Os mais antigos Cavalcanti na Toscana (sec. XI ao XIII)
INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresentamos a listagem dos
mais antigos Cavalcanti estabelecidos na Toscana - membros desta família surgidos
subitamente na região com este sobrenome, documentados a partir do ano 1045 d.C.
- lista que submeto a discussão de especialistas e genealogistas e apresento
como a mais provável, tendo em vista nossas pesquisas já alongadas.
Esta listagem foi por nós balizada por numerosos
documentos, fontes secundárias antigas e modernas, variadas fontes genealógicas
familiares tradicionais e modernas, ainda fontes heráldicas - observada a
lógica dos prenomes de pais e filhos em seqüência, com a partícula “di” característica
da época. Anteriormente por nós realizados inúmeros trabalhos pertinentes, além
de levantamento genealógico detalhado das linhagens de origem franca que haviam
se estabelecido na Toscana a partir do sec. VIII - levantamento genealógico acompanhado
por criteriosa observação do contexto histórico, social e político do período
em causa (sec.VIII ao sec. XIII).
Os nomes
citados como os mais antigos são acompanhados por datas, preferentemente
balizadas por documentos já de nosso conhecimento. Colocadas em notas informações
complementares relativas a cada uma dessas gerações de Cavalcanti dos séculos
XI, XII, e XIII, bem como informações sugestivas de possíveis ligações com outras
linhagens de suporte franco - até mesmo de outras etnias que atuaram no
contexto político da Toscana no período, também citadas outras famílias antigas
na região.
DESENVOLVIMENTO
Parte I
Desde logo, citamos
os documentos refereridos com seus locais de arquivamento, bem como
nossas principais fontes bibliográficas, primárias e secundárias,
visando dar credibilidade ao tema proprosto – levantamento genealogico em
tempos tão antigos.
Fontes:
AMMIRATO, Scipione (1531- 1601) Arvore genealógica,
documento na BIBLIOTECA NACIONAL CENTRAL DE FLORENZA (BNCF), Sala Manoscritti
Rari, Passerini, 156 – Cavalcanti - documento reproduzido abaixo, foto do
pesquisador pela família Marcello Bezerra Cavalcanti.
Fontes bibliográficas e artigos citados:
CAVALCANTI, Silvio Umberto (sigla SUC) - genealogista italiano contemporâneo, autor de “Se Chiavamono Cavalcanti”, edição eletrônica em pdf, xoomer. virgilio. it e de sua “TavolaCavalcanti” também na mídia eletrônica.
FAINI, Enrico -
autor de “Firenze nei secoli X- XII: società e istituzioni”, tese de doutorado
na Universidade de Florença, citado em TavolaCavalcanti
de SUC (Silvio Umberto Cavalcanti) por documento no ano 1201.
FINESCHI, Vicenzo - Memorie Istoriche Uomini
Ilustri SMN – “Memorie istoriche che possono seruire alle vite degli
uomini illustri del convento di S. Maria Nouella di Firenze dall'anno 1221. al
1320. Arricchite di monumenti e illustrate con note dal padre F. Vincenzio
Fineschi por Gaetano Cambiagi, 1790”.
GAMURRINI,
Pe. Dom Eugenio, Abate Casinense, nobre arentino, autor de “Istoria
Genealogiga delle Famiglie Nobile Toscane ET Umbre, Firenze, 1673, on line. Original na Biblioteca Central Nacional de Florença.
GUARDUCCI,
Torquato - Guida Illustrata della Valdipesa, San Casciano in Val di Pesa,
Fratelli Stianti editori, 1904, pag.4. ISBN non esistente. Não diretamente consultado.Citado
por
https://it.wikipedia.org/wiki/Abbazia_di_San_Michele_Arcangelo_a_Passignano
TORRES,
Rosa Sampaio (RST) – historiadora brasileira, membro da família Cavalcanti, autora
de inúmeros artigos sobre a origem de família Cavalcanti publicados no seu blog
http////: rosasampaiotorres.blogspot.com/, no 4sharad, e ainda nas revistas InComundade
e Athena do Porto - citados alguns dos artigos mais diretamente ligados ao tema:
- “Giovanni di Lorenzo Cavalcanti
e seus filhos”, publicado no blog http://rosasampaiotorres.blogsopot.com/ 2012.
- “Guido Cavalcanti, Cavaleiro e
Poeta do sec.XIII” – Revista InComunidade do Porto, ed. 36, julho de 2015.
- “As tradições de origens no
centro franco das famílias italianas Cavalcanti e Monaldeschi", publicado
na Revista InComunidade.com (Porto), ed. 57, junho de 2017.
- “Os Bernadenga”, publicado no
blog
http://rosasampaiotorres.blogsopot.com/ em 2018.
- As origens da dinastia Wido e
da família Cavalcanti”, publicado na revista Athena, do Porto, maio 2019.
- “Propriedades da antiga família
Cavalcanti na Toscana”, editado no blog http://rosasampaiotorres.blogsopot.com/ em 2019.
-“O Castelo de San Giglio a
quinze milhas de Colônia” (com a colaboração de Marcelo Bezerra Cavalcanti),
editada na revista Athena, fevereiro de 2020.
- “A descida de Carlos Magno para a Península
Italiana” no blog http://rosasampaiotorres.blogsopot.com/ 2020
- “A presença do ancinho e de
lírios nos brasões dos descendentes Wido”, no mesmo blog 2020.
- ”O “Espada Gloriosa” - o
arcebispo Wilkarius em descida” - publicado na revista Athena do Porto ed. maio
de 2021.
- “Rolando e seu ramo Hornbach” publicado pela Revista Athena do
Porto ed.maio de 2022.
Parte II
Numeramos e indicamos nesta Parte II os membros da família que consideramos os primeiros Cavalcanti em Florença e na Toscana:
1ª geração - Domenico Cavalcanti – n. calculamos c. 990, documentado em 1045 junto com seu filho Gio-Berto no “Instrumento Rogato da Fiorenzo nel 1045” - documento referido por Gamurrini e conservado no Archivio di Monte Oliveto di Fiorenza na Sacchetta Turchina, assinalada E. Referendada por SUC.
[nota 1: identificamos Domenico Cavalcanti como muito provável filho de Bernardo, conde de Pávia, citado na fonte NI, nascido em 976 – falecido 14 outubro 1001, casado com Rotlinde - ela documentada como viúva do Conde Elisardius, filha ilegítima de Ugo, Rei da Itália e sua amante Rotrud. Esta hipótese já foi apresentada pela autora em seus trabalhos “Propriedades dos antigos Cavalcanti e “A descida de Carlos Magno”, publicada em seu blog. O nome de um Bernardo aparece logo em cima na listagem de Scipione Ammirato (1531 - 1601), fotografada e reproduzida acima. Também fonte Repetti (opus Geo, pg. 106) afirma um Bernardo, neto de Bonifácio I de Spoleto da Marca da Toscana (doc. 922, 946, 951), filho de um Adimari. Aceitamos a indicação abalizada deste autor, que utiliza documentos fundiários.
Temos historicamente que Bernardo, conde de Pavia, foi destituido do cargo em 999 pelo imperador otoniano Otto III, punido por conspiração com o rei Alduíno, tida como nacionalista, cujas datas e contexto muito bem se encaixam. Deste modo pensamos ter realizado o “enjambement” necessário para identificar a origem e a genealogia da familia Cavalcanti com sucesso.
Sobretudo notado que na geração anterior a Domenico Cavalcanti é citada pela genealogia toscana uma Gisia (ou Guila ou Willa) referida como filha do margrave Ubaldo da Toscana, de linha hucpolding (fontes Shamà e NI). Esta Gisia certamente uma das ligações dos Cavalcanti com a linhagem original dos wido oriundos do condado franco de Hesbaye, ainda a ligação com as seqüente dinastias wido - hunfring (hunfrid, walfredo ou godofredo) a apartir do sec.VIII em decida - dinastias que na Toscana já gozaram a posse de propriedades fundiárias, pouco depois chegadas aos Cavalcanti.(RST “Propriedades...” O Ubaldo, margrave da Toscana documentado e citado como pai de Gisia era filho do capostipide hucpolding Hucbald de Hainacq. Gísia documentada em 1006, casada com Tigrimo II – este filho e herdeiro do conde Guidus I ou Wido (n. antes 943 – f. antes 963 – Shamá), herdeiro e dono do castelo de Modiano, com prenome também característico desta linha franco-borgonhesa wido, proveniente do condado de Hesbaye (RST “ As tradições das famílias ...”). Gísia e Trigrino II foram pais de Ardingo, Guido II e Ranieri - este último por motivos de abuso religioso punido pelo imperador do Sacro Imperio, Oto I. Lembrando que Tegrimo II (Tedice,Teuzzone II, f. antes de 990) fora neto de Teugrinus I casado com Engelrada I, a filha do Conde Palatino capostipide Hucbald de Hainacq, já senhora do castelo de Modiano – ele neto (possivelmente também herdeiro) do lombardo dux Gregório (v.888 –Shamà.Ver RST, trabalhos recentes). Em ultima informação temos que Gisia seria também a ligação da dinastia dos hucpoldings com os guilhermidas/bernardenga (por sua mãe ?) com presença na Toscana a partir do sec. IX - daí o nome de seus filhos Ardingo e Ranieri, nomes típicos da linhagem guilhermida (RST, “Os Bernardenga”)].
2ª geração - Gio-berto ou Gianberto Cavalcanti – n. calculamos c.1010 - consta referido na documentação de seu pai apresentada acima ,“Instrumento Rogato da Fiorenzo nel 1045”, documentação comentada por Gamurrini. Gio seria o diminutivo de Giovanni.
[Nota 2 : A fonte NI sugere, a nosso ver equivocadamente, ser Gio-berto o Arcebispo Guiberto (Guiberto d´Arillac ?- papa Silvestre II ? n. c. 950 — f. 12 de maio de 1003) cuja origem não é conhecida, mas cujas datas de nascimento não se encaixam com nosso Gio-berto). Ainda sugerido pela mesma fonte fosse ele irmão de um Guido casado com Adelasia, filha de Willa e Hugo, conde de Bolonha - indicação que acreditamos em parte também equivocada - mais provável que esse Guido (III de Modiana v.1034) fosse casado com Adelasia ou Adaletta dos Hildebrandeschi (f. depois de 1043) como indica a fonte dos guidi, Shamà – e neste caso cunhado de Gio-berto.
Um possível contemporâneo Gilberto (Wilbert), conde de Pombia, filho de Adalberto ou Berengário II é citado na fonte Med/Italy e teria estado presente a um ato de jurídico do ano 1001 assinado por Rotlinda, a mãe dos filhos não nominados de Bernardo, conde de Pávia, um dos quais acreditamos fosse Domenico, que atribuímos ser o primeiro Cavalcanti. Segundo Med/Italy textualmente: “GUIBERTO (- f. após 1014). Conte di Pombia 1001-14. “Rolend cometissa filia osso memorie domni Ugoni regis diacconus sancta Ticinensis ecclesie filius memorie osso Comiti Bernardi, mater et filii " são nomeados em um documento 14 outubro de 1001, confirmando a sua renúncia a uma reivindicação ao claustro do Santo Salvador e São Felix de Pavia, que também nomeia "Otto protosparius et vem palacii seu vem ... Adelbertus et Mainfredus marchionibus, Wibertus vem filius bone memorie Dadoni item que vem ... Otbertus filius quondam Aponi ... Umfredus vasalli Ferlende cometisse " e os filhos não identificados de " Rolend cometissa " [233].Acrescentamos da mesma fonte DADO, filho de [ADALBERTO di Ivrea Conte di Pombia e sua esposa ---] (-980 [229]).De acordo com Europäische Stammtafeln 230], Dado era um possível filho de Adalberto. Chaume afirma que ele era filho de Berengário II Rei da Itália [231] Conde de Milão 967. Confirmado como DADO, Marchese di Ivrea pelo Imperador Otto I [232] Conte di Pombia 973-1001. M (esposa) [BERTRADA] ”.
Notamos que prenome de Gio-Berto, proveniente de Giovanni - diminutivo Gio, Ianni ou Gian - foi transmitido ao seu neto Ianni [Giovanni] Letti Cavalcanti - o nome Giovanni preferencialmente repetido por vários séculos entre os Cavalcanti do ramo Cavalleschi, até mesmo no Brasil.
Teria sido este seu prenome Giovanni uma homenagem a São Giovanni Gualberto, contemporâneo de seus ascendentes diretos? (São Giovanni Gualberto, monge da Abbazia di San Michele Arcangelo a Passignano, f. 12 julho de 1073), fundador desta Congregazione vallombrosana).
Gio(Giovanni)-berto a nosso ver também teria transmitido ao neto o prenome Admari de seu próprio avô, ascendente sugerido e indicado pela fonte Repetti (Geo, pagina 106) sem documentação. Ver nota 1 acima e RST, trabalhos citados. Gamurrini indica Gio-berto como pai de:
3ª geração - [Leto, “Feliz”] Cavalcante di Cavalcanti, <1030>, com prenome (ou cognome) e sobrenome indicado pela lógica de nomes familiares seguidos da partícula “di” que indica “filho de...” - partícula levada também por seu filho Ianni Letti ou Ianni di Letto Cavalcanti, característica de época; posição do nome e geração confirmada por Gamurrine.
[Leto] Cavalcanti di Cavalcanti nesta geração já seria herdeiro e senhor de propriedades em Lugo Ostina em Val d´Arno e dono do Castelo de MonteCalvi em Val de Pesa (Informações de Fineschi, “Memorie Istoriche Uomini Ilustri” SMN, citado na Tavola de SUC). O prenome Leto no caso nos parece um apelido, um qualificativo – “O Feliz” – e provavelmente sido ele ainda o próprio abade Leto da Abadia di San Michele Arcangelo em Passignano, abadia fundada em Val de Pesa por São Giovanni Gualberto, próximo onde se localizava o Castello de Montecalvi – Abadia onde era seguida com rigor a disciplina e a austeridade das Regras da Ordem Benetitina Reformada. Fonte da própria Abadia lembra: “l primo abate vallombrosano di Passignano fu Leto che, nella primavera del 1050, era presente ad um sinodo romano e che organizzò l'incontro tra papa Leone IX e San Giovanni Gualberto, incontro che si tenne nell'estate dello stesso anno proprio in questo monastero”. Repetimos: São Giovanni Gualberto, monge da Abbazia di San Michele Arcangelo a Passignano, f. 12 julho de 1073, fundador da Congregazione vallombrosana.
A herança vultosa recebida nesta geração por Letto Cavalcanti, sugerido seu próprio prenome ou apelido, ”Feliz”.
[Nota 3: Em geração anterior há indicação na Toscana que Adeletta (falecida depois de 1043), filha de Ildebrando dos Ildebrandeschi (provavelmente irmão de Domenico Cavalcanti) da dinastia lombarda do capostipide Ildebrando de Spoleto, que se submeteu ao papa em 774 foi casada com o conde Guido III, herdeiro do castelo de Modiana, vivo 1034 ( lista Shamà)- ele ainda certamente herdeiro de bens provenientes de seu pai Walfredo de Bolonha pelos luitfridings (R.S.T – “Propriedades...”).
Inferimos que a herança de Leto Cavalcanti di Cavalcanti fosse proveniente deste parentesco nesta geração já muito próxima - (o pai de Adaletta, Ildebrando, no caso do nosso “enjambement”, irmão de Domenico Cavalcanti ].
A presença entre os Cavalcanti dos prenomes Ildobrandeschi ou Aldobrandeschi e também Guidi ou Wido nas gerações seguintes são notórias na história italiana, reconhecidas tacitamente estas ligações familiares.
[Leto] Cavalcante di Cavalcanti, pai de:
4ª geração – Ianni (Giovanni) Letti Cavalcanti ou Ianni di Letto ou Giovanni Leto, Gianulietto, Ginulieti, ou Gianetto Cavalcanti <1080? > Pelos nomes e datas de seus filhos, coloco Ianni Leti nesta quarta geração.
Pai de Adimaris di Ianni Leti, referido <1130> ou <1140>, citado em SUC com seu provável irmão Ildebrandino Cavalcante di Cavalcanti em documento como garantidores da pacificação entre as cidades de Montalcino e Senofonte no ano 1201 (fonte Faini).
[nota 4: O prenome do filho de Ianni Letti Cavalcanti, Adimari di Ianni Leti, certamente proveniente do seu antepassado deste mesmo nome, Adimari que como observamos acima segundo a fonte Repetti – Geo, pag 106, seria neto de Ubaldo da Marca da Toscana e filho de Bonifácio I de Spoleto da mesma Marca da Toscana doc. 922, 946, 951. Este antigo Adimari foi pai de um Bernardo a que falta indicação ou sobrenome, segundo notícia de Repetti. A nosso ver o conde Bernardo de Pávia, falecido em 1001, casado com Rotlinda (doc. 1001), com quatro filhos ainda a época não nominados, mas que foram por nós identificados, tres deles com documentação, como referimos em notas anteriores.
O prenome de seu outro filho, Hildebrandino, mantido da muito antiga linhagem lombarda – no passado o lombardo Hyldebrando se subtera ao papa em 774 e estivera unido à familia dos condes widos de Hesbaye por sua filha Adelinde de Spoleto, casada com Warin II de Herbaye e Aldorf c.744 (por varias fonte genealógicas). O referido Bernardo ainda com um filho Hildebrando, por nós sugerido como irmão de Domenico.
Notado também que entre os Consules de Florença e membros posteriores da família Cavalcanti aparecem com freqüência os prenomes Adimari e Aldobrandino (corruptela de Ildebrandino) - ainda um Aldobrandino di Adimari. Os Aldobrandeschi muito poderosos foram donos da ilha de Giglio e entre 1073 e 1085 deram um papa reformador, Gregório VII.
Os Adimari com feudo da região de Cápua eram membros de dinastia franca muito antiga, que mesmo haviam participado com os lombardos na administração da península e posteriormente teriam ainda atuado com os Cavalcanti como “capi” entre 1247/1248 na luta contra os “guibelinos” na região de Capraia (SUC- ano 1248)].
Ianni Leti teria sido pai ainda de [Giani ou Giovanni] Cavalcante Cavalcanti referido com detalhes abaixo, pois Gamurrine refere mesmo um Cavalcante como irmão de Adimari, Consul de Florença em 1176.
Sugerido em SUC que também fosse filho de Ianni Letti Gianberta Cavalcante Cavalcanti que segue, (5ª geração) documentado como consule Mercatorem em Florença no ano de 1203, 1220 (SUC, citando Santini. Ver também SUC, anos 1192 e 1214). Gianberta Cavalcante Cavalcanti aparece citado no testamento de Beatrice de Capraia, da Casa de Capraia em 1278, juntamente com seu filho Tegliaio falecido antes de 1278, casado com Iacopa Amidei e ainda o famoso neto Guelfo Cavalcanti (Guelfo di Pontorme?) e outros (Fonte tabela SUC). A que tudo indica, Gianberta pode ser confirmado nesta geração, porque as datas e circuntãncias bem se encaixam, tendo ele sido casado com uma filha do conde Guido Guerra III e Guadralda Ravignani (filha também Quadralda que teria sido citada por Giovanni Cavalcanti, nota abaixo). Gianberta Cavalcanti cunhado, portanto, de Markwald (Marcovaldo) dos Guido de Davadola casado com Beatriz de Capraia - o próprio motivo de sua participação e de seus filhos neste inventário. Esta a primeira relação matrimonial estabelecida documentadamente entre a família Cavalcanti com os da dinastia guido ou wido, origem da propriedade do Castelo de MonteCalvi. Ver RST, trabalho “Os Berardenga” e “Propriedades”....)
Ianni Letti talvez ainda pai de Passo, sugerido na tabela SUC, falecido antes de 1245 e casado com Teodora di Forteguerra Giandonati, com um filho Uperto, Este “podestà” di Poggibonsi e capitão de Carlos d´Anjou, indicado como dando origem à linha dos Cavalcanti que se estabelecem em Nápolis (sugestão Gamurine, referendada por SUC).
Mais detalhes sobre os outros filhos de Ianni Letti - Ildebrandino, Adimari e Gianni, ver abaixo.
[Nota 5 - Giovanni Cavalcanti - Istorie Florentine Volume II, pag. 455 a 457 – Firenze, Tipografia All´ Insegna di Dante, 1838 – Appendice § 4: "L' uno fratello si fermò nella città di Firenze: costui tolse per donna una nata della bella Gualdrada, il quale ebbe per dota il castello di Monte Calvi, colle possessioni e cogli uomini. Di costui sono discesi tutto il lato di que' Cavalcanti da Monte Calvi, de' quali sono io."]
5ª geração - Hildobrandino (ou Aldobrandino) di Cavalcante Cavalcanti, <1130> ou <1140>, colocado nesta quinta geração, pois o temos pelas datas filho do acima Ianni letti . Hildobrandino di Cavalcante Cavalcanti é citado em documento garantidor da pacificação entre as cidades de Montalcino e Senofonte no ano 1201 com seu provável irmão Adimari di Ianni Letti (fonte Faini). Seu prenome Hildobrandino (Aldobrandino), certamente originário da linha do filho Hildebrando do Bernardo referido acima em nota.
[Nota 6 - È provável que nesta geração Hildebrandino di Cavalcante Cavalcanti tenha sido herdeiro do Castelo do Stinche que na época chegava aos Cavalcanti - castelo muito antigo, estrategicamente localizado no ponto mais alto da rota dos antigos lombardos em Val de Greve. Devemos lembrar que a citada Adeletta, falecida depois de 1043, era filha de Ildebrando dos Ildebrandeschi (lista Shamà)- um dos filhos do Bernardo [de Pavia] - teria sido casada com um conde wido, Guido III, conde do Castelo de Modiana.
Os Hidebrando eram descendentes de antiga dinastia de origem lombarda – no passado o lombardo Hyldebrando se subtera ao papa em 774, ele já na ocasião unido à família franco–borgonhesa dos condes widos de Hesbaye por sua filha, Adelinde de Spoleto, casada com Warin II de Herbaye e Aldorf em c.744 (por varias fonte genealógicas).
No trabalho “Observações sobre a antiga ponte de Pontorme”, de Walter Maiuri (https://www.dellastoriadempoli.it/osservazioni-sullantico-ponte-di-pontorme-walter-maiuri/) observamos também que a Igreja medieval de santa Andrea na comunidade de Empoli traz ainda hoje em sua fachada, sob quatro arcos, placas de mármore certamente oriundas de antiga ponte romana sobre o rio Orme. E, no verbete Empoli em E. Repetti Dizionario geografico físico storico della Toscana... Pg. 57 encontramos referências à presença de um Ildebrando e sua corte localizado nesta cidade de Empoli próximo do ano 1000, ocasião coincidente com a primeira reforma desta igreja de Santa Andrea - e acreditamos pelas datas que nesta geração fosse ele já o Hildebrando, filho do Bernardo, conde de Pavia].
Especiamente comprovamos os prenomes Aldobrandino e, sobretudo, Guido que contínuam na família Cavalcanti a partir de 1045 - o prenome Guidi (Warin, Wido, Grerin, Garnier) muito antigo, proveniente dos franco-borgonheses condes de Hesbaye - origem da linhagem wido do capostipide São Warinus do sec. VI.
O nome Guido tornado celebre como poeta da família, ainda aprece no ramo “Cavalleschi” dos Cavalcanti na Italia no sec.XVI pelo irmão Guido do nosso patriarca Filippo, e até mesmo usado até hoje no Brasil e na Italia.
Ver RST, trabalhos recentes.
Ainda 5ª geração - Adimaris Iannis Leti ou Adimari di Ianni Leti ou Adimari di Gianniletto <1130> ou <1140>, documentado Consul de Florença antes de 1176 [citado por Gamurrine com documentos, repetido por SUC], falecido antes de 1228. Citado o seu nome completo no arquivo de Siena, “Kaleffo Vechio”, onde assina “Adimaris Iannis Leti” no ano de 1201 em um documento de juramento com “Hildebrandinus (Aldobrandinus) Cavalcantis”, provavelmente o seu irmão, pois haviam estado contra os da cidade de Sonofonte.
Adimari seria herdeiro do castelo de MonteCalvi na região (Delizie degli eruditi toscani - Fr. Ildefonso di S.Luigi). Seu avô [Leto] Cavalcante já aparecera como herdeiro e de posse do castelo de MonteCalvi (“Delizie degli eruditi toscano”, Fr. Ildefonso de S. Luigi, citado por SUC), castelo que terá suas muralhas parcialmente destruídas mais adiante pelos guibelinos sienenses, após a batalha de Montaperti em 1260. Adimari Iannis Leti casado com Isabella degli Amidei (SUC).
Ainda 5ª geração – [Giovanni, Gianni (H&D) ou Gianozzo] Cavalcante Cavalcanti, <1140>, irmão de Adimari di Ianni Leti, pois suas datas os colocariam próximos. Gamurrine refere este Cavalcante como irmão de Adimari, Consul de Florença em 1176, com Abate di Lambada (Gamurrine no libro 26 delle Reformagioni di Fiorenza, fol 57. & al libro 29). Em 1192 Gianni (ou Giovanni) foi Consul dos Mercadores da nascente Calimala, centro dos mercadores de pano em Florença (SUC, ano 1192, tendo como fonte Santini, vol. I XL).
Cavalcante Cavalcanti foi pai de Schiatta abaixo e de Aldobrandino Cavalcanti, o famoso religioso (1217-1279) também referido abaixo. [Gianni] Cavalcante Cavalcanti ainda pai de Poltone, e talvez de um Bernardo e Ciappo (estes dois últimos sem confirmação da fonte SUC).
As datas de [Giovanni ou Gianni] Cavalcante Cavalcanti se encaixam nesta geração do Adimari, indicado como seu irmão. Notamos que o prenome Gianni ou Giovanni se mantém com freqüência no ramo genealógico dos Cavalcanti denominado “Cavalleschi”, e ainda no sec. XVI aparece em Giovanni (ou John) di Lorenzo Cavalcanti, da linha do ramo brasileiro e em seu neto, o primeiro filho de Filippo Cavalcanti já migrado. O ramo brasileiro, portanto, provavelmente descendente deste mais antigo Giovanni dos sec. XII, pelo filho Schiatta, cujo prenome também aparece no ramo Cavalleschi e brasileiro do século XVI (um irmão do mesmo Filippo). Detalhamos seus filhos:
6ª geração – Aldobrandino Cavalcanti, religioso dominicano (1217-1279), teólogo e importante colaborador da obra do filósofo S. Tomas de Aquino. Insígnias Cavalcanti até hoje ornam seu túmulo na Igreja Santa Maria Novella. Muito documentado e citado em SUC. Teria influenciado a cultura do célebre poeta da família em geração seguinte, constatamos seu sobrinho-neto Guido Cavalcanti, filho do cavaleiro guelfo Cavalcanti Cavalcanti, que era seu sobrinho (referido abaixo).
Ainda 6ª geração - Schiatta Cavalcanti, Consul de Justiça no ano de 1214, atestado no ano 1220 (SUC). Irmão de Aldobrandino acima citado. Prenome que, como o Giovanni, se manter no ramo Cavalleschi dos Cavalcanti brasileiros, pelo menos até o século XVI em Florença por Sciatta irmão de Guido e de Filippo, patriarca no Brasil. Indicado em SUC pai de:
7ª geração – [Cante?] Cavalcante Cavalcanti que teria se casado em 1254 (data s/fonte garantida, mas aproxima da data de nascimento de seu filho Guido). Cavaleiro guelfo, podesta de Gubbio em 1257 (selo no Museo do Bargello), lutou com um grupo de Cavalcanti contra os guibelinos de Siena na batalha de Montaperti em 1260. Posteriormente em 1280 teria estado a serviço de Carlos d´Anjou (SUC, citando Borghino).
O cavaleiro Cavalcante Cavalcanti foi pai extremado do notável poeta Guido Cavalcanti (n.c.1255), ressaltado pelo poeta Dante no notável Capitulo X da Divina Comédia. Ainda possivelmente pai, por outro casamento do também poeta (e religioso?) Iacobo Cavalcanti - filho pela história literária mencionado também como poeta (ver SUC).
O cavaleiro Cavalcante Cavalcanti possivelmente pai de outros filhos, Schiatta e Rústico, estes também de segundo casamento com Villanna Dominichi [documento citado em SUC ,Tavola no Archivio Ferrantini - vendita del 1349].
A freqüência e a memória do prenome Guido e Schiatta no tempo indica a ascendência wido ou guidi do famoso poeta na linha “Cavalleschi” - linhagem que se prolonga também no Brasil.
Conclusão
A linha genealógica dos antigos Cavalcanti de Florença e Monte Calvi foi por nós montada em critérios balizados por documentos, como observamos na “Introdução” - ainda datas comparadas em várias outras fontes referidas acima. Entretanto, esta listagem por fim assim montada coincidiu quase inteiramente com as informações do historiador e genealogista do século XVII, Pe. Dom Eugenio Gamurrini, Abade Casinense, nobre arentino, apresentada em sua “Istoria Genealogiga delle Famiglie Nobile Toscane et Umbre, Firenze, 1673, pag. 57 - historiador da família que também cita suas fontes. A dúvida restante apenas quanto a paternidade de Ianni Letti, mas a este respeito transcrevemos o próprio Gamurrini que a confirma:
“un Domenico fiorisse nel 1000. e questo generò Gio: Berto padre di Cavalcante, come si legge in uno Instrumento Rogato da Fiorenzo nel 1045. che si conserva nell' Archivio di Monte Oliveto di Fiorenza nella Sacchetta Turchina segnata E. e questo generò Giannolitto padre d'Adimati Consule, e Cavalcante pure Consule del 1176. come si lege al libro 26. delle Reformagioni di Fiorenza fol 57. & al libro 29. de Capitolitol. 7. Cavalcanti generò Aldobrandino, dal quale ne proviene la linea di Niccolò figliuolo del Cavaliere Brunoro vivente, & un altro Cavalcante da cui vengono le linee d' Andrea di Lorenzo Cavalcanti vivente...
Para melhor entendimento, o “Quadro” genealógico apresentado abaixo foi também criado a partir de nossas próprias pesquisas em trabalhos já publicados, em especial “A descida de Carlos Magno para a Península Italiana”, publicado no blog http://rosasampaiotorres.blogsopot.com/ em 2020, e o inédito “As dinastias francas descidas com Carlos Magno no século VIII” (em aperfeiçoamentos, mas já aberto a pesquisas). Nossas conclusões incluem especialmente sugestões de Repetti (GEO, pg.11,13, 309) sobre os Cavalcanti e informações genealógicas e documentais de Norhenitaly, FN, e Shamà e outros.
No quadro abaixo apresentamos, graficamente, o “enjambement” realizado e a ligação genealógica que se realiza através uniões matrimoniais com os hucpoldings, condes de palácio franco, antepassados dos Cavalcanti.
Por este caminho foi possível aproximar os Cavalcanti dos seus ascendentes francos dos séculos anteriores, pois os hucpoldings por linha feminina da mãe de Hucpold de Hainacq, Ava de Auxerre, estavam ligados aos condes wido de Hesbaye - assim, por indicação genealógica tradicional, aproximamos mais facilmente os Cavalcanti e a dinastia franco-borgonhesa do condado de Hesbaye no centro europeu.
Ressaltando que Hucpold de Hainacq era de antiga linha econide da Alsácia e também de linhagem wido, ele descendente de Isembart I (ou Isembart III da Saxônia (n.735 – f. 805 ou 750-806) seu triavô, filho do conde Warin II de Herbaye e Aldorf, seu quarto avô); passando por seu bisavô, filho de Isembart, Guelf de Altdorf, casado com Edith Saxã; ainda seu notório avô Conrado I, o Velho, casado com Alaide ou Adélaïde von Sundgau da Alsácia ou de Tours (c. 805-88) - avô que em 858 por não respeito às honras bávaras a ele devidas rompeu com o rei Luís, o Germânico.
Assim, temos graficamente:
Ubaldo von Dllingen – (ou Hucbald, Hugbald, Hugobald) - marcha da Toscana, nascido c. 845, falecido 16 de julho de 909 (Geni Med/Suábia). Filho de Hucbald de Hainacq da marca da Toscana, casado com Andaberta, dos Adalberto de Bolonha. Ubaldo teve dois filhos na Toscana, sem que pudéssemos identificar sua primeira esposa (seria ela já uma linha admari/guilhermida? pois seus netos apresentarão ainda prenomes destas dinastias). Ubaldo posteriormente teve outros filhos em Dillingen, na Suábia, com Theutberge (Dietbirg) von Thurgau (fonte Med /Suábia). Filhos de Ubaldo tidos na Toscana:
Filha 1: Gísia (Guila, Willa) <950> + casada com Tegrimo II (f.a.990), conde de Modiano, filho de Guido I (f.a.963) – [Guido I filho de Theutigrimus I, sobrinho dos otones (f.a 941) casado com Ingeldrada II - ela já então senhora do castelo de Modiano, viva em 909 com ascendência lombarda pelo pai Pedro – este filho do dux Martino (- f. antes setembro 896) casado com Ingeralda I, filha de Hucbaldus de Hainacq e Andaberta. Pedro neto de Gregorius (f.739) foi de 732-739 duque de Benevento, sobrinho do rei lombardo Liutprando que atuou contra a dinastia dos gisulfs [agilofings?]. O casal Gisia e Teugrimo II recebeu feudo do imperador Oto I em 967 – filhos de Gísia e Tegrimo II: Ardingo (dará continuidade à familia Barbolani), Guido II (wido f. 1034), e Ranieri, este punido pelo próprio Oto I neste mesmo ano de 967.
Ementa
no “Registro d’Huomini e Donne” do
ano de 1459, quase cem anos antes do nascimento do patriarca da família no
Brasil, Felippo, acrescenta:
“1459
Filippus,
et Guido fratres et filij Antonij Guidonis Jacobi Cavalleschi, siue
[ou] de Cavalcantibus fuerunt noviter descripti matricula q me Baptista de Guardis
notarius intrascriptum et descendentes dicti Antonij
Nota: Nosso patriarca Filippo nascido
em 12/6/25, Schiatta (n. 17/9/27) e Guido Cavalcanti, que atuou na corte
francesa, ainda Giovanni (calculado por nós c, de 1535) eram filhos de Giovanni
di Lorenzo Cavalcanti (n. 8/10/1480 - f. 1542). Este filho de Lourenço di Filippo Cavalcanti
e de Contessina Peruzzi - ela descendente de rica e tradicional família de
banqueiros florentinos. – fonte “Giovanni di Lorenzo Cavalcanti e seus filhos -
publicado no blog http://rosasampaiotorres.blogsopot.com/ 2012 e Sicca, Cinzia M. – “Pawns
of international finance and politics: Florentine scultors at the court of
Henry VIII, Renaissance Studies, vol. 20, no. 1, 2006, pg. 6, citando várias
fontes primárias especialmente ASF, Citadinario 4, Santa Crocce, 1400-1500,
fol.1.
___________________
Personagens assinalados no quadro acima com asteriscos
para maiores detalhes:
*Admari - filho de Bonifácio I segundo a fonte Emanuele Reppeti - Dizionario geográfico físico storico della Toscana pg. 11 https://books.google.com.br/books?id=dXZJPftWjykC&pg=RA1-PA11&lpg=RA1-PA11&dq=teobaldo+ii+da+Toscana&source=bl
*Bernardo, neto de Bonifácio I de Spoleto
e Waldrada - o sugerimos conde de Pávia e aparece citado na fonte NI nascido em
976 – falecido 14 outubro 1001 casado com Rotlinde - ela documentada como viúva
do Conde Elisardius - filha ilegítima de Ugo, Rei da Itália e sua amante Rotrud.
Esta hipótese é desenvolvida pela autora em seu artigo “A descida de Carlos
Magno para a Península Italiana”, publicada no blog
http://rosasampaiotorres.blogsopot.com/ 2020. Bernardo conde de Pavia em 999 foi destituído do cargo pelo imperador Otto III - punido por
conspiração com o rei Alduíno, cujas datas e contexto muito bem se encaixam. Deste
modo pensamos ter realizado o “enjambement” necessário para identificar a
origem e a genealogia da família Cavalcanti com sucesso.
*Walfredo - Lembramos
que um Eriberto, um Winildo, um Ubaldo e um Guido
(III?), por documentos foram
citados na Toscana como filhos de um Walfredo
(que acreditamos possa ser Walfredo de Bolonha (1041-1043) filho de
Adalberto de Bolonha, segundo a fonte NI). Seriam ainda sobrinhos de um Litifredo,
filho do falecido Litifredo casado com Imelda referidos por Emanuele Repetti
(em registro geográfico e documental de Val de Greve, reportado no seu
“Dizionario geografico físico storico della Toscana”, Volume 3, página 106) - documento
de transferência de terras próximas a Val de Grève, na Toscana, no ano de 993 e
999 - terras que pouco depois estarão no gozo e uso de membros da família
Cavalcanti. Estes de nome luitfredo
de antiga linhagem da Alsácia e Suábia (fonte franks) (por Adelaide da
Alsácia na Toscana?). Os Walfredo da dinastia hunfridings (Hunfrid I foi descendente wido, formador de família já franco–bávara em luta que se segue à descida
de Carlos Magno para a península. Algumas informações ainda em nossos trabalhos).
*Teobaldo II,
doc. 946/957/996 (fonte Repetti). Filho de Bonifácio l e Waldrada,
sucessor na Marca. NI o indica marques e duque de Spoleto em 945, pai do Conde Alberto. Antepassado dos Conti
Contalberti, pai também de Guilla
(Willa) (agosto - 30 antes de 1007), cremada em Florença, casada com Tedalto, Conte di Canossa (este
filho de Adalberto Atto, Signor di Canossa, Conte di Mântua e sua esposa
Ildegarda (- 8 maio [1012], cremada em Canossa). Guilla foi ascendente,
avó, da famosa Matilde de Canossa (1046-1115) por seu filho Bonifácio III de Canossa e o neto Bonifácio IV, que herdou da marca
da Toscana (história de Canossa).
Teobaldo
deu também origem à família dos Ubaldini,
o primeiro da casa documentado em 1098 e 1105, também ascendente dos conde de
Panico espanhóis.
Provavelmente Teobaldo já se percebesse um com um
partidário guelfo e optasse por tomar este partido, fato demonstrado pelo brasão
de origem guelfa que ele teria utilizou. Lembra
fonte enciclopédica “En el 929, Teobaldo... mando inscribir en el dintel de su
casa de Panico, con caracteres bárbaros, dicha fecha junto a un león rampante
ajedrezado, con una rosa en la oreja izquierda”. O brasão de Teobaldo é semelhante
ao dos guelfos, acrescentada uma flor atribuída à origem guelfa da sua
ascendente Adelaide da Alsácia. Este
brasão de Teobaldo seria o mesmo adotado pelos condes de Pânico, também originados
dos wido na Toscana, agora também hucpolding.
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