O ramo do “Quincas”

 

O ramo do “Quincas”

 

Construtor da Cidade de S. Luis do Quitunde.


Filho do “papai Cavalcanti”

Introdução   

    Inúmeras informações referidas neste artigo, e também fotos, foram cedidas à autora pelo descendente do ramo do engenho Castanha Grande, Emerson José Fontes Lima de Abreu, jovem deficiente auditivo por mensager do facebook em 22 de agosto de 2023 -  acrescentadas  nossas observações complementares.  

  A Autora é descendente do ramo de Maria Luiza, irmã do Quincas” que  foi  casada com Thomaz José de Gusmão Lyra.  

    Na oportunidade agradecemos à psicanalista Alzira Perestrello “em memória” - ela filha do jurista Francisco Pontes de Miranda (neto do “Quincas”) - ambos descendentes do ramo central do Castanha Grande. Em um Congresso na Sinagoga do Rio de Janeiro, Alzira nos indicou e mesmo cedeu muito gentilmente o precioso livro de Adalgisa Bittencourt, “Albuquerques e Cavalcantis” - obra em que baseei grande parte da história da família por mim registrada (1).  

   Devemos ressaltar, desde logo, que o ramo descendente de Joaquim Machado da Cunha Cavalcanti,  o Quincas, ultimo filho de “Papai Cavalcanti” foi ramo prolífico, entrecruzado com famílias de reconhecidas qualidades intelectuais -  matemáticos, juristas e médicos. Vejamos:

Joaquim (Quincas) Machado da Cunha Cavalcanti (foto1)

 

   Nasceu em 3 de março de 1845 em São Luís do Quitunde, Passo de Camaragibe, Alagoas, Brasil. Morreu em 6 de janeiro de 1885, São Luís do Quitunde, Alagoas, Brasil. Filho mais moço de Manuel Cavalcanti de Albuquerque (“Papai Cavalcanti” - 1797 – 1870, século XlX) e Ana Rosa da Cunha Freitas Cavalcanti de Albuquerque (Vovó Loló), donos do engenho Castanha Grande.          

(foto 2)

      Joaquim (Quincas) foi casado com Belmira Coelho Alcântara Menezes Cavalcanti, por quem se apaixonou e teria deixado curso de direito em Bruxelas.

Obs: 

        O historiador Manoel Diegues Junior lembrando os nomes ilustres da história de Alagoas refere-se elogiosamente ao filho caçula do patriarca “papai Cavalcanti”, Joaquim Machado da Cunha Cavalcanti, o “Quincas”, que estudara direito algum tempo em Bruxelas.  Quincas por indicação de seu pai  foi o benemérito fundador da vila de S. Luiz do Quitunde nas terras do engenho Castanha Grande com o capricho particular de encomendar um plano muito bem traçado para as ruas e praças ao engenheiro prussiano Carlos von Bolstenstern (2).

   Lembra Manoel Diegues: “... a vila de S. Luiz do Quitunde por ele idealizada e fundada em 1869, ao lado do engenho ‘Castanha Grande” foi uma das primeiras cidades planejadas do Brasil, chegando a exportar, pouco depois de fundada, 100 mil sacos de açúcar (3).

    Seguindo a vocação da família Cavalcanti para as letras, “Quincas” foi poeta dos mais interessantes, mas também talentoso flautista (4). Entretanto, ao final da vida (+1885) passou por dificuldades econômicas.

   Oziel Cavalcanti de Gusmão em “Notas sobre os Albuquerque Cavalcanti, ano 1997”, livreto para uso familiar do ramo do Castanha Grande, transcreve um interessante soneto em que Quincas pede dinheiro por um portador a seu sobrinho Manoel Messias de Gusmão Lyra - bom sintoma das dificuldades da família já naquele momento:

 

  Meu sobrinho: ano das pragas,

   De outubro abrasador no dia nove.

   A ver se a desventura te comove,

   Hoje, à tua presença vai o Chagas.

 

   Eu bem sei que dinheiro tu não cá...

   Nem da fortuna o orvalho em ti não chove,

   Mas sei que o peito teu brando se move

   Ao ver do agonizante as frias bagas.

 

  Do eterno sofrer das desventuras,

  De calmantes tomei alguns papéis,

  Para aliviar tantas tonturas...

 

 Mas as dores agora são cruéis!

 Vê se me acodes já, vê se me curas!

“Envoi pour lê porteur” vinte mil réis!”

    

    Quincas morreu, possivelmente, por causa de dívidas contraídas (5).

     

    Ao lado da casa de engenho muito modesta, foto de ruínas em arcadas nos sugerem as dimensões da casa-grande pretendida pela família para sede do engenho “Castanha Grande” - sede, preterida pela construção da cidade - não executada pelas dificuldades enfrentadas pela família com a decadência da economia açucareira no Estado.               



     Mas a própria cidade de S. Luiz do Quitunde com tanto carinho planejada e executada integralmente, tarefa privilegiadas pela família, ainda hoje homenageia - na igreja local, no grupo escolar e em outros beneficiamentos - o nome desta geração dos Cavalcanti de Albuquerque, e posteriormente dos Cavalcanti de Gusmão. No altar mor da Igreja desta pequena cidade ainda entronizada uma imagem Divina Pastora (6). Quincas está sepultado na arcada direita na igreja Matriz Nossa senhora da Conceição, em S. Luíz do Quitunde (7).

 

   Devemos acrescentar que o renomado intelectual brasileiro Manoel de Oliveira Lima foi casado com uma sobrinha de Quincas, Flora Cavalcanti de Albuquerque, ela também conceituada escritora, neta de “papai Cavalcanti”. Flora filha de seu irmão Manuel (Minou) e Henriqueta, filha do visconde de Utinga. Um texto de Oliveira Viana elogioso sobre estes republicanos avant la lettre, vanguardistas  do engenho “Castanha Grande” está publicado, em Anexo, no artigo da autoraA Ramo do Castanha Grande (8).

 

   Damos agora continuidade à linha genealógica de Quincas e Belmira:

  Joaquim (Quincas) e Belmira tiveram: F1 Rosa Cavalcanti, de casada ainda Pontes de Miranda, F2 José Machado da Cunha Cavalcanti e F3 João Francisco (João Barafunda) Coelho Cavalcanti.

              F1 - Rosa Cavalcanti Pontes de Miranda - nasceu em 1872 nasceu São Luís do Quitunde – AL, e  faleceu em 11 de setembro de 1944 Teresópolis - RJ e (curiosamente dois dias depois do nascimento da autora, no mesmo mês e ano, com o mesmo prenome Rosa e sobrenome, Cavalcani).

    Rosa Cavalcanti foi casada com Manoel Pontes de Miranda – Nascido em 1869, Alagoas, Brasil. Falecido em 23 de ago de 1955, Niterói, filho de Joaquim Pontes de Miranda – este formado em direito, mas grande matemático.

             F2 José Machado da Cunha Cavalcanti 

            F3- João Francisco (João Barafunda) Coelho Cavalcanti São Luís do Quitunde - AL ,1874 - Rio de Janeiro - DF 18/11/1938. Formado em Direito, juiz de direito no RS, poeta e jornalista, grande polemista na época, tendo escrito alguns livros de crônicas que devem ser melhor avaliados atualmente.

 


  Manoel Pontes de Miranda (foto 3)


   Rosa Cavalcanti e Manoel Pontes de Miranda tiveram os filhos: o famoso jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, Belmira Cavalcanti Pontes de Miranda e Manoel Pontes de Miranda Filho.

 

      N1 - Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, nasceu 23 de abril de 1892 em São Luis do Quintude - AL. Morreu 22 de dez de 1979 no Rio de Janeiro – RJ. Famoso jurista e membro da Academia de Letras, cujo museu Memorial Pontes de Miranda guarda sua memória em Alagoas.

     N2 - Belmira Cavalcanti Pontes de Miranda - Nasceu 22 de março de 1894, Maceió – AL. Morreu 4 de Janeiro de 1983 São Paulo - SP         

(foto 4)      

                             De Belmira descende o jovem informante Emerson Abreu

    

     N3 - Manoel Pontes de Miranda Filho. Nasceu 26 de novembro de 1896 Maceió - AL Morreu em 14 de abril de 1975, Maceió - AL, casado com Lucilla Magalhães da Silveira.

Manoel e Lucila tiveram os filhos: Paulo (Paulinho) Pontes de Miranda, Joaquim Pontes de Miranda, Silvio Pontes de Miranda e Lucia Pontes de Miranda Baptista, estes ainda com descendência Pontes de Miranda.

      

                              (foto 5 – foto do Manoel fornecida pelo jovem Emerson Abreu)


Ramo do N 1 Francisco                  

       N 1 - Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda Cavalcanti



   Jurista de renome até mesmo fora do Brasil, membro da Academia Brasileira de Letras.  O   Memorial Pontes de Miranda da Justiça do Trabalho em Alagoas (MPM), museu brasileiro criado para homenagear sua obra, localizado no centro da cidade de Maceió.

  A Autora em solteira Rosa Maria Cavalcanti de Gusmão e seu pai, Alberto Cavalcanti de Gusmão, descendentes do eng. Castanha Grande, tiveram o prazer de visitar o jurista em sua casa na rua Prudente de Morais, Ipanema, Rio de Janeiro, em meados da década de 50 - ocasião em que pudemos gozar de sua inteligente companhia e apreciar as inúmeras imagens de corujas que recebia e colecionava, símbolos de sabedoria.

 

    (foto 6)

Citamos trecho do perfil de Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda apresentado na Wikipédia, com fotos e nossas complementações.


         “Nascido em São Luís do Quitunde, 23 de abril de 1892 — Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 1979) foi  advogado, jurista, filósofo, matemático, sociólogo, magistrado, diplomata e escritor brasileiro.




Pontes de Miranda (foto da enciclopédia)

   Autor de livros nos campos da matemática e das ciências sociais como sociologia, psicologia, política, poesia, filosofia e sobretudo direito, tem obras publicadas em português, alemão, francês, espanhol e italiano.

  Nasceu em 23 de abril de 1892, prematuro, aos 6 meses de gestação em um antigo engenho chamado Frexeiras em São Luis do Quitunde, Alagoas. Recebeu o nome de Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis.

   Aos sete anos de idade revelava-se uma inteligência precoce, lia corretamente o francês e português.

   Aos dezesseis anos, seu pai Manoel Pontes [de Miranda] lhe deu uma passagem para ir estudar matemática e física na Universidade de Oxford, mas sua tia [materna] Francisca Menezes o incentivou a estudar direito. Escolher direito não o impediu de destacar a importância da matemática em suas obras, inclusive esta era sua primeira tendência, por causa de seu avô Joaquim Pontes de Miranda, formado em direito, mas grande matemático.

   No segundo ano da faculdade iniciou seu primeiro livro, escrito a mão, intitulado À Margem do Direito, elogiado pelo jurista Ruy Barbosa. (seguem ainda muitas outras informações neste perfil)


Pontes de Miranda (foto da enciclopédia)

       

      Francisco foi casado em primeiras núpcias com Maria Beatriz Cavalcanti Pontes de Miranda

       Francisco e Maria Beatriz tiveram as filhas: B1 Maria Alzira Perestrello da Camara, B2 Rosa Beatriz Pontes de Miranda Ferreira, B3 Maria da Pena Pontes de Miranda Albuquerque e B4 Maria Beatriz Pontes de Miranda Menegale

      Francisco a segunda vez casado com Amnéris Cardilli Pontes de Miranda

      Francisco e Amnéris tiveram uma filha: - B5 Francisca Maria Cavalcanti Pontes de Miranda

                                    

B1- Maria Alzira Perestrello da Camara. Nasceu 5 de março de      
 1916, Rio de Janeiro – RJ. Morreu 27 de janeiro de 2015, Rio de Janeiro.                                         

B2- Rosa Beatriz Pontes de Miranda Ferreira. Nasceu 3 de maio de 
  1919, Rio de Janeiro – RJ. Morreu 5 de agosto de 2001, Rio de Janeiro. 

B3 - Maria da Pena Pontes de Miranda Albuquerque. Nasceu 16 de julho 
  de 1924, Rio de Janeiro - RJ Morreu 14 de dez de 2022 Rio de Janeiro.   

B4- Maria Beatriz Pontes de Miranda Menegale. Nasceu 19 de abr de   
  1930 Rio de Janeiro - RJ

B5 - Francisca Maria Cavalcanti Pontes de Miranda. Nasceu 20    
 de abril de 1947, Rio de Janeiro – RJ.


[Emerson - meu bisavô]

 

                             Placa na Funerária Nossa Senhora da Piedade” indica:

  22-5-1882           

                                      + 31-3- 1946                                         

     Belmira e João tiveram os filhos:

     B. 1- Rosa [de Miranda] Ramalho, B2 João Ramalho dos Reis Filho, B3 Gastão de Miranda Ramalho, B4 Canuto de Miranda Ramalho, B5 Walter de Miranda Ramalho e B6 Werther de Miranda Ramalho.

             - Rosa [de Miranda] Ramalho casada com o médico José Silva Fontes Lima (Zito) em 7 de junho de 1941, Maceió - AL. 


  
                                    Rosa [de Miranda] Ramalho   e       José Fontes Lima (Zito)

    tiveram os filhos: Sônia e Oscar Ramalho Fontes Lima.

              tri neta: Sonia Ramalho Fontes Lima (médica) casada com Emerson José Calheiros de Abreu (médico)

                     tetra netos - Emerson José Fontes Lima de Abreu (deficiente auditivo, fazendo uso de linguagem de sinais, formado e licenciado em Educação Física), Eduardo e Daniela.


Emerson José Fontes Lima de Abreu

Notas

(1) Torres, Rosa Maria Cavalcanti de Gusmão Sampaio - autora do livreto para uso familiar “Família Cavalcanti de Albuquerque”, também o artigo O Ramo da Castanha Grande e muitos outros trabalhos sobre os Cavalcanti de Albuquerque brasileiros e também os Cavalcanti na Itália, editados em seu blog http:// rosasampaiotorres.blogspot.com/ e em revistas do Porto.

(2) Diegues Junior, Manoel– O bangüê nas Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, 2006, pg. 272.

(3) Diegues Junior, Manoel – opus cit., pg. 275.

(4) Assunção, Jane - A família do Engenho Castanha: uma história desde antigamente, Maceió, ed. Viva, 2019, pg. 43, refere as habilidades  de Quincas comoflautista prodigioso, baseada em Avelar, Romeu de – General Góis Monteiro – Maceió, Imprensa Oficia, 1949. A foto 2 de Quincas tirada do livro desta autora.

(5) Assunção, Jane – opus cit. pg. 44, por memórias familiares fornece mais detalhes sobre a morte de Quincas que teria sido assassinado por um dono de loja de tabacos da cidade. A autora Jane Assunção é casada com o atual proprietário do Castanha Grande, Alberto de Gusmão Couto.

(6) Visita recente da Autora ao engenho “Castanha Grande” e à cidade vizinha de S. Luiz do Quitunde comprova a devoção à Divina Pastora na família. A primeira filha de Manuel (Papai Cavalcanti) se chamou Maria Pastora. Uma foto de pequena imagem da Divina Pastora já foi publicada em Anexo ao nosso artigo citado - esta pequena e linda imagem da Divina Pastora estava entronizada em altar do "Castanha Grande" durante o casamento de Antonio Cavalcanti de Albuquerque de Gusmão e sua esposa Emilia - imagem que este trouxe consigo para o Rio de Janeiro, fazendo parte hoje do acervo da autora. Consultar Anexo deste artigo e fotos. 

(7) Oliveira Lima, Manuel de – Memórias: estas minhas Reminicências, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, 1937. Trecho do texto de Oliveira Viana elogioso sobre estes republicanosavant la lettredo Castanha Grande está publicado no  Anexo do  artigo da autora,A Ramo do Castanha Grande,  junto com fotos em seu blog.

 

Bibliografia

 

Assunção, Jane - A família do Engenho Castanha: uma história desde antigamente, Maceió, ed. Viva, 2019.

Bittencourt, Adalzira - Genealogia dos Albuquerques e Cavalcantis, Rio de Janeiro, Livros de Portugal S/A, 1965.

Diegues Junior, Manoel – O bangüê nas Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, 2006.

Gusmão, Oziel Cavalcanti de – “Notas sobre os Albuquerque Cavalcanti”, livreto para uso familiar, 1997.

Gusmão, Carlos de - Boca da Grota, Reminiscências, Gazeta de Alagoas, Maceió, 1970.

Oliveira Lima, Manuel – Memórias: estas minhas Reminiscências, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, 1937.

Machado da Cunha Cavalcanti, Ambrósio – “Lembranças e Apontamentos para meus filhos”, texto já disponível na mídia eletrônica.

Torres, Rosa Sampaio – livreto  Família Cavalcanti de Albuquerque – Gráfica Visual, 2001.

Torres, Rosa Sampaio - artigo “O ramo do engenho Castanha Grande" com fotos da família, editado no blog http:// rosasampaiotorres.blogspot.com/ em 2014.

Torres, Rosa Sampaio  – artigo “Os Cavalcanti em questão”, editado no blog http:// rosasampaiotorres.blogspot.com/ em 2014.

Torres, Rosa Sampaio - “Principais ramos da família Cavalcanti de Albuquerque”, 2016.

Torres, Rosa Sampaio - “Um Albuquerque pela Independência - Manoel Cavalcanti de Albuquerque,  Patriarca do ramo do engenho Castanha Grande,  AL”, editado pela  Revista Athena do Porto, maio 2018.                                     

Torres, Rosa Sampaio – artigo “1817”, editado no blog http:// rosasampaiotorres.blogspot.com/ em 2018


 

 A autora Rosa Maria Gusmão de Sampaio Torres, historiadora de Historia Contemporânea com livro publicado sobre o “Tenentismo” em 1992. Mas no ano 2000 volta-se para estudos sobre sua família Cavalcanti de Albuquerque incentivada por sua parente Alzira Perestrello. A partir daí desenvolve trabalho enfocando em geral os Cavalcanti brasileiros, incluindo também as origens Cavalcanti italianas que remontam aos francos. Sua produção é numerosa, já reconhecida em Portugal como especialista no famoso poeta Guido Cavalcanti do século XIII.





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