudolf Pörtner, Das Römerreich der Deutschen. Städte und Stätten des deutschen Mittelalters, p. 192. — Knaur, Munich, 1979. ISBN 3-426-03227-9
- Peter Lasko, Arte sacro, 800 - 1200, p. 329-330. — Cátedra, Madrid, 1999. ISBN 84-376-1757-X Deutz Deutz.
- Rudolf Pörtner, Das Römerreich der Deutschen. Städte und Stätten des deutschen Mittelalters, p. 192. — Knaur, Munich, 1979. ISBN 3-426-03227-9
- Peter Lasko, Arte sacro, 800 - 1200, p. 329-330. — Cátedra, Madrid, 1999. ISBN 84-376-1757-X Deutz Deutz.
Anexo
Das
spätrömische Kastell
Divitia (Deutz) bei Köln.
Dr. Ute Verstegen (Universität Erlangen-Nürnberg)
(Reconstituição
da planta do castelo)
References
Carroll-Spillecke, M. 1993: ‘Das römische Militärlager Divitia in Köln-Deutz’, Kölner Jahrbuch 26, 321–444
Carroll-Spillecke, M. 1997: ‘The late Roman frontier fort Divitia in Cologne-Deutz and its garrisons’, in Groenman-van Wateringe, W., van Beek, B.L., Willems, W.J.H., and Wynia, S.L. (eds.), Roman Frontier Studies 1995. Proceedings of the XVIth International Congress of Roman Frontier Studies, Oxbow Monograph 91, Oxford, 143–9
Precht, G. 2002: ‘Köln-Deutz. Römisches Kastell’, in Horn, H.-G. (ed.), Die Römer in Nordrhein-Westfalen, Hamburg, 513–16
Precht, H. 1972/3: ‘Die Ausgrabungen im Bereich des castellum Divitia; Vorbericht über die Kastellgrabungen’, Kölner Jahrbuch 13, 120–7
Verstegen, U. (2005), Das spätrömische Kastell Divitia (Deutz) bei Köln. Neue Erkenntnisse zur Bauorganisation in konstantinischer Zeit [PDF]
Wolff, G. 2000: ‘Das Deutzer Kastell’, in Wolff, G., Das Römisch-Germanische Köln. Führer zu Museum und Stadt, ed. 5, Köln, 260–2
Finds
Gechter, M. 1991: ‘Zur Überlieferung der Bauinschrift des Kastells Divitia (Deutz)’, Kölner Jahrbuch 24, 377–80
Hanel, N., and Verstegen, U. 2005: ‘Gestempelte Ziegel aus dem spätantiken Militärlager Köln-Deutz (Divitia)’, Rei Cretariae Romanae Fautores Acta 39, 187–91
Hanel, N., and Verstegen, U. 2006: ‘Gestempelte Ziegel aus dem spätrömischen Kastell Divitia (Köln-Deutz)’, Kölner Jahrbücher 39, 2006, 213–52
Scheithauer, A. and Wesch-Klein, G. 1990: ‘Von Köln-Deutz nach Rom? Zur Truppengeschichte der legio II Italica Divitensium’, Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik 81, 229–36
Visiting and browsing
One of the circular northern towers is marked out in paving stones, along with the adjacent curtain wall, whilst part of the eastern gateway has been consolidated for display.
There is a web page from Livius.org and a good German-language Wikpedia entry (as usual, better than its English counterpart).
References
Carroll-Spillecke, M. 1993: ‘Das römische Militärlager Divitia in Köln-Deutz’, Kölner Jahrbuch 26, 321–444
Carroll-Spillecke, M. 1997: ‘The late Roman frontier fort Divitia in Cologne-Deutz and its garrisons’, in Groenman-van Wateringe, W., van Beek, B.L., Willems, W.J.H., and Wynia, S.L. (eds.), Roman Frontier Studies 1995. Proceedings of the XVIth International Congress of Roman Frontier Studies, Oxbow Monograph 91, Oxford, 143–9
Precht, G. 2002: ‘Köln-Deutz. Römisches Kastell’, in Horn, H.-G. (ed.), Die Römer in Nordrhein-Westfalen, Hamburg, 513–16
Precht, H. 1972/3: ‘Die Ausgrabungen im Bereich des castellum Divitia; Vorbericht über die Kastellgrabungen’, Kölner Jahrbuch 13, 120–7
Verstegen, U. (2005), Das spätrömische Kastell Divitia (Deutz) bei Köln. Neue Erkenntnisse zur Bauorganisation in konstantinischer Zeit [PDF]
Wolff, G. 2000: ‘Das Deutzer Kastell’, in Wolff, G., Das Römisch-Germanische Köln. Führer zu Museum und Stadt, ed. 5, Köln, 260–2
Finds
Gechter, M. 1991: ‘Zur Überlieferung der Bauinschrift des Kastells Divitia (Deutz)’, Kölner Jahrbuch 24, 377–80
Hanel, N., and Verstegen, U. 2005: ‘Gestempelte Ziegel aus dem spätantiken Militärlager Köln-Deutz (Divitia)’, Rei Cretariae Romanae Fautores Acta 39, 187–91
Hanel, N., and Verstegen, U. 2006: ‘Gestempelte Ziegel aus dem spätrömischen Kastell Divitia (Köln-Deutz)’, Kölner Jahrbücher 39, 2006, 213–52
Scheithauer, A. and Wesch-Klein, G. 1990: ‘Von Köln-Deutz nach Rom? Zur Truppengeschichte der legio II Italica Divitensium’, Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik 81, 229–36
Visiting and browsing
One of the circular northern towers is marked out in paving stones, along with the adjacent curtain wall, whilst part of the eastern gateway has been consolidated for display.
There is a web page from Livius.org and a good German-language Wikpedia entry (as usual, better than its English counterpart).
Additional
information for inclusion may be sent to info@legionaryfortresses.info
(please put fortress site name in the subject line; all other emails may be treated as spam and deleted).
(please put fortress site name in the subject line; all other emails may be treated as spam and deleted).
Page
last updated 11th February 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário