Listagem Araujo Cavalcanti

 Listagem Araujo Cavalcanti   

       e Araujo Cavalcanti Lins (século XVI e XVII, até XIX)


                    O nativismo persistente.



INTRODUÇÃO

     

   Ramo genealógico brasileiro e nordestino formado  por casamento de membros da família Cavalcanti de Albuquerque com descendentes do líder Amador Araújo Pereira na 5ª geração dos Cavalcanti de Albuquerque - Amador  herói revoltoso que com Antonio Cavalcanti o ”da Guerra” deu início ao Levante da Restauração contra os holandeses em Ipojuca (PE) no ano de 1645. 

    Amador era de família portuguesa prestigiosa do Minho, filho de Pedro Gonçalves, o Novo, e Felipa de Araujo Pereira - transportado ao Brasil pouco antes da invasão holandesa (DFB). Capitão–mor de Ipojuca muito identificado com os propósitos de Antonio Cavalcanti na ocasião. Casado com Maria da Costa de Luna com numerosa descendência.  


   Fontes para feitura desta listagem – fontes documentais historiográficas e genealógicas:

   As seis primeiras gerações marcadas com asteriscos seguem a genealogia muito segura de Adalzira Bittencourt em Genealogia de Cavalcantis e Albuquerques, Livros de Portugal S/A, 1965, baseada em Borges da Fonseca e corrigida por Carlos Xavier de Paes Barreto (com nossos acrescentamentos de datas).  Também utilizado em especial Barata - Carlos Almeida e Bueno- Antonio Henrique Cunha, Dicionário da Família Brasileira (DFB) – Íbero-América. 

  Bibliografia de cronistas e historiadores citados - o cronista Pe. Dias Martins (D.M.) em seu livro Mártires Pernambucanos, Typ. de F. C. de Lemos e Silva – PE; a memorialista Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque, autora do livro Magnificat - Fundação Gilberto Freire, 1990;          Franklin Távora em seu romance histórico Lourenço, ed. Martins Fontes, 1955; o historiador Evaldo Cabral de Mello, autor de A Fonda dos Mazombos Cia. das Letras, 1995 e “Frei do Amor Divino Caneca”, editora 34, 2001; ainda Denis Antonio de Mendonça Bernardes - O Patriotismo Constitucional: Pernambuco, 1820-1822, Hucitec, 2006.

    A vasta bibliografia também  consultada consta em nossos trabalhos publicados, inclusive os básicos “1817”, “Os Suassuna – Ramo dos Cavalcanti de Albuqurque “e “A Fronda de 1710”, próximo no blog..   

    As fontes genealógicas da mídia eletrônica utilizadas, (listas recentes balizados por vezes pelo levantamento de documentos), servem apenas de apoio, mas não devem se constituir fontes definitivas.

    Em virtude de dificuldade na identificação de nomes dos protagonistas ocultados muitas vezes por motivos de necessidade política, o trabalho naturalmente estará aberto a futuras correções.

   Este trabalho é apenas a primeira parte de uma pesquisa genealógica que deveria chegar até os tempos atuais, mas que por diversas circunstâncias fica pelo momento limitado do sec. XVI ao sec. XIX. 


DESENVOLVIMENTO


Listagem:


1ª *Filippo Cavalcanti (1525 – a. 1614) + Catarina Albuquerque 


2ª *Antonio Cavalcanti (c.1564-1640) + Isabel Gois de Vasconcellos [Holanda] 


3ª *Isabel Cavalcanti (calculamos n. c.1590) + Manoel Gonçalves Cerqueira (2º casamento c/ Francisco Bezerra Monteiro)


4ª *Pedro Cavalcanti (c.1605) + Brásia Monteiro Pereira – irmão de Antonio “da Guerra” (c.1608–1645) também filho de Isabel.


5ª *Úrsula Cavalcanti (<1650>) + cap. Bernardino Araújo Pereira - filho de Amador de Araujo Pereira, herói que levantou Ipojuca na guerra da Restauração (1645) casado com Maria da Costa Luna. Ursula e Bernardino pais de Amador, Maria, Laura, Brásia e Manuel que segue:

 6ª *Manuel de Araújo Cavalcanti de Albuquerque (1686?) + Brásia Cavalcanti Bezerra - viveu no período da Fronda contra os mascates e autoridades portuguesas em 1710.   Manuel era neto de Amador de Araujo Pereira, o revoltoso de Ipojuca na Restauração em 1645 e irmão de Amador de Araujo Pereira tido como homônimo do avô, que morreu solteiro.

   Não identificamos seqüência do nome Araujo por seu filho Bernardino de Araujo, mas por seu outro filho Francisco Xavier, sim. Sequência também Araujo aparece por sua filha Maria [Felipe ou Felipa] Araujo [de Araujo] Cavalcanti de Albuquerque (n. 1726 em PE) casada com o Capitão- mor Manuel Leite Silva (1692-1791). Maria e Leite darão continuação Araujo, por vários de seus descendentes.

   Bittencourt refere o nome “Manoel Cavalcanti de Albuquerque’ sem referir, entretanto, o nome “Araujo” - casado com Brásia Bezerra, irmão do homônimo de seu avô, Amador de Araujo Pereira que morreu solteiro (nada mais acrescenta o genealogista. Em Geni referido “Manuel de Araujo Cavalcanti” marido de Brásia Bezerra, filho de Bernardino de Araujo Pereira e Ursula Cavalcanti de Albuquerque; ainda irmão de Maria Cavalcanti de Albuquerque, de Luiza Cavalcanti casada com um descendente dos Luna, e Brásia Cavalcanti de Albuquerque. Nesta fonte Geni, Manoel aparece como pai de Maria Felipa de Araujo Cavalcanti de Albuquerque (que nesta lista aparece como Maria Felipe, possível erro) e de Ana Potência de Britto Cavalcanti.     

     Na lista mais segura de Bittencourt, entretanto, o casal Manoel e Brásia aparece ainda como pais de 1- Francisco Xavier C. de A. c/c Luiza Cavalcanti (que segue também com descendência Lins); 2- Cosme Bezerra c/c Maria Paes; 3- Sebastião Bezerra Cavalcanti; 4- Manoel Cavalcanti Bezerra; 5 - Bernardino de Araujo; 6 - Sebastião Bezerra Cavalcanti; 7 – Maria Cavalcanti de Albuquerque c/c Manuel Leite.

   Sugerimos que o irmão de Manoel - Amador de Araújo Pereira – que morreu solteiro tenha participado da fronda de 1710 (Ver discussão mais abaixo em seu sobrinho Amador de Araújo Lins Cavalcanti).  Por várias fontes confirmamos também que os filhos de Manuel e Brásia - Cosme Bezerra [Cavalcanti], Manoel Cavalcanti Bezerra e Francisco Xavier Cavalcanti de Albuquerque envolveram-se nos conflitos nativistas da Fronda de 1710.     

  Teria seu filho Cosme Bezerra [Cavalcanti] até mesmo morrido nas celas do Limoeiro em Portugal? Como nos indica a memorialista Maria Cristina C. de A. (opus cit. pg. 131) ao referir a existência de uma carta de Antonio de Albuquerque Coelho, vinda do Reino, dando notícias aos parentes da tortura de Cosme Bezerra Cavalcanti, seguida da sua morte no Limoeiro em 10 de maio de 1715. Esta carta possivelmente em documento no IHAGP. 

    Cosme Bezerra Cavalcanti ou Cosme Cavalcanti é tido equivocadamente por Evaldo Cabral de Mello como sobrinho do líder da “fronda”, Cel. Leonardo, filho do seu irmão Cosme Bezerra Monteiro II (E. Cabral de Mello, “A Fonda dos Mazombos”, pg.395).     Entretanto, na lista genealógica apresentada por A. Bittencourt (opus cit. pg. 295) não aparece nenhum filho de Cosme Bezerra Monteiro II com o nome de Cosme. Apenas, em outro ramo da família, descendente de Isabel Cavalcanti por Pedro, e não por Antonio “da Guerra”, aparece na mesma geração dos filhos do cel. Leonardo um Cosme Bezerra casado com Maria Paes, filho de Manuel Cavalcanti de Albuquerque e de Brásia Bezerra - neto, portanto de Pedro C. de A. e Brásia Monteiro (Bitt. p.294).

    Sugerimos que Cosme Bezerra Cavalcanti (juiz ordinário de Goiana) tenha participado com sucesso do embate violento ocorrido em Goiana em 23/8/1711, acompanhado por saque realizado na cidade contra a tropa de choque dos mascates, os “homens do cipó” - nesta ocasião, um dos homens a serviço dos mascates, o sargento–mor da vila Antonio Coelho de Menezes, em punição foi degolado. Este episódio é referido por Evaldo Cabral de Mello (opus cit. p.364) sem que os nomes dos Cavalcanti envolvidos fossem, porém, indicados pelo historiador. Alguns dos nomes, entretanto, por nós encontrados no romance “Lourenço” de Franklin Távora que sabemos utilizou fontes históricas. Por este autor Cosme Cavalcanti teria agido na companhia do sargento–mor João da Cunha Cavalcanti de Albuquerque, senhor do engenho Bojai, de ramo Holanda Cavalcanti. O episódio por nós resumido em nosso trabalho com todas as fontes “A Fronda de 1710”, ainda a ser editado, mas já aberto a pesquisas.

   OBS.1: Cosme Cavalcanti e João Cunha teriam atuado no conflito e saque em Goiana de 1711 na companhia de outros nobres, auxiliados pelo tenente Francisco Gil Ribeiro (este último referido e nominado por Evaldo, opus cit. pg. 364) 

             Mais tarde, em virtude da repressão ao movimento da nobreza por Felix Machado, Cosme Bezerra Cavalcanti é referido ainda por Cabral de Mello como detido em uma fazenda no Ceará Grande, quando da busca por Cosme Bezerra Monteiro II - o irmão de Leonardo. Ausente Cosme Bezerra Monteiro II nesta ocasião, Cosme Bezerra Cavalcanti teria reagido à prisão à bala, matando um e ferindo dois - obrigado a se entregar na companhia de um irmão depois de ter sido posto fogo à sua casa.  Evaldo Cabral de Mello (opus cit., pg. 395) não identifica este irmão. Podemos supor que fosse Manuel Cavalcanti Bezerra, presente na lista de Bittencourt (opus cit. pg. 295), filho também da já citada, na nota acima, Brásia Bezerra - homônimo do irmão do líder Cel.Leonardo, Manuel Cavalcanti Bezerra.    

         Evaldo Cabral de Mello (opus cit. pg. 395) descreve ainda as humilhações sofridas por Cosme Bezerra Cavalcanti ao entrar preso em Recife com este seu irmão, constrangidos pelos mascates. (E. - opus cit. pag. 395). 

           Cosme Bezerra Cavalcanti foi embarcado para o Limoeiro na primeira leva com seus parentes (Evaldo, opus cit. pg. 4). Seu nome citado por completo como capitão, e seu translado para o Limoeiro também referidos em carta mais tarde do frei Caneca, publicada por Evaldo Cabral de Mello em seu livro Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, pg. 283. 

            Há indicações no romance de Maria Cristina (opus cit. pg. 131) da existência de uma carta de Antonio de Albuquerque Coelho, vinda do Reino, dando notícias aos parentes da tortura sofrida por Cosme Bezerra Cavalcanti, seguida da sua morte em 10 de maio de 1715 na prisão do Limoeiro. Notar que a data de morte fornecida na relação de Evaldo (E. pg. 435) para Cosme Bezerra Monteiro II é 9 de junho de 1715 – e não consta o nome de Cosme Bezerra Cavalcanti na lista de Evaldo entre os falecidos na prisão do Limoeiro.

OBS.2: Nesta geração conturbada de Manuel de Araújo Cavalcanti de Albuquerque também há uma entrada para a linha Bezerra Cavalcanti por sua irmã Maria Cavalcanti de Albuquerque casada com Mateus de Sá (vereador em Olinda em 1676) (ver linha dos Bezerra Cavalcanti de Vertentes e a linha Rufino Bezerra Cavalcanti, próximas a serem editadas no nosso blog).  

    A Manuel de Araújo Cavalcanti de Albuquerque (referido 1686?) e Brásia Cavalcanti Bezerra segue o filho: 

7ª g - Francisco Xavier Cavalcanti de Albuquerque (calculamos n. c. 1680) + Luiza Cavalcanti (este casal ainda consta na lista segura de Bittencourt)ou Luiza Lins da Rocha de solteira?. Com o nome de Francisco Xavier Cavalcanti aparece como capitão participando de ataques militares na Fronda de 1710 no livro de Dias Martins pg.137. 

   Francisco Xavier Cavalcanti parente do lider da fronda Leonardo Bezerra seria capitão do terço de Olinda, filho, portanto de Manuel Araujo casado com Brásia Cavalcanti Bezerra - irmão do também revoltoso Cosme Bezerra Cavalcanti.  Citado por Dias Martins (pg.137) em suas peripécias militares, em especial em 9 de agosto em que repeliu um ataque de 200 homens dos mascates, mesmo sobre artilharia do forte de Brun. Estaria entre os 55 presos nas Cinco Pontas que obteve o perdão real, segundo Maria Cristina (pg.128).       

    Sua esposa Luíza provavelmente moça da família Lins Wanderlay (seria a filha Luíza de Adriana Wandelay, de sol. Luíza Lins da Rocha? Pela fonte Geni, Adriana estimada 1646 e 1706era  filha de João Maurício Wanderley (Wan Der Lay) e Maria da Rocha Lins. Neste caso, seu cunhado foi Cristovão Wanderlay segundo D.M. teria atuado em 1710  com muita  honra. 

OBS.: 

João Maurício Wanderley foi pai de Adriana Wanderley, que casou com Manoel Coelho Negromonte. Desta união nasceu João Maurício Wanderley (neto), que esposou a filha do capitão Ambrósio Machado. Esse casamento gerou Ambrósio, João Maurício e Rita (Fonte blog  “Poço da Trincheiras – A Família Van-der-Lay”, na mídia eletrônica).

Pela fonte Geni - Adriana Wanderley tem sua data de nascimento: estimada entre 1646 - 1706. 

Filha de João Maurício Wanderley e Maria da Rocha Lins. Esposa de Manuel Coelho Negramonte, Sr Eng da Guerra de Ipojuca. 

[Neta de Gaspar Van der Lay ex-oficial holandês retirado e Maria de Mello].

Mãe de Manoel Coelho Negramonte; João Maurício Wanderley [ referido acima ]; Francisco Coelho Negramonte; Maria de Barros Lins; Ana Maria de Jesus; Teresa Negramonte [seria Tereza de Jesus Negromonte Lins?]; Micaela Coelho Negramonte e Luísa Lins da Rocha [mãe de Catarina Alexandrina Pessoa Cavalcanti, esposa Leonardo n. 1735]  

Irmã de Cristóvão da Rocha Wanderley [que atuou na fronda em 1710 com muita honra, D.M. pg. 385] Isabel de Almeida Wanderley; Bartolomeu Lins; José Maurício Wanderley; Antonio Maurício Wanderley; João Maurício Wanderley; Francisca Maurícia Wanderley; Bento da Rocha Barbosa, Maurício Wanderley; Ana Maria Wanderley; Rosa Maria Wanderley; Madalena Wanderley; Luísa [da Rocha] Wanderley [esposa de Francisco Xavier C. de A acima?]; Sebastião Maurício Wanderley, Sr Engenho da Fornicosa em Porto Calvo e Gonçalo da Rocha Wanderley, Capitão-Mor.


    Na 8ª geração citamos ainda um provável filho deste Francisco Xavier Cavalcanti de Albuquerque acima:

8ª g Amador de Araujo Lins Cavalcanti (? + 1776), casado com Maria de Paula Cavalcanti (pais Barros, Cav. / Barbalho, Uchoa), segundo Claudete Massard de Araujo Cavalcanti em Geni - filho do acima Francisco Xavier e Luiza [Lins] Cavalcanti (ou Luiza Lins da Rocha de solteira, descendente (filha?) de Adriana Wanderlay). Este Amador de Araujo Lins Cavalcanti (+ 1776) casado com Maria de Paula Cavalcanti seria ainda descendente direto (trineto) do herói no levante de Ipojuca em 1645 Amador de Araujo Pereira. 

OBS.:   De início pensamos fosse ele o Amador Cavalcanti praticamente homônimo, descrito pelo escritor memorialista Franklin Távora como homem maduro em 1711em seu livro histórico “Lourenço”.  Por esta circunstância, e porque as datas não se encaixavam, tivemos dificuldade em identificá-lo.

  Observando melhor, concluímos que Amador de Araujo Pereira [Cavalcanti] ou Amador Cavalcanti simplesmente, como é nomeado por Franklin Távora seria ainda o irmão de Manoel (cuja única data fornecida é 1686 e sua mãe <1650>), e que fontes gnealogicas afirmam de forma muito sucinta ter ele falecido solteiro - mas que por volta de 1710 é descrito por Távora em seu romance “Lourenço” como membro da nobreza residente em Jaboatão e atuando na Fronda. Amador Cavalcanti é referido por este autor como tendo sido detido por elementos da tropa do Camarão, maltratado e humilhado no caminho das Cinco Pontas e nesta prisão ainda acompanhado a morte do também rebelado João da Cunha (consultar nosso trabalho “A Fronda de 1710”). 

   João da Cunha teria participado do ataque da nobreza aos mascates em Goiana em 1711 e sido mantido preso nas Cinco Pontas. Amador referido pelo autor à pg. 105 (com transcrição de carta sua potencialmente autêntica), ainda citado na pg. 127 - descrito no capitulo XIV como homem maduro. Amador teria escapado, como outros, comprando os algozes - fato que o autor afirma histórico. Ainda mencionado como irmão de João da Cunha – fato, entretanto, que não se confirma. O citado João da Cunha Cavalcanti de Albuquerque senhor do engenho Bujari poderia ser um neto de Cristóvão de Holanda por seu filho Domingos (ver OBS.1 sobre Cosme Cavalcanti, acima). Amador Cavalcanti ou Amador de Araujo [Pereira] Cavalcanti (c. 1680) foi incluído no nosso artigo “A Fronda de 1710”:


Na 8ª geração segue:

  8ª g - Manoel de Araújo Cavalcanti (n. c. 1740), bacharel, + Isabel Teresa de Moraes Lins (n. c.1750) do engenho “Pedreiras”, Itamaracá. Também filho do Francisco acima. Ela filha de Tereza de Jesus [Negromonte?] Lins e Manoel Álvares de Morais Navarro, do terço dos Paulistas. Quatro (4) dos filhos do casal estiveram comprovadamente como seus ascendentes envolvidos na luta nativista e independentista, agora já do movimento Revolucionário de 1817, descendentes diretos do bisavô na 6ª geração acima citado, Manuel de Araujo casado com Brásia Cavalcanti Bezerra - o quarto avô Amador Araujo Pereira herói em Ipojuca. 

OBS.1: A Identificação de Manuel de Araújo Cavalcanti (n. c.1740), bacharel, só foi possível de ser realizada pela presença na lista de A.Bittencourt de um desses filhos, o revolucionário Francisco Xavier e pela conexão de datas - Manuel, pai desses quatro revolucionários por documento identificado como casado com Isabel Teresa de Moraes Lins (c.1750, genealogia abaixo) ambos do engenho das Pedreiras, Itamaracá - três de seus filhos assinando Cavalcanti Lins e um deles Francisco Xavier de Moraes – quase o mesmo nome e sobrenome dos avós. 

OBS.2:- Informado pela fonte Geni que a esposa de Manuel de Araujo Cavalcanti, bacharel, Isabel Teresa de Moraes Lins (c.1750) seria filha de Tereza de Jesus Lins e Manoel Álvares de Morais Navarro, do terço dos Paulistas – e sugerimos que Tereza, de solteira seria Tereza Negromonte - filha de Adriana Wanderlay. 

OBS.3: Documentos por nós encontrados na mídia eletrônica sobre a família – uma solicitação do casal com sua identificação à rainha [D. Maria I], pedindo passar provisão para tombar as terras de seu engenho “das Pedreiras”, na capitania de Itamaracá. Ainda um ofício (durante o período de prisão dos irmãos) do [padre] Luís José de Albuquerque Cavalcanti [Lins] ao [conde das Galveias, D. João de Almeida Melo e Castro] sobre a ida de D. José Tomás de Meneses para o Maranhão, “mesmo não tendo se restabelecido de suas dores”; informando também acerca do requerimento de seu irmão, o padre Antônio José Cavalcanti Lins, que ainda não havia sido decidido.

OBS.4: Os quatro irmãos revolucionários Araujo Lins Cavalcanti finalmente identificados. Três deles haviam sido mencionados pelo cronista pe. Dias Martins, e referidos, apenas em nota de pé de página, por Denis Antonio de Mendonça Bernardes (“O Patriotismo Constitucional: Pernambuco, 1820-1822”, pg. 166), sem maiores identificações. O núcleo familiar, entretanto, já está devidamente mencionado em nossos trabalhos (o livreto Familia Cavalcanti de Albuquerque – publicado em 2001; o artigo “1817” e “Suassuna – Ramo dos Cavalcanti de Albuquerque” publicados em 2020 e 2021 no blog http://rosasampaiotorres.blogspt.com/)


Segue: 

 9ª g Francisco [Cavalcanti] Xavier de Moraes [Wanderlay] - um desses irmãos revolucionários em 1817, senhor de engenho, conspirador influente e atuante no movimento, identificado como Francisco Xavier de Moraes [Cavalcanti e/ou Wanderley]. (Citado por D.M pag.138. Referido pelo historiador Denis Antonio de Mendonça Bernardes (“O Patriotismo Constitucional: Pernambuco, 1820-1822”, pg. 166, ainda mencionado na fonte Geni). Capitão-mor de Igaraçu, Cavaleiro do Hábito de Cristo - irmão do Pe. Antonio José Cavalcanti Lins - este coadjutor do pároco da matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Santo Antonio – cujo pároco seria o terceiro irmão, Luis José de Albuquerque Cavalcanti Lins. O quarto irmão José Inácio Cavalcanti Lins também da Ordem de Cristo, capitão–mor de Goiana. Esses quatro irmãos atuaram na revolução de 1817 e foram mantidos presos até 1821, mas antes da soltura já o Pe Antonio José Cavalcanti Lins havia se suicidado na prisão. Mais detalhes e fontes sobre as atividades revolucionárias desse núcleo de quatro irmãos, com fontes em nossos trabalhos: “1817” e “Suassuna – Ramo dos Cavalcanti de Albuquerque”, publicados em nosso blog) 

OBS.1: Existiram certamente outros descendentes desses quatro irmãos revolucionários de 1817, descendentes diretos de Amador Araujo. Entretanto, pelas dificuldades da empresa não seguimos mais esta linha direta, até mesmo com as notícias de que o Pe Antonio José Cavalcanti Lins teria se suicidado na prisão. Esses quatro irmãos tão sacrificados são citados pelo Pe. Dias Martins em seu livro “Mártires Pernambucanos” e já referidos no item do nosso trabalho editado no blog “1817”. São citados em Geni, entre os filhos de Isabel Teresa de Moraes Lins (c.1750), ainda outros filhos, um deles levando o sobrenome Araujo.   


Mencionamos dessa irmandade com o nome Araujo:

 9ª g Inácio Manoel de Araujo Cavalcante [de Albuquerque Lins] que foi religioso, cura (estimado em Geni entre 1725 e 1785) – corrigindo a data certamente nascido nas proximidades de 1785, adulto em 1817, como os seus irmãos.  

   Por informações em Geni seria ele irmão de Manoel Alves de Morais Navarro Lins, neto; Dr. Joaquim José Cavalcanti de Albuquerque Lins; José Inácio Cavalcanti Lins; Maria Cândida da Conceição; Ana Joaquina da Trindade; Antonio José Cavalcanti de Albuquerque Lins, Pe, Sr Engenho Paulista; João Lins Cavalcanti de Albuquerque; Francisco Xavier de Moraes Wanderley, senhor de Engenhos; Luiz José de Albuquerque Cavalcanti Lins, Padre; Teresa de Moraes Lins [casada José Inácio Cavalcanti] e Francisco Eugênio.


CONCLUSÃO


  A descendência de Amador de Araujo Pereira  -  herói que auxiliou Antonio Cavalcanti “o da Guerra” a levantar Ipojuca na Restauração contra os holandeses (1645) -   estará ainda unida para a ação nativista e indepedentista a partir da 5ª geração dos Cavalcanti de Albuquerque pelo casamento de Úrsula Cavalcanti (<1650>) com o cap. Bernardino Araújo Pereira – filho de Amador. 

   A descendência Cavalcanti de Albuquerque de Amador de Araujo Pereira e Maria Costa Luna  nos surpreende por sua notável capacidade de atuação na luta nativista . Sugerimos que o irmão de Manoel de Araújo Cavalcanti de Albuquerque (1686?) - Amador de Araújo Pereira – que s fontes genealógica afirmam sucintamente morreu solteiro, tenha já participado da Fronda de 1710, mantido preso nas Cinco Pontas. 

 Por várias fontes confirmamos que os próprios filhos de Manuel e Brásia - Cosme Bezerra Cavalcanti, Manoel Cavalcanti Bezerra e Francisco Xavier Cavalcanti de Albuquerque participaram ativamente nos conflitos nativistas da Fronda de 1710. (Ver fontes acima, no Desenvolvimento).     

  Teria seu filho Cosme Bezerra Cavalcanti até mesmo morrido nas celas do Limoeiro em Portugal  como nos indica a memorialista Maria Cristina C. de A. (opus cit. pg. 131) ?  

   Posteriormente, na Revolução Pernambucana de 1817 destacou-se um decidido núcleo de quatro irmãos desta família, agora francamente revolucionários – ainda descendentes diretos de Amador Araujo Pereira  que foram mantidos presos em péssimas condições na Bahia até 1821.  


   Na 9ª g Francisco [Cavalcanti] Xavier de Moraes [Wanderlay] - um desses irmãos revolucionários em 1817, senhor de engenho, conspirador influente e atuante no movimento, identificado pelas fontes históricas como Francisco Xavier de Moraes [Cavalcanti /e ou Wanderley]. Seu irmão o Pe. Antonio José Cavalcanti Lins, coadjutor do pároco da matriz do Santíssimo Sacramento no bairro de Santo Antonio – cujo pároco que seria o terceiro irmão, Luis José de Albuquerque Cavalcanti Lins.  O quarto irmão José Inácio Cavalcanti Lins também da Ordem de Cristo, capitão–mor de Goiana. Esses quatro irmãos atuaram na revolução de 1817 e foram mantidos presos até 1821, 

   Infelizmente não conseguimos acompanhar esta linha direta dos Araújo Lins Cavalcanti até os dias atuais, dadas as dificuldades da empresa e desestimulados, sobretudo pela notícia de que o Pe Antonio José Cavalcanti Lins teria se suicidado na prisão. Esses quatro irmãos tão sacrificados foram citados pelo Pe. Dias Martins em seu livro “Mártires Pernambucanos”, e já foram homenageados como núcleo revolucionário no nosso trabalho “1817”, editado no blog. 

    Esses Araujo Cavalcanti Lins tudo indica ainda têm descendentes no Brasil que, entretanto, não foram mais identificados.

   Devemos lembrar que a descendência de Amador de Araujo Pereira segue, porém, na linha Cavalcanti de Albuquerque pela filha de Manuel de Araújo Cavalcanti de Albuquerque (1686) e Brásia Cavalcanti Bezerra, 7ª geração, Maria [Felipe ou Felipa] Araujo [de Araujo] Cavalcanti de Albuquerque (n. 1726 em PE) casada com o Capitão-mor Manuel Leite Silva (1692-1791). Maria e Leite darão continuação à linha de Amador Araujo entre os Cavalcanti de Albuquerque por vários de seus descendentes, que oportunamente ainda pretendenos identificar.

  


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