Família Orlandi / Malavolti
Sobre a origem da familia Malavolti no
século VIII temos já informações históricas
bastante seguras.
No seculo VIII um descendente da família Orlandi pelo lado materno ocupou fortaleza elevada
próximo de Siena, em data próxima da descida de Carlos Magno para a peninsula.
Posteriormente a família adota o nome da propria região, tornando-se a familia
Malavolti.
O
pai deste Orlandi teria sido um dos
quatro varões participante na descida franca citados pelo genealogista Giovanni
Cavalcanti, que com grandes esforços teria tomado esta fortaleza elevada. O brasão
adotado pela familia indica a provável origem angevina da familia, pois ornado com
flores de lis. Rodorico Monaldus da
familia Monaldeschi – outro dos quatro varões muito religiosos que teria descido
com Carlos Magno e que havia tomado posição de controle franco no norte da
península, em Orvieto, sua familia igualmente alega origem angevina (1).
O historiador e genealogista do sec. XV, Giovanni
Cavalcanti, que por nossos já longos estudos sabemos hoje plenamente confiável,
refere os Malavolti como descendentes de
um desses quatro “irmãos”, irmãos possivelmente na fé, varões muito religiosos
que estiveram relacionados à descida franca de Carlos Magno à península
italiana para dominar os lombardos a pedido do papado.
Lembra Giovanni Cavalcanti: “O terceiro irmão foi para Siena, e deste
nasceu o Orlandi, e então três locais do lugar foram chamados de
"Malavolti", porque suas casas foram chamadas "Amalavolta"
(“Il terzo fratello n'andò a Siena, & di costui ne nacquono gli Orlandi, i
quali poi tre sito del luogo si chiamano i "Malavolti" perché lle
loro case si chiamano "Amalavolta”). Em outro trecho: “E pelo nome do lugar os descendentes do
terceiro irmão adotaram o nome Malavolti, mas o nome próprio era Orlandi.
(“E pel nome del sito, i discendenti del terzo fratello acquistarono il nome
Malavolti, ma il nome proprio avevano Orlandi”).
Observamos que o brasão usado
pelos Malavolti apresenta um ancinho, símbolo de humildade; cinco flores de lis,
símbolo de pureza e escolha soabre fundo azul, e ainda uma escada sobre fundo
dourado, provavelmente referente ao lugar elevado onde a familia se estabeleceu.
A mesma escada símbolo dos Malavolti aparece até hoje decorando um poço,
uma cisterna, na praça localizada no “Duomo” da localidade de San Geminiano (2).
O Orlandi pela parte materna temos como descendente
do celebre Hruodlandus ou Rolando (Orlando), herói lendário da linhagem
dos wido, mas pelo ramo de Lampert de Hornbach, chamada linha de Nantes (3).
Este líder dos bretãos Hruodlandus
(Rolando), cujo nome significa “gloria ou proteção de sua Terra” foi marca
da Bretanha - um dos mais famosos chefes do exército de Carlos Magno morto na
batalha de Roncesvalles, Espanha, em 778,
com outros grandes cavaleiros de escol. Entre estes cavaleiros de escol que
morrem nesta batalha estava também seu
primo Adelmo, da linha dos condes de
Hesbaye, mas pelo ramo de Lampert II - cujo filho foi embaixador (missus) enviado
à Itália, Robert I. Ainda que não saibamos se o próprio Hruodlandus também
desceu à Italia, há homenagens em Florença lembrando seu nome (4). Rolando era
descendente desta linhagem wido (guidi)
- ele, entretanto, pela linha de Lampert
de Hornbach, que dará a linha de Nantes
e não a linha de Lampert II de
Hesbaye, pai de Robert I (5).
Lembramos que Nantes foi a capital da Bretanha histórica e está localizada muito
próximo à cidade de Angers, capital do
Anjou. E do condado de Anjou descendem igualmente os da linha wido de Hesbaye pelo famoso Robert Le Fort – reis franceses
das dinastias robertinas e dos capetos (6).
Sabemos por várias fontes que os Malavolti
foram também logo casados na península italiana com os antigos membros da família
Giglio, fato também referido pelo
historiador Giovanni Cavalcanti. Os Giglio possivelmente já muito antigos na
Toscana (seriam de provável origem etrusca?)
A partir do sec. IX os Malavolti estiveram
ainda ligados a estirpe berardenghi –
pois um cavaleiro franco, Wuinigi (ou
Guinigi) de origem sálica, descido à Toscana foi aí resposável por levar adiante as dinastias guilhermida e
bernardesca - seu filho Bernardo fundador
da Abadia Salvatore della Berardenga em Castelnuovo (7).
Os antigos Malavolti deixaram vestígios
basilares de um castelo milenar e um complexo religioso localizado na cidade de
Siena, até hoje a eles atribuído, anteriores ao ano 1200 – suas ruínas hoje chamadas “fondacus Malavolti” (8).
No século XII a família Malavolti
aparece também unida aos poderosos Ubaldini
- Ubaldino Fortebracci casado com senhora na família de Filippo
Malavolti entre 1130-1160. Os Ubaldini familia colateral dos Cavalcanti (9).
Informações chegadas pelo descendente da
familia Malvolti, Tony Ângelo, atualmente morando na Nova Zelândia, afirmam que
o mais antigo Malavolti documentado em Siena foi Filippo Malavolta, nascido cerca de 1160 e seus filhos teriam sido Orlando, Fortebraccio e Arrigo. Seu pai
de pré-nome também Filippo, viveu cerca
de 1130 (10).
Tony Ângelo sugere os Malavolti descendentes da contagem de Ubaldo de Bolonha (v. 1027). E acrescenta: “Os antigos anciãos, duques e marqueses de Spoleti e Camerino, reconheceram por outros antepassados outro Ubaldo que viveu em 893 e cujo filho Boniface teve como esposa Gualdrada irmã de Rodolfo, rei de Borgonha” (12)
Apresentamos, entretanto, nossa própria lista genealógica já comentada em trabalho bem documentado, “Propriedades dos antigos Cavalcanti na Toscana”. Nossa lista está baseada em informações da fonte Repetti que coincide em linhas gerais com estas informações de Tony Ângelo, mas que sugere a ligação dos Malavolti com os Ubaldini por Teobaldo II (doc 946/957/996), marca da Toscana em 945 (fonte Northen Italy), e não atravez Ubaldo de Bolonha – Teobaldo II o tronco de vários ramos familiares importantes como sua famosa bisneta, marca da Toscana, Matilde de Canossa (1046-1115).
Assim vejamos:
Teobaldo II -
Marchese e Duque de Spoleto 945 segundo a fonte NorthenItaly foi pai do
- conde Alberto, antepassado dos Conti
Contalberti.
- e de Guilla (Guida,Willa) de Canossa
(fal. antes de 1007) já cremada
em Florença, esposa de Tedaldo, Conte de Canossa, filho de
Adalberto Atto, Senhor de Canossa, Conte
de Mantua e sua esposa Ildegarda , falecida em 8 maio, cremada em Canossa.
Algumas Informações sobre Teobaldo II foram ainda por nós coletadas para o artigo “Os Bernardengas” e indicam que Teobaldo II também teria dado origem à familia dos Ubaldino di Grecca e do Mugello, e ainda aos condes de Pânico espanhóis. Nossas fontes citadas em nota com mais detalhes (13).
Sabemos que o capostipide da casa dos Ubaldini foi documentado nos anos 1098 e 1105. Anteriormente Teobaldo II, já se identificava como de dinastia “guelfa”, partidário guelfo pelo brasão que teria utilisado, muito semelhante ao dos primeiros Ubaldini. Lembra fonte enciclopédica “....Teobaldo, ... mando inscribir en el dintel de su casa de Panico, con caracteres bárbaros, dicha fecha junto a un león rampante ajedrezado, con una rosa en la oreja izquierda.” Este brasão de Teobaldo II deve ser comparado ao dos guelfos em lozangos também azuis e o mesmo depois adotado pelos condes de Pânico - estes igualmente originados dos wido de Hesbaye na Toscana, agora na Toscana já também desdendentes dos hucpolding. O brasão de Teobaldo II, lembrando suas ligações familiares guelfas, possivelmente adotado por seu sobrinho Hugo, o Grande - um leão rompante axadrezado, que Teobaldo acrescentou uma flor vermelha, flor atribuída à sua tia Adelaide da Alsácia (931-999), também filha de Rodolfo II da Borgonha, Imperatriz do Santo Império tornada mais tarde santa.
O brasão dos primeiros Ubaldini conforme constatamos é também axadrezado, branco e azul, mas sem a flor vermelha.
Especialmente o historiador e
genalogista Eugenio Gamurrini (sec.XVII) credita a ligação dos Malavolti por Ubaldino di Greccio, da localidade de
Greccio, com filhos documentados já em 1184. Gamurrine em Istoria
genealogica delle famiglie nobili toscane, et vmbre (https://books.google.com.br/books?id=Tuv8H9n1Oz0C)
afirma: ”Vbaldino detto Greccio generò Azzo,
Vgone, e Fortebraccio. Azzone fi legge creditore delle Monache di S.
Pietro di Luco, le quali venderono beni per fodisfarlo l'anno 1184. e l'Iftrumento
fu rogato da Rodolfo, che fi conferua nel fopraddetto Archiuio Sacchetta F.
n.48. Et Vgone figliuolo di Greccio di Vbaldino, con Porpora ... Fortebraccio
geró Aldobrandino, pai di Ranieri, di Ugolino e di Ubaldino.” Fortebraccio de Ubaldini di Grecco teria
casado com senhora Malavolti, da familia de Filippo Malavolti (<1130>).(14)
O historiador italiano contemporâneo Giovanni Cecchihini grande conhecedor
da história sienense acrescenta que os Malavolti poderiam ter mantido ainda relações estreitas com as famílias
Berardengi, Bandinelli, Ugurgieri e Cerretani (15). Constatado realmente
que a família Ugurgieri-Berardengi é no momento a detentora da “crista”
(símbolos heráldicos) e do título dos Malavolti.
Os Ugurgieri (ou Rugieri) a nosso
ver remontariam à linhagem já referida dos Wuinigis
(ou Guinigi) referidos acima, descidos à Toscana no século IX e que aí estabeleceu
gerações das dinastias berardenga e mesmo
gherardesca (esta de origem até
mesmo lombarda) (16).
Os Malavolti depois da
Batalha de Montaperi em 1260 teriam se dividido em três ramos: os Malavolti/Orlandi (em Siena) - o Malavolti Egidei ou Gigliensi, que
construíram uma igreja naquela região para St. Egidius - e em terceiro lugar os
Malavolti Fortebracci que incluiria
o Castelo de Selvole, em Caltelnuovo
Berardenga - castelo que por volta de 1200
abrigaria cerca de 90 familias, perto de 300 pessoas. Temos algumas notícias deste Castello de
Selvole, local hoje uma vinícola
e um hotel desativado (17).
Citamos ainda dois textos referente aos
Malavolti da autoria de Giovanni Cavalcanti com sua tradução - textos que depois
de muitas comprovações de suas afirmativas temos por fontes documentais
realmente seguras e confiáveis:
Em tradução temporária: “O terceiro irmão
parou em Siena, e com o tempo a cidade ainda estava tão violenta que os locais
de honra não haviam assumido senhorio. Este terceiro irmão era tão poderoso e
ousadamente audacioso que ele tomou o morro que já era chamado para o tempo de
Malavolta: quando a cidade ainda estava cercada por muralhas havia naquela
colina um castelo forte, que era alto para prejudicar os viajantes e que por
isso merecia ser chamado de ladrona, essa fortaleza. E pelo nome do lugar os
descendentes do terceiro irmão adotaram o nome Malavolti, mas o nome próprio
era Orlandi. E para este lugar tão imponente, este homem foi forçado a fazer
muitos braços das muralhas da cidade. E por causa deste lugar perigoso Antonia
mudou o antigo nome e passou a se chamar Volterra. Foi consenso que a estrada
ponentina vinha de Altopascio e passava ao longo do rio da Era. Esta estrada
conduzia os viajantes ao pé da colina de Antônia: ali havia, por misericórdia
dos viajantes, alguns que ensinaram um caminho mais seguro e que diziam aos
viajantes: Volta, erro; que quer dizer: Vá daqui, viajante, não vá lá, que você
estará morto e roubado por aqueles ladrões de Malavolta. E por causa desta
indicação, a cidade de Antonia mudou seu nome e se chamou Volterra (18).
Ainda trecho traduzido: “O terceiro irmão foi para Siena, e deste nasceu
o Orlandi, que então três locais do lugar são chamados de "Malavolti"
porque suas casas são chamadas "Amalavolta" e destas descendem uma
casa que permaneceu em Bolonha, mais tempo lá, e de uma delas vieram dois
cavaleiros Gauldenti que foram eleitos para podestà ao mesmo tempo pela nossa
republica. Aqueles que eram descendentes chamados Bianchi, porque eram os
principais da parte branca....” (19).
Conclusão
Depois destes nossos detalhados
estudos, temos como bem identificados os da família Orlandi/Malavolti - um dos
quatro ramos familiares que vindos do centro franco se estabeleceram na Toscana.
Certamente um desses “irmãos’
na mesma fé proveniente do reino franco citados por Giovanni Cavalcanti e
descidos com Carlos Magno para dominar a região do norte da península no
sec.VIII tenha sido logo casado na Toscana com uma senhora da família Orlandi –
e adiante esses Orlandi tomam o nome da região onde se estabeleceram,
Malavolta, região elevada onde instalaram a família, próximo de Siena, denominando-se
adiante Malavolti.
Acreditamos que este varão do lado paterno,
mencionado por Giovanni Cavalcanti descido na época de Carlos Magno, tenha casado
com senhora do um ramo angevino proveniente dos wido de Hesbaye e a familia próximo
do ano 1000, talvez pelos mesmos motivos dos Cavalcanti – oportuna mudança de
nome por motivações políticas - tenha se denominado Malavolti (20)
A família Malavolti miscigenando-se na Toscana no século XII aparece unida aos poderosos Ubaldini,
descendentes dos hucbalding por Teobaldo II, colaterais dos Cavalcanti
- O Ubaldino seu capostipide documentado
em 1098 e 1105. E Ubaldino Fortebracci, que viveu cerca 1200, casado na família
de Filippo Malavolti entre 1130-1160.
Pela vertente feminina inicial, lembramos que esta família Malavolti
tudo indica foi descendente do capostipide célebre Hruodlandus ou Rolando ou
Orlando, que identificamos como um dos mais famosos chefes do exército de
Carlos Magno, morto na batalha de Roncesvalles, Espanha, em 778 na companhia de
seu primo Adelmo.
Adelmo era filho de Robert
I também da linha dos widos de Hesbaye, irmão de Warin II. Ainda que não
saibamos se o próprio Hruodlandus (Rolando) desceu à Italia, há
homenagens em Florença lembrando seu nome (ver detalhes no nosso artigo “Os
Berardenga”). Hruodlandus originário de um ramo dos de Hesbaye, mas do ramo de
Lampert de Hornbach, depois chamada linha de Nantes – não a descendente
de Robert I. A família deste Orlandi por parte materna inicial, portanto,
tomará o nome Malavolti na Toscana por terem se instalado em uma região
elevada, numa fortaleza (Amalavolti).
Prova por fonte heráldica de origem angevina
também da família Malavolti
Brasão dos Malavolti
O brasão da família Malavolti
recorda a localização em região elevada (Amalavolti) e por este motivo
apresenta a imagem de uma escada.
O Brasão apresenta ainda um
ancinho em seispontas, símbolo cristão de simplicidade, que aparece no brasão
do outro irmão, pelo menos em fé religiosa, descido com Carlos Magno e
estabelecido na Emilia Romana, em Orvieto, os Monaldeschi. No brasão recebido
de Carlos Magno pela família Monaldeschi, decidos na mesma época, também aparece
o ancinho já com apenas cinco pontas em
campo azul - semelhante ao ancinho de
quatro pontas em campo azul do lombardo Hildebrando, depois família Hildebrandeschi
(ou Aldobrandeschi).
Note-se que o brasão dos
Malavolti apresenta também flores de lis, fato que sugere origem angevina, a mesma
origem alegada pelos Monaldeschi. Esta comparação de brasões em parte já apresentada
em trabalhos anteriores: “As tradições de origem no centro franco das
famílias Cavalcanti e Monaldeschi”, publicado no blog na revista InComunidade
Editado 57 de julho de 2017; “As famílias Cavalcanti, Monaldeschi e Malavolti e
suas origens no reino franco, Colônia, sec.VIII”, no blog
Http://rosasampaiotorres.blogspot.com/
Relativo a esta origens angevinas, já alegada pelos da família Monaldeschi, probabilidade que estendemos agora aos Malavolti, lembramos
que o ramo familiar de Rolando encarregado da defesa da Bretanha era também originário
de Hesbaye, mas pelo da linha de Hornbach. Hornbach é hoje região renana, fronteira com a
França, e Lampert de Nantes encarregado da defesa da cidade de Nantes. Lembramos Nantes foi capital da
Bretanha histórica e está muito próxima de Angers,
que foi centro do condado de Anjou.
Repetimos
- O Brasão Malavolti consta de ancinho vermelho em campo azul, cinco flores de
lis e a escada em fundo dourado.
E por estes elementos repetidos nos brasões
abaixo podemos por fim facilmente identificar e relacionar as origem de outros
ramos da mesma estirpe originária do condado de Hesbaye, todos eles descendentes do mesmo S. Warin, seu capostipide (21).
Brasão dos Condes de Anjou
O brasão dos condes de Anjou cujo capostipide foi Robert Le Fort - seus descendentes
os famosos reis franceses robertinos e capetos - ramo também comprovado como descendente
de S. Warin – sua ligação com os de Hesbaye já referida oficialmente pela
genealogia e demonstrada em trabalho anterior “As mais antigas origens de
Cavalcanti, Monaldeschi e Malavolti nas proximidades de Colônia, reino franco –
século VIII” no nosso blog. O brasão dos Anjou leva um ancinho vermelho de
apenas tres pontas, mas em campo azul semeado de flores de lis. Pela comparação
a proximidade familiar nos parece evidente.
Também o Brasão do ramo descendente de S.
Warin pelo “missus” à Itália Robert I e seu filho Warin II de Hesbaye e Aldorf
– ramo localizado na Provence, chamado brasão
dos Wido da Provence. Apresenta
o ancinho vermelho de tres pontas e apenas uma flor de lis de tamanho grande em
campo azul.
O ramo descendente de São Warin mais tarde
no sec. IX localizado em Vexin, Borgonha do sul, berço natal do próprio de S.
Warin, que era frano-borgonhês, onde ele foi martirizado, lapidado, e onde
esteve enterrado – brasão da Casa de Valois, Vexin e Amiens. Um
ancinho branco de tres pontas com o símbolo bretão da “queue d´hermine” - cauda
de arminhos - significando pureza moral e um campo azul semeado de flores de
lis também em fundo azul.
Finalmente, para complementar nossa hipótese,
confirmada por prova e fonte heráldica, referimos também o brasão da linhagem dos Walfredo
(ou Wlfrid, Hunfrid) da Catalunha - brasão
de muito simbolismo, que temos como também ainda descentes dos condes de Hesbaye e de S. Warin. Ele apresenta um ancinho de apenas duas
pontas e uma flor de lis em campo azul, em quadrantes alternados com quadrantes
de quatro barras vermelhas - símbolo do sangue derramado em batalha em 897
contra os árabes pelo mítico Walfredo o Cabeludo, capostipide da casa catalã, marcado com as pontas dos dedos pelo rei frances
Carlos II.
Comentamos ainda que o “ancinho franco” na
região da Francônia, fronteria entre França e Alemanha, brasão em pontas vermelhas
agudas sobre fundo branco que até hoje relembra a própria origem franca (22).
Para
melhor compor o contexto histórico da ocupação franca na Toscana, por fim citamos
o texto original de Giovanni Cavalcanti referente à família Malavolti, em nossa
tradução:
“O terceiro irmão parou em Siena, e com o
tempo a cidade ainda estava tão violenta que os locais de honra não haviam
assumido senhorio. Este terceiro irmão era tão poderoso e ousadamente audacioso
que ele tomou o morro que já era chamado aquele tempo de Malavolta: quando a
cidade ainda estava cercada por muralhas havia naquela colina um castelo forte,
que era alto para prejudicar os viajantes e que por isso merecia ser chamado de
ladrona, essa fortaleza. E pelo nome do
lugar os descendentes do terceiro irmão adotaram o nome Malavolti, mas o nome
próprio era Orlandi. E para este lugar tão imponente, este homem foi
forçado a fazer muitos braços das muralhas da cidade. E por causa deste lugar
perigoso [a localidade de] Antonia mudou o antigo nome e passou a se chamar
Volterra”.
Sabemos hoje que em Volterra foram ainda
descobertos muitos registros da passagem de etruscos e romanos.
Notas
(1) Sobre os Malavolti e
Monaldeschi consultar nossos trabalhos anteriormente publicados: “As tradições
de origem no centro franco das famílias Cavalcanti e Monaldeschi”, publicado na
revista InComunidade Editado 57 de julho
de 2017; “As famílias Cavalcanti, Monaldeschi e Malavolti e suas origens no
reino franco, Colônia, sec.VIII” e o “Os Berardegas”, editados no no blog http://rosasampaiotorres.blogspot.com/,
“A Descida de Carlos Magno “, próximo no nosso blog. Ainda “As linhas francas
descidas para a Itália com Carlos Magno”, este último também inédito, mas aberto
aos pesquisadores. Lembrando Rodorico
Monaldus – foi personalidade cuja família alegou origem angevina descida com os lombardos aliados, e
que instalou a família em Orvieto. A família Monaldeschi genealogicamente
referida já no ano 809. Documentados no ano 975.
A família alega ainda o capostipide ascendente
Adonaldo vivo em 680, antes da descida, e teriam bem mais
tarde Ubaldinos também como descendentes já pelos ucpolding, por Teobaldo II da
Toscana - referência dos Ubaldinos della Carta. Todas as fontes e
genealogia nos trabalhos acima referidos.
(2) Fontes heráldicas sempre
constituíram uma técnica auxiliar do historiador. A análise comparativa entre
este brasão dos Malavolti e outros brasões de descendentes de S. Warin (linha wido) será apresentada na parte “Conclusão”
Ver também nota final 22, onde fazemos um acrescentamento de informação heráldica.
(3) Notícias sobre a genealogia
de Rolando (Hruodlandus) referidas pelo genealogista Jackman, Donald
Charles - Three Bernards Sent South to Govern – ed. Enplage, State
College Pensilvânia, pg. 62, autor já citado em nosso trabalho “Os Bernardenga”
com mais detalhes. Ver também nota 4 abaixo.
(4) Outros detalhes sobre Rolando
(Hruodlandus) e sua
genealogia no artigo “Os Berardenga” e nota abaixo.
(5) Jackman, Donald Charles - Three
Bernards Sent South to Govern – ed. Enplage, State College Pensilvânia,
2014, 2015. pg. 62, tenta esclarecer a
origem familiar de Rolando (Hruodlandus) na linhagem wido. Rolando da marca da
Bretanha com sua morte em batalha fora substuído por seu parente Guido de
Nantes (c.750 – 818 ou 759, Germany – 814, Aachen). “Roland might have been
an uncle of margrave Wido [Guido] of Britany, an apparent grand son of
albot Wido de Fontanelle [da linha de Lampert de Hornbach], whose brother was
archisbishop Milo of Triers.” Roland, portanto, era consangüíneo dos
lambertinos por Lambert de Hornbach, não Lampert II que foi de outro ramo.
Tentamos deixar mais claro - Milo de Trier, filho de São Lutwinus
(antepassado comum aos dos dois ramos Lampert) irmão de Wido de Fontanelle ou
Hornbach, cujo neto - margrave Wido (Guido) da Bretanha, também chamado Guy de
Nantes seria tio de Roland. Sobre esta linha Hornbach, linha colateral wido, hoje chamada ramo dos Wido ou
Guido de Nantes ver também
https://xpda.com/family/deHornbach-Lambert-ind01003.htm
Lembramos que a ocupação franca na
península será um pouco mais tarde também auxiliada pelo ramo deste Guy (Guido)
de Nantes da marca da Bretanha, filho de Lampert de Hornbach, chamado ramo de
Nantes. Este ramo dos wido era da
mesma linhagem de Hesbaye, mas não por Robert I e seu filho Warin II, mas pelo
ramo de Lampert de Hornbach O historiador Giovanni Cavalcanti menciona de
passagem ao comentar “.... & in questi medesimi tempi vennono quegli da
Grigniano com più altri della Magnia Ythalia”... certamente os diferenciando
da linhagem mais direta wido por
Robert I e Warin II. Sabemos que Guido III desta linha de Nantes em 885 derrotou sarracenos em Garigliano. Já
Lampert de Nantes (n.795-836/37) filho de Guy de Nantes da Marca da
Bretanha (c.750 – 818) que também havia atuado como marca bretã, foi indicado
dux de Spoleto, na Itália, em 834. Mais
detalhes sobre a genealogia de Lampert de Hornbach e seu ramo descendente em
nosso trabalho “A Descida de Carlos Magno”, próximo no nosso blog.
(6) Sobre a linhagem famosa dos reis franceses, robertinos e capetos,
ver texto abaixo.
(7) Sobre os Wuiniges ligados
à fundação da Abadia Berardeng, a ver o nosso artigo “Os Bernardenga”,
especialmente os itens relativos à Abadia e aos Malavolti. Esse personagem Wuinigi
teve importância da cidade de Siena, pois seu filho realiza ato de troca de
bens em Roselle ainda no ano de 868
(documento no Arquivo Diplomático de Florença).
Nossa primeira informação mais detalhada vem da própria fonte local em Castelnuovo
Berardenga - região que apresenta ainda hoje restos de construções muito
antigas: “Il nome [Castel Nuovo Berardenga] deriva dalla Contea dei
Berardenghi, che prese il nome da uno dei figli del conte Wuinigi di Ranieri appartenente
alla popolazione dei Franchi Salii, sceso in Italia in qualità di Legato
dell'Imperatore Ludovico il Pio (865), poi divenuto Governatore político di
Siena (867-881) e di Roselle (868). Egli si chiamava Berardo e questo nome,
ripetuto costantemente dai discendenti, diede poi il nome anche al
território”. Constatado na pesquisa que
este Bernado certamente seria filho do Wuiningo e descendente, comprovamos bisneto,
de um Ardingo (Udalrich II ou Ardenghi di Ranieri). Ver sua genealogia apurada neste
trabalho “Os Bernardenga”. Ver também mais informações na nota 17.
(8) Sobre os “fundacos malavolti” em Siena ver
detalhes em nosso artigo os “Os Berardenga” editado no blog Http://rosasampaiotorres.blogspot.com/,
e em “As tradições de origem franca das famílias Cavalcanti e Monaldeschi”, no
blog e publicado na revista InComunidade, numero 57, de junho de 2017. Temos
informações recentes, recolhidas pelo pesquisador Marcelo Bezerra Cavalcanti no
livro “La Battaglia di Montaperti”, diorama Mario Venturi (Firenze, Scramasax
Edizioni, ano 2000, pag. 21), dando notícia da existência de antigas
construções basilares atribuídas aos Malavolti na proximidade de Siena - ruínas
milenares, bem anteriores ao século XIII. Reproduzimos o texto: "E' del
1253 la prima menzione di un palazzo a Siena, quello dei Malavolti, allora
sembra limitado ad una grande torre e alla parte basamentare del palazzo poi
construito e tuttora esistente. Molte le cheise di antica fondazione, gli
ospedali e i monasteri, ai quali si aggiungono, nel terzo decenio del secolo,
le fondazioni conventuali, come i Domenicani, il convento è construito a
partire dal 1225-27 nei pressi di Camporegio, su terreno donato dai Malavolti”.
Em nossa tradução: "É de 1253 a primeira menção a um palácio em Siena,
aquele dos Malavolti, que agora parece limitado a uma grande torre e fundações
do palácio mais recentemente construído e que ainda existe. Ainda muitos
vestígios de antigas fundações, hospitais e mosteiros, às quais se juntam, no
terceiro decênio do século fundações monásticas, como a dos dominicanos - o
convento recentemente construído a partir de 1225-27, perto de Camporegio -
ainda em terreno doado pelos Malavolti”. A que tudo indica os chamados
“fundacos” são elementos arqueológicos remanecentes, “alguns alicerces antigos
de um castelo ou fortaleza - vestígios locais atribuídos aos mais antigos
Malavolti, e uma torre que teria restado de construção bem mais antiga,
anterior ao 1200. Bibliografia moderna trata do assunto: Kathryn L. Reyerson,
Faye Powe - The Medieval Castle: Romance and Reality, 1991,
especialmente aí referido pela autora o artigo de Ubaldo Morandi, "Il
castellare dei Malavolti a Siena," in Quattro monumenti italiani (Rome:
Istituto Nazionale delle Assicurazioni, 1969, pp. 81-82). Ainda referências
sobre o “fondacus malavolti” - 1231, Archivo di Satato di Siena, Biccherna 11,
e para as torres - Arquivo di Stato di Siena, Estimo 136, fls. 110 e 136.
(9) Sobre as relações dos
Malavolti com o Ubaldini ver fontes em nosso trabalho “Os Berardenga” e nota
abaixo 13. Possivelmente o nome de família Malavolti estabelecido em época
próxima à primeira documentação dos Cavalcanti no ano 1045, por motivos de
necessidade política e mudanças de linhagens carolíngeas para otonianas.
(10) Afirma textualmente Tony
Angelo, por Mensager em 2019: “Filippo was born around 1160 and his father was
also Filippo [<1130>], but i can find nothing on him [Tony Angelo se diz
baseado em informações de Edmund Gardner, História de Siena, capitulo
1].
(11) Afirma Tony Angelo: “Filippo
was a captain of the people and lead the Siena army in Syria [episódio das
Cruzadas, tomada de Acra] and was first mayor of Siena. I have much information
on the early Malavolta now, but it stops at Filippo. In Bologna around 1210 a
Catalan Malavolta, also known as Catalan Guido Madonna Osti - son of Ubaldus -
created the Knights of Saint Mary and mayor of 9 towns including Milan,
Florence, Bologna”. I suspect he was Knight Hospitaller and at times wonder if
he or his father also Filippo (who participated in numerous pacts with bishop
Raniero???) was a Templar. Many Malavolti were Hospitallers/Malta/ST John.
There was a Malavolti head of the St John Priory in Venice in 1430. As you will
know the Knights St John took over the Templar Possessions after 1313.
(12) Acrescenta Tony Angelo: Malavolta came
from Ubaldo count of Bologna (1027). His elders, dukes and marquesses of
Spoleti and Camerino, recognized for other ancestors another Ubaldo who lived
in 893 and whose son Boniface had as wife Gualdrada sister of Rodolfo, king of Burgundy.
Before being called Catalans by the name of one of them, they were called by
Guido di Madonna Ostia and also by Ostia”.
(13) Informações sobre os Ubaldini na fonte Reppeti indicam uma das famílias antigas e
importantes da região do Muggello: “La potente famiglia degli Ubaldini, che ha
dominato per lungo tempo il Mugello e gli Appennini, in origine apparteneva
a quel ristretto gruppo di stirpi aristocratiche inserite nell’entourage dei
Marchesi di Toscana. Ed in particolare gli Ubaldini furono strettamente legati
alla stirpe dei Canossa. Tali rapporti allacciati con il potere permisero
l’avvicinamento di alcuni membri dalla casata alla città di Firenze intorno
alla metà del secolo XI, ed il loro inserimento all’interno delle clientele dei
maggiori enti religiosi cittadini come il vescovado. Ma soprattutto la
collocazione presso la cerchia marchionale costituì un potente fattore di
promozione sociale che contribuì all’ascesa della famiglia. Ascesa che le
permise di affermarsi come forza egemone sul territorio mugellano nel corso del
secolo XII, dopo la scomparsa del marchesato di Toscana. Infatti con la morte
di Matilde di Canossa, gli Ubaldini spostarono tutti i loro interessi verso il
contado con l’intento di crearsi un dominato signorile basato sul vasto
patrimonio fondiario da essi posseduto”. Descendentes de Teobaldo II: “...
Fu con Ubaldino, documentato dal 1098 al 1105, il primo della casata a
portare tale nome nonostante non fosse il capostipite, che si accrebbe
notevolmente il prestigio della famiglia. Tanto che questa da lui prese la
denominazione”. Consultar
http://www.montaccianico.it/it/il-castello/gli-ubaldini.html montaccianico
vive. Também Renzo Zagnoni Gli Ubaldini del Mugello nella montagna oggi
bolognese nel Medioevo http://www.alpesappenninae.it/sites/default/files/ALZagnoni027.pdf
cita suas próprias fontes. Também nosso trabalho “As dinastias francas descidas
para a Itália com Carlos Magno”, inédito, mas aberto para pesquisas. Acrescentamos: “Del 1145 è la carta che
fonisce più ampie e sicure informazione sui discendenti di Magefredo di
Ubaldo e sui loro vasti domini nei due versanti dell’Appennino. Si tratta
ancora una volta di un accordo di tipo familiare relativo alla spartizione
dell’eredità paterna fra i fratelli Albizo e Greccio (nome de localidade ),
figli del quondam egregii viri Ubaldini definito de Mucello [Mugello],
un’espressione quest’ultima che ci presenta tutti questi personaggi come
sicuramente appartenenti alla stirpe degli Ubaldini, mentre il padre appare
davvero come l’eponimo della famiglia”. Em tradução: “De 1145 é a carta
que fornece informações mais extensas e seguras sobre os descendentes de Magefredo
di Ubaldo e sobre seus vastos domínios nos dois lados dos Apeninos. Este é
mais uma vez um acordo de tipo familiar relativo à divisão da herança paterna
entre os irmãos Albizo e Greccio, filhos do “quondam egregii viri Ubaldini” que
definiu de Mucello - uma expressão que nos apresenta todos esses personagens
como certamente pertencendo a linhagem do Ubaldini, enquanto o pai realmente
aparece como o epônimo da família”.
(14) Autor citado no verbete
Malavolti, Filippo - por Bruno Bonucci - Dicionário Biográfico dos Italianos
- Volume 68 (2007).
(15) As relações estreitas entre os Malavolti e as famílias Berardengi, Bandinelli, Ugurgieri e Cerretani são informações de Tony Angelo baseadas do prof. Giovanni Cecchihini, trabalho de 1957, que, entretanto, não especificado pelo nosso informante.
(16) Ver detalhes dessa descida
desse cavaleiro Wuniges em nosso
trabalho “Os Bernardenga” publicado em nosso blog http://rosasampaiotorres.blogspot.com/
e na nota acima 5 ou 6
[(17). Obtivemos informações
locais na mídia eletrônica sobre o Castello
de Selvole, ainda hoje existente como hotel restaurado, mas já
dasativado e à venda, ainda uma vinícola, onde confirmam: (em nossa tradução) “O
legado que deu o nome ao condado de Berardenga começa sem qualquer
dúvida de um conde de Ranieri [o Wuningui], que veio para a Itália da
França, primeiro em qualidade do imperador Ludovico (865 dC), e depois como
governador político de Siena. (867-881 a. D.) e Roselle (868 a. D.)”.. E
acrescentam as fontes locais:” O rio Arbia flue ao longo da fronteira entre Florença
e Siena e ao redor da colina de Selvole, que formava a última defesa de Siena....
Durante toda a Idade Média e parte da Renascença, Siena e Florença estavam
constantemente em guerra: um conflito perpétuo que só terminou em 1599, quando
a República de Siena foi finalmente derrotada e deixou de existir como um
estado independente..... Dante Alighieri descreveu como o rio foi pintado de
vermelho com sangue durante a batalha de Montaperti em 1260. Por volta de 1200,
cerca de 90 famílias moravam no castelo, abrigando mais de 300 pessoas”. Hoje o
hotel desatavado, mas a vinícola é ainda famosa produtora dos vinhos “Castello
di Selvole”.
(18) “Il terzo fratello sì fermò a Siena, et a
tempo che la città era ancora sì rozza, che gli onorevoli siti non avevano preso
signoria. Questo terzo fratello fu tanto potente e di sì accesa audacia, che
prese il poggio che già si chiamò a Mala volta: però che quando la città nen
era ancora circondata dalle cittadinesche mura, era in su quello poggio un
forte castello, il quale era tanto alto a nuocere a' viandanti, che piuttosto
meritava essere chiamato ladronaja che fortezza. E pel nome del sito, i
discendenti del terzo fratello acquistarono il nome Malavolti, ma il nome
proprio avevano Orlandi. E per questo così signorile sito, a questo così fatto
uomo fu imposto a fare molte braccia delle mura della città. E per questo così
mortale passo, Antonia mutò l'antico nome, e chiamasi Volterra. Consiossia cosa
che la strada ponentina era d' Altopascio, e passava lungo fiume dell'Era.
Questa cotale strada conduceva i viandanti a piè del poggio d' Antonia: quivi
stavano per misericordia de' viandanti certi insegnatori di più sicuro cammino,
e dicevano a' viandanti: Volta, erro ; che tanto viene a dire quanto: Va di
qua, andatore, e non andare di colà, però che tu saresti non meno tosto morto
che rubato da que' ladroni da Malavolta. E per questo così fatto insegnamento
la città d' Antonia mutò nome, e chiamasi Volterra”). Trattato Politico-morale,
scritto da Giovanni Cavalcanti: 1381-c.1451, Commentato da Marcella T. Grendler
- 1973 - Pag 104-107.
(19) Il terzo fratello n'andò a
Siena, & di costui ne nacquono gli Orlandi, i quali poi tre sito del luogo
si chiamano i "Malavolti" perché lle loro case si chiamano
"Amalavolta" & di costoro ne discese uno che si parli da lloro
& andonne a Bologna,[[ et vi a ppiù tempo ne discese l'uno da que' due
cavalieri Gauldenti che furono eletti per podestà in uno medesimo tempo dalla
nostra repiblicha. Quesi sì fatti discendenti si chiamarono pi Bianchi, perchè
furono de' principali di parte Bianca....Trattato Politico-morale,
scritto da Giovanni Cavalcanti: 1381-c.1451, Commentato da Marcella T. Grendler
- 1973 - Pag 104-107.
Para mais detalhes e seqüencia da
história dos Malavolti na Toscana, ainda suas ligações com os berardenga, e outras famílias toscanas
recomendamos a leitura desse nosso trabalho “Os Berardenga”, publicado no blog.
(20) Sobre a oportuna adoção do nome
dos Cavalcanti ver nosso artigo “Propriedades de antigos Cavalcanti” já em
nosso blog.
(21) Sobre as análises anteriores
dos brasões ligados à família Cavalcanti, ver nossos trabalhos já citados na
nota 1, ainda “Carta os Bezerra I” e II no nosso blog.
(22) Acrescentamos nessa nota o
brasão com ancinho da Francônia, região tida como dos antigos francos que tem
como símbolo o “ancinho franco” (“Fränkischer Rechen”), de pontas
vermelhas agudas sobre fundo branco - região hoje do estado da Baviera, mas
que inclui partes do norte do estado de Baden-Württemberg (Tauberfranken) e
partes do sul do estado de Turíngia, potencialmente a Lorena francesa e Alsácia.
Região sem demarcações territoriais claras caracteriza-se melhor por seus
costumes, dialeto (o frâncico), arquitetura, comidas e símbolos em vermelho e
branco que caracterizam esta antiga região histórica. Na Lorena e no norte da
Alsácia o dialeto frâncico é influenciado pelo francês, com palavras francesas ligeiramente
modificadas.
Brasão com ancinho franco (“Fränkischer Rechen”) de pontas
vermelhas sobre fundo branco
Franconia, otimo para visitar e fotografar as origens. Parabéns pela pesquisa, me ajuda muito aqui nos arquivos de Florença essas noticias historicas na pesquisa de manuscritos.
ResponderExcluirhttps://en.wikipedia.org/wiki/Franconia